As publicações de Street Fighter no Brasil
A partir da década de 1990, a franquia de jogos de luta Street Fighter da Capcom gerou várias revistas no país.
Editora Escala
"Durante os anos 90 fui o responsável pela arte na revista Street Fighter da Editora Escala. Devido à não renovação do licenciamento da mesma, 2 edições e meia foram produzidas e pagas pelo editor, mas nunca publicadas. Entre elas está a fatídica conclusão da história em 3 partes envolvendo o vilão Akuma e a apresentação dos personagens de Street Fighter Zero, sobre a qual sempre sou inquirido quando vou a algum encontro que envolva fãs dos personagens e desta encarnação quadrinista da série. Em primeira mão, após tantos anos, aí estão o lápis da capa e de 2 páginas da história principal. Espero que sirva para matar a saudade e a curiosidade.
Em 2023, a Capcom incluiu Sheng Long como um NPC do modo World Tour de Street Fighter 6, seu background ainda não é conhecido
Páginas inéditas da HQ de Street Fighter da editora Escala
Em O Demônio Caolho publicada em Street Fighter #20, Alexandre Nagado se
inspirou no anime O Judoca (Kurenai Shanshiro), mas contar a
origem de Dan Hibiki, curiosamente, em 2008, foi lançado um jogo crossover de Tatsunoko vs Capcom, contudo, Sanshiro não foi usado
Outras revistas da Editora Escala
Em 1995, a Editora Escala lançou revistas oficias, contendo informações sobre a franquia. A primeira edição er focada no filme americano, e a seguinte veio com matéria sobre o anime Street Fighter II - Movie, o RPG Street Fighter: The Storytelling Game e a série animada Street Fighter - The Animated Series, também publicou três edições de uma revista-pôster.
Entre 1999 e 2000, a editora publicou a revista Guia De Referências Anime e Mangá, editada por Marcelo Del Greco, ex-colunista da Revista Herói. A primeira edição trouxe os model sheets de Street Fighter Alpha e quinta, os do anime Street Fighter II V. A editora também publicaria artes oficiais da franquia na revista "アートブック Artbook - Os melhores animês e mangás."
Nova Sampa
Em 1997, a Hyper Comix, versão de banca do fanzine de João Vicente Cardoso, o JVC publicada pela Magnum (editora da revista Animax, editada por Peixoto), publicou paródias de Street Fighter.
Em 1995, a Estrela lança no país a coleção de bonecos "Street Fighter Official Movie Fighter", baseada no filme estrelado por Jean-Claude Van Damme e lançado nos EUA pela Hasbro, mesma empresa de G.I. Joe/Comandos em Ação, essa não foi a primeira parceria entre a Capcom e a Hasbro, em 1993, uma coleção de G.I.Joe trouxe bonecos da franquia de jogos, em 2015, a editora americana IDW anunciou um crossover em quadrinhos entre as duas franquias. Curiosamente, Marcelo Cassaro fez quadrinhos baseados em Comandos em Ação publicados como informes publicitários em revistas em quadrinhos.
Nova Cultura
A editora Nova Cultura, um selo da Editora Abril, publicou um suplemento para Pense Bem, um jogo da TecToy de perguntas e respostas e que visualmente lembrava um notebook ou computador doméstico da década de 1980.
Álbuns de figurinhas
Em 1997, a Panini lançou o álbum Game Collection.
Editora Trama
Dragão Brasil #26 Game Fighters para Defensores de Tóquio, Lun-Chi e Capitão Ninja são dois dos personagens que aparecem adaptados.
Dragão Brasil #33 - adaptação de Marvel vs. Street Fighters para GURPS
Só Aventuras #1 - adaptação de Street Fighter para GURPS
Na edição 69 da Dragão Brasil, foi publicada uma adaptação de The King of Fighters da SNK para 3D&T, a adaptação ficou a cargo de Hiimisky Massaoka e Maira Kamikabeya. Na edição 90, foi publicada a adaptação Os Mestres da Shadaloo para o Street Fighter RPG e 3D&T por JD Nunes, a adaptação é inspirada no suplemento Secrets of Shadaloo.
Cassaro mais uma vez faz referência ao namoro de Capitão Ninja e Chun-Li nessa mini-série, o Capitão aparece desenhado por Awano e e diz ser ex-namorado da chinesa, a história foi publicada na última edição da mini-série em Dragão Brasil #54 (1999). Em Dragão Brasil #78, em uma história do Capitão Ninja escrita por Petra Leão e desenhada por Eduardo Francisco e colorida por Ricardo Riamonte, Ryu e Dan aparacem, Chun-Li Mika, Cammy e Karin são mencionadas.
