Philip K. Dick e as máquinas geradoras de textos

 




Rosto de Philip K. Dick adicionado na arte abaixo através do site Remaker.




Arte gerada nos sites Catbird.ai+Leonardo.ai

Na ficção científica, sempre é possível encontrar obras e autores que previram tecnologias que hoje são realidades e outras que se provam impossíveis (ao menos por enquanto). Na postagem anterior, falei sobre os geradores de textos virtuais e um autor que chegou perto disso foi Philip Kindred Dick (1928-1982).

Em pelo menos duas obras, Dick pode ter prevido essas tecnologias em duas obras publicadas no mesmo período: If There Were No Benny Cemoli (1963) e The Penultimate Truth (1964).


No conto If There Were No Benny Cemoli  (E se Benny Cemoli não Existisse?), Dick descreve que o New York Times não precisava mais de qualquer profisisonal,se tornando um "jornal homeostático", totalmente comandado pelo cephalon, um cérebro eletrônico.

Dick previu o uso das IAs para escrever notícias e também as chamadas fake news, ele só errou que ainda usariam jornais de papel no futuro, embora ainda existam, não devem durar muito.

Já o romance The Penultimate Truth (A penúltima verdade) prevê o uso dos prompts e até os chamados chatbots, uma tecnologia chamada rhetorizer fornece textos baseados em comandos escritos por um usuário.


 
Segundo o excelente site Technovelgy (formado pelas palavras Technology e novelgy, em tradução literal: novidade tecnológica). Outros autores tentaram algo parecido antes como a máquina do conhecimento de As Viagens de Gulliver (1726) de Jonathan Swift e a máquina de escrever romances de 1984 de George Orwell, outros publicados depois das histórias de Dick são o bardo eletrônico de The Cyberiad: Fables for the Cybernetic Age (1965) de Stanisław Lem e o transcritor de versos do Studio 5, The Stars (1971) de JG Ballard.

Ver também

Compondo músicas com inteligência artificial

Fontes e referências

Did Philip K. Dick predict ChatGPT?

Homeostatic Newspaper

Rhetorizer

Machine-Generated Fiction In Fiction

Ameaças e oportunidades da Inteligência Artificial e da Internet das Coisas

Inteligência Artificial no jornalismo: ameaça ou oportunidade?

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