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As várias versões Robin Hood da Disney
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Uma fã de animações e quadrinhos da Disney deve conhecer pelo menos uma dessas versões.
Robin Hood é um personagem lendário inglês, aquele rouba dos ricos e distribui aos pobres, tal qual o Rei Arthur, até hoje, arquéologos e historiadores tentam descobrir se ele realmente existiu e alguns até mesmo duvidam dessas interpretações heróicas.
A primeira versão do Robin Hood aparece nas tiras de jornal do Mickey em 1936 por Floyd Gottfredson (ideia e desenhos), Ted Osborne (roteiro), Al Taliaferro e Ted Thwaites (arte-final), Mickey entra em um livro e vive aventuras com o Robin Hood. A história foi publicada entre 26 de abril de 1936 e 4 de outubro de 1936 nas páginas de jornais americanos.
Arte assinada por Floyd Gottfredson
Vale salientar que nessa época, Robin Hood era retratado como um humano e não uma criatura com aparência de cachorro, esse tipo de personagem recebe o apelido de dogface ou dognose (nariz de cachorro), quanto ao uso, isso varia, Carl Barks desenhava humanos, até que a Disney exigiu que ele desenhasse dogfaces, o Papai Noel é um exemplo de personagem que oscila em suas aparições.
As referências a Robin Hood continuaram, na mesma tira, publicada em 2 de outubro de 1949, roteiro de Bill Walsh e desenhos de Manuel Gonzales, Mickey se veste de Robin Hood para treinar arco e flecha. Há muitas capas e histórias onde Mickey ou outro personagem aparece como Robin Hood.
https://inducks.org/story.php?c=ZM+012
história ilustrada por Paul Murry publicada em Mickey Mouse #99 (1965) , Após a Segunda Guerra Mundial, Walt Disney descobriu que nada menos que 1 milhão de dólares haviam ficado retidos no Reino Unido, a quantia era uma soma de royalties de diversas produções, contudo, o empresário não poderia sacar esse dinheiro, leis criadas após a guerra diziam que esse dinheiro devia ser investido no próprio país, a distribuídora de Disney, RKO Radio Pictures também tinha um dinheiro retido no país, a solução foi ambas as empresas se unirem e produziram filmes na Inglaterra, Disney chegou a cogitar produzir animações, contudo, precisaria treinar artistas para formar um estúdio de animação, foi então que teve a ideia de fazer live-actions, o primeiro deles foi uma adaptação de A Ilha do Tesouro, dois anos depois, foi lançado The Story of Robin Hood and His Merrie Men estrelado por Richard Todd e dirigido por Ken Annakin.
Essa versão teve algumas adaptações em quadrinhos em 1952: Nos Estados Unidos como tira de jornal por Frank Reilly (roteiro) e Jesse Marsh (desenhos) e em revistas em quadrinhos por Don Christensen (roteiro) e Russ Manning (desenhos). Coincidentemente, Marsh e Manning desenharam Tarzan.
No Reino Unido, Robin Hood teve quadrinhos serializados em duas revistas: Mickey Mouse Weekly #662-643 (1952) pelo ilustrador Vann e Donald and Mickey #12-29 de autoria desconhecida.
Também tiveram adaptações no Chile (1965-67) e França (1959).
Robin Hood por Jesse Marsh
Robin Hood por Russ Manning
Em 1973, a Disney lançou um filme animado de Robin Hood, nessa versão, Robin é uma raposa-vermelha. A ideia não era fazer uma versão da histórias com animais falantes , após o lançamento de Branca de Neve (1937), o próprio Walt Disney teve a ideia de adaptar a fábula medieval Renart (ou Reynard), a raposa, contudo, ele considerou o personagem inadequado para ser um herói, em 1950, pensou-se em criar três curtas animados de Renart no filme A Ilha do Tesouro, nele, os personagens Long John Silver a Jim Hawkins, na década seguinte, Renart foi escolhido para a ser o vilão da adaptação da peça Chantecler de Edmond Rostand, o projeto foi abandonado em favor de The Sword in the Stone ou A Espada era a lei no Brasil (1963), em 1968, novamente pensaram em Renart, no entando, o projeto acabou virando um filme de Robin Hood: Robin ser uma raposa-vermelha, com todo o elenco representando algum animal. O filme é notório pelas cenas recicladas de outras produções.