Em 2000, na primeira edição da revista Dragão Brasil Games, Ryu aparece em uma história do Capitão Ninja escrita por Petra Leão, com desenhos de Eduardo Francisco e cores de Ricardo Riamonde, na mesma edição, tem um artigo de Luciano Borges sobre uma hipotética luta de Blanka vs Son Goku, uma análise de Street Fighter 1 pelo mesmo autor e um perfil da Sakura. A revista durou 3 edições.
Entre 2000 e 2003, Sérgio Peixoto publicou pela Editora Trama a revista Anime
Ex, e chegou a publicar histórias na revista em quadrinhos Defensores de
Tóquio.
Em 2010, a revista Dragon Slayer #31 da Editora Escala, publica o artigo Torneio das Sombras para Mega City (cenário de 3D&T Alpha) de Gustavo Brauner, Torneio das Sombras é inspirados em jogos de luta, dentre eles, Street Fighter, em 2012, é lançado o livro Mega City e no ano seguinte, Mega City - Manual do Aventureiro.
Newpop Editora
WarpZone
Veja a matéria da Bia-Chun-li sobre os quadrinhos chineses da franquia
Fontes e referências
Marcelo Cassaro (Março de 2008). Revista Dragon Slayer #19 - Street Fighter RPG, Editora Escala
Entrevista de Wagner Fernandes ao Abacaxi Atômico
Hercílio de Lourenzi Presidente do Grupo Escala de Publicações comunicação - Ed. Escala
[Street Fighter II 20 Anos - 4ht Bônus Stage] Ao Pé da Letra: Street Fighter - Série II (Ed. Escala, Aventura, HQ)
A história desconhecida por trás do RPG de 'Street Fighter'
Punho do Guerreiro - revista digital bimestral sobre Street Fighter: O Jogo de RPG
Publicações - Street Fighter RPG
Editora Escala
Em 1993, a Editora Escala publica a revista Graphic Games 1 - Street Figher II em Quadrinhos, editada pelo estúdio PPA de Sergio Peixoto Silva. A revista trazia aniparos (paródias) oriundas do doujinshi Geeparo Book 3, produzida por Massaya, porém, a revista não possuía licenciamento. Ao invés de processar a Escala, a Romstar do Brasil (empresa que representava a Capcom) e a Character Comércio e Serviços resolveram firmar uma parceria com a editora. Segundo Peixoto, a editora lhe ofereceu um cachê para a produção de novas paródias (dessa vez por autores brasileiros), mas o valor foi considerado baixo.
Graphic Games #1 |
A Escala então encontrou novos autores para as paródias - em 1994 sai a
segunda edição de Graphic Games, com roteiros de Marcelo Cassaro (então editor
da revista Gamers) e arte de Wagner Fernandes (que publicaria pela editora uma
HQ autoral, Space Warriors - Guerreiros do Espaço). Logo em seguida, sai uma
outra revista, com o título de Street Fighter II - a arte da capa ficou a cargo
de Cassaro, porém, os autores das histórias não foram identificados. Também são
de Cassaro as paródias da revista Gamers, protagonizadas pelo Capitão Ninja, um
personagem criado por ele. Enquanto foi roteirista e desenhista de O Pequeno
Ninja da Editora Ninja, numa dessas paródias, o Capitão Ninja é namorado da
lutadora Chun-Li.
Após as paródias, é oferecida a HQ americana produzida pela Malibu
(roteiro de Len Strazewski e desenhos de Don Hillsman II). A revista havia
tido apenas 3 edições nos EUA, e mostrava Ken Masters sendo morto por Sagat. No
Brasil, Cassaro assume os cargos de editor e tradutor da revista. Mesmo com a
arte e o roteiro sendo duvidosos, a revista fez sucesso. Cassaro tentou
negociar com a Capcom, o mangá em três volumes, criado por Masaomi Kanzaki, mas
não consegue: a solução foi dar continuidade na história americana. Nas edições
4 e 5, como roteirista, Cassaro introduz personagens de Super Street Fighrer
II: Cammy e Fei Long. A arte ficou a cargo de Arthur Garcia (desenhos) e João
Pacheco (arte-final). Na edição 6, Cassaro é convidado por Ruy Pereira
(ex-sócio de Hercílio de Lorenzi e Carlos Cazzamatta na Escala) e vai para a recém-fundada Trama -
nesta, Cassaro cria a Revista de RPG Dragon (depois renomeada, Dragão Brasil).
Para seu lugar, indica Alexandre Nagado, com quem trabalhou em O Fantástico
Jaspion e Heróis da TV (primeira matéria do blog), Nagado, então resolve
desconsiderar o que foi publicado nas edições anteriores e cria uma nova cronologia.
Com a entrada de Nagado, a revista passa a se chamar Super Street Fighter II.
Em 1995, a franquia ficou em evidência - estreava nos cinemas Street
Fighter: A Batalha Final, uma adaptação estrelada pelo ator belga
Jean-Claude Van Damme, interpretando o Coronel Guile. Logo em seguida, o SBT
começa a exibir aos domingos, o anime Street Fighter II-V, segundo Silvio Puertas, que trabalhava na Romstar do Brasil cuidava do licenciamento da franquia, o anime chegou por dois motivos, o sucesso do filme e a procura do SBT por um anime que tivesse o mesmo apelo que Cavaleiros do Zodíaco, o anime chegou através de um acordo da Columbia, que distribuiu o filme no Brasil e da própria Romstar. Mais detalhes podem ser visto em uma entrevista feita com Puertas pela Warpzone.
A Editora Escala inclusive publica uma adaptação em quadrinhos publicada originalmente pela DC Comics.
A Editora Escala inclusive publica uma adaptação em quadrinhos publicada originalmente pela DC Comics.
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Quadrinização do filme estrelado por Van Damme |
Até mesmo um port do jogo Street Fighter II, exclusivo pro mercado brasileiro foi feito pela TecToy.
Após 8 edições, a revista passou a se chamar apenas Street Fighter II e mudou do formato americano (17 x 26) para o formatinho, além disso, as páginas dobram, de 24, passam a ser 48. Até essa edição, os nomes do personagens seguiam a versão japonesa: Vega era o ditador, Mike Bison era o boxeador americano e Balrog, o lutador espanhol. Na versão americana, Vega passou a ser o espanhol, Balrog, o americano e Bison, o ditador. A mudança teria sido motivada por um medo de um processo judicial pelo boxeador Mike Tyson. A revista durou 20 edições. Na série da Malibu, surge a personagem Nida, ela acusava Ryu de ter assassinado o seu mestre Sheng Long (na verdade, ele teria sido envenenado pelo M. Bison), Sheng Long foi o nome que mestre de Ryu e Ken teria recebido em um boato divulgado pela revista EGM em 1992, o nome na verdade se refere ao golpe Shoryuken (traduzido como Punho do Dragão Ascendente"). ainda na série da Malibu, E. Honda enfrenta The Ferret, personagem da editora e que no Brasil foi traduzindo como O Furão. Alexandre Nagado e Rodrigo de Góes se inspiraram no Capitão América da Marvel, para a personalidade de Guile, que liderava os Street Fighters (o mesmo plot foi usado na série animada americana); Embora a série brasileira tenha sido zerada, fazia referências a outras mídias: Ryu e Ken conhecem Guile como no anime Street Fighter II V, e inclusive a personagem Rinko, criada para o anime, aparece nos números finais da revista. Guile tem a patente de Coronel, tal como no filme estrelado por Van Damme. O Capitão Sawada, personagem do filme, também aparece na revista, ele também foi usado na série Street Fighter - The Animated Series e no jogo Street Fighter: The Movie (que foi produzido com coreografias dos atores, semelhante aos jogos de Mortal Kombat), Sawada foi interpretado por Kenya Sawada, um ator japonês, a ideia original da própria Capcom era que Sawada interpertasse o Ryu, contudo, seu conhecimento de inglês era limitado, Sawada foi substituído por Byron Mann, um ator de Hong Kong, nas cenas do Capitão Sawada, suas falas foram dubladas, Sawada aparece também na série animada, onde aparece como Coronel, após a invasão da Shadaloo, Guile foi pra corte marcial e perdeu o posto, curiosamente, o desenho difere do filme, com Sawada se opondo a invasão.
Após 8 edições, a revista passou a se chamar apenas Street Fighter II e mudou do formato americano (17 x 26) para o formatinho, além disso, as páginas dobram, de 24, passam a ser 48. Até essa edição, os nomes do personagens seguiam a versão japonesa: Vega era o ditador, Mike Bison era o boxeador americano e Balrog, o lutador espanhol. Na versão americana, Vega passou a ser o espanhol, Balrog, o americano e Bison, o ditador. A mudança teria sido motivada por um medo de um processo judicial pelo boxeador Mike Tyson. A revista durou 20 edições. Na série da Malibu, surge a personagem Nida, ela acusava Ryu de ter assassinado o seu mestre Sheng Long (na verdade, ele teria sido envenenado pelo M. Bison), Sheng Long foi o nome que mestre de Ryu e Ken teria recebido em um boato divulgado pela revista EGM em 1992, o nome na verdade se refere ao golpe Shoryuken (traduzido como Punho do Dragão Ascendente"). ainda na série da Malibu, E. Honda enfrenta The Ferret, personagem da editora e que no Brasil foi traduzindo como O Furão. Alexandre Nagado e Rodrigo de Góes se inspiraram no Capitão América da Marvel, para a personalidade de Guile, que liderava os Street Fighters (o mesmo plot foi usado na série animada americana); Embora a série brasileira tenha sido zerada, fazia referências a outras mídias: Ryu e Ken conhecem Guile como no anime Street Fighter II V, e inclusive a personagem Rinko, criada para o anime, aparece nos números finais da revista. Guile tem a patente de Coronel, tal como no filme estrelado por Van Damme. O Capitão Sawada, personagem do filme, também aparece na revista, ele também foi usado na série Street Fighter - The Animated Series e no jogo Street Fighter: The Movie (que foi produzido com coreografias dos atores, semelhante aos jogos de Mortal Kombat), Sawada foi interpretado por Kenya Sawada, um ator japonês, a ideia original da própria Capcom era que Sawada interpertasse o Ryu, contudo, seu conhecimento de inglês era limitado, Sawada foi substituído por Byron Mann, um ator de Hong Kong, nas cenas do Capitão Sawada, suas falas foram dubladas, Sawada aparece também na série animada, onde aparece como Coronel, após a invasão da Shadaloo, Guile foi pra corte marcial e perdeu o posto, curiosamente, o desenho difere do filme, com Sawada se opondo a invasão.
Senoh, cientista da Shadaloo
no anime Street Fighter II- Movie, é chamado de Haruo Ishihara, Senoh também aparece em no final de Bison em Street Fighter Alpha 2. Alexandre
Nagado se dividia entre Street Fighter e as matérias sobre animes e tokusatsus
na Revista Herói, porém, um editor da Escala o proibiu de trabalhar em outra
editora, após a saída dele, ele voltou a colaborar em informativas, dentre elas
a Heróis do Futuro da Press Talent. Além de Street Fighter, a Escala
publicou na mesma época as revistas de Mortal Kombat (também produzida pela
Malibu) e Sonic (pela Archie Comics).
Os roteiros de Nagado eram feitos em rafes (transliteração da palavra rough),
que são similares a storyboards e também chamados de breakdowns ou names (ou
neemu) pelos japoneses
. Exemplo de rafes do autor publicados na revista Curso Prático de
Desenho #13 - Como Desenvolver Roteiro Para Mangá (Editora Canaã, selo da
Editora Escala).
O estilo da revista era um híbrido de comics e
mangá. De acordo com Arthur Garcia, ele não conhecia os personagens, até que,
enquanto fazia a revista, o desenhista Alvaro Omine conseguiu o exemplar de um
livro com os model sheets (ou settei) dos personagens. No arco de duas partes
"As Esferas do Poder", Garcia se inspira no traço do anime Street
Fighter II - Movie, em outras histórias, nota-se a influência de Ryoki Ikegami
em seu traço;
As últimas edições traziam os personagens do jogo
Street Fighter Alpha (ou Zero no Japão), mas seu arco não foi completo. Em sua
página no facebook, Arthur Garcia postou:
Street Fighter #21
Nas páginas da edição 22, nota-se que Gouken foi inspirado no design de Sheng Long da edição de 1997 da EGM sobre Street Figher III, a Ação Games #155, publicada no mesmo ano, havia assumido que Sheng Long era outro nome de Gouken.
Essa é uma matéria bem explicativa sobre o personagem Sheng Long: A Lenda Lendária “Imorrível” de SF
Páginas inéditas da HQ de Street Fighter da editora Escala
Outras revistas da Editora Escala
Com os mesmo desenhistas da revista, a editora lançou também, a Galeria de Verão Street Fighter:
Segundo Arthur Garcia, ele também fez uma similar de Mortal Kombat.
Segundo Arthur Garcia, ele também fez uma similar de Mortal Kombat.
Em 1995, a Editora Escala lançou revistas oficias, contendo informações sobre a franquia. A primeira edição er focada no filme americano, e a seguinte veio com matéria sobre o anime Street Fighter II - Movie, o RPG Street Fighter: The Storytelling Game e a série animada Street Fighter - The Animated Series, também publicou três edições de uma revista-pôster.
Street Fighter sobre o filme e as revistas mais abrangentes
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Entre 1999 e 2000, a editora publicou a revista Guia De Referências Anime e Mangá, editada por Marcelo Del Greco, ex-colunista da Revista Herói. A primeira edição trouxe os model sheets de Street Fighter Alpha e quinta, os do anime Street Fighter II V. A editora também publicaria artes oficiais da franquia na revista "アートブック Artbook - Os melhores animês e mangás."
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Página da Revista アートブック Artbook - Os melhores animês e mangás #7, arte de Street Fighter II e Darkstalkers. |
Página do Guia De Referências Anime e Mangá 5 |
Nova Sampa
Em 1996, a Nova Sampa (cujo dono,
Carlos