No Brasil, Renard não é muito conhecido, contudo, pelo menos um filme animado foi lançado no país Renart, a raposa (Le Roman de Renart), produção de Luxemburgo lançada em 2005. raposa em francês é renard, derivado do nome do personagem, anteriormente, ambos eram grafados como renart.
Entre 1973 e 1975, Robin Hood teve quadrinhos em revistas da Western Publishing com desenhos de Pete Alvarado, Richard Moore e Al Hubbard.
Uma raposa chamada Reynard aparece em uma história de Banzé (o filho de A Dama e o Vagabundo) em uma tira publicada em 1972, com roteiro de Bill Berg, desenho de Mike Arens e arte-final Manuel Gonzales
No Brasil, uma história de uma página com roteiro de Silvio Fukumoto e deesenhos de Carlos Edgard Herrero foi publicada em Almanaque Disney #56 (1976).
Robin ainda aparece em duas histórias em 1985: Robin Pardal, escrita por Ivan Saidenberg com desenhos de Irineu Soares Rodrigues e arte-final de Acácio Ramos, publicada em Zé Carioca #1754 (1985) e em Faz de Conta Que Eu Conto, uma história de Gérson Luiz Borlotti Teixeira, também ilustrada por Irineu Soares, na história, Peninha e a namorada Glória escutam Biquinho (sobrinho de Peninha) contar a história, na história aparecem Willie the whale, Baguera, Coelho Branco, Gepeto, João Pequeno, Paulo Bunyan, Peter Pan, Pinóquio, Rama, Robin Hood, Trambique.
Em 2012, na Holanda, essa versão de Robin Hood passou a ter uma série de histórias na revista semanal do Pato Donald Frank Jonker, Jan Kruse, Gaute Moe e desenhos de José Ramón Bernado e Oscar Martin, as histórias são publicadas até o dia de hoje. A revista holandesa do Pato Donald publica diversas séries, algumas obscuras como essa e até tem sua versão do Zé Carioca, mais próxima das tiras dos anos 40.
Em Um Passado Sem Lei publicada em Tio Patinhas (Abril) #110 (1974), escrita por Carlos Alberto Paes de Oliveira (também conhecido como Xalberto) os Irmãos Metralhas se disfaçam de Robin Hood e Zorro, o Professor Pardal traz duas dos heróis com nariz de cachorro do passado.
Em O Robin Hood da Califórnia, uma história do Zorro da Disney, o roteirista Primaggio Mantovi e o desenhista Rodolfo Zalla mostram um ladrão vestido como Robin Hood. A história foi publicada em Almanaque Disney #59 (1976), curiosamente, Joaquin Murrieta (1829-1853) foi conhecido como Robin Hood do Oeste ou Robin Hood do El Dourado, para alguns, Murrieta inspirou a criação do Zorro. Há também um filme de Cisco Kid intitulado Robin Hood of Monterey estrelado por Gilbert Roland em 1947.
Ivan Saidenberg também escreveu a série Nos Tempos de Robin Hood, onde o Zé Carioca vira Robin Grude, a série teve duas histórias em 1974 com desenhos de Renato Canini e em 1988 por Euclides Miyaura.
Saideberg também escreveu a história Robin Metralha, com desenhos de Carlos Edgard Herrero Carlos Edgard Herrero e arte-final de Ricardo Soares Correia da Silva, publicada em Mickey #279 (1976)
Em Sonhos Concretos, roteiro de Arthur Faria Jr. e desenhos de Euclides K. Miyaura, Margarida precisa entrar no sonho de Robin Hood de Donald através de um máquina do Professor Pardal, a história foi publicada em Margarida (1ª Série) #58 (1988), assim como a história de Um Passado Sem Lei, Robin Hood não é nenhuma versão mostrada anteriormente.
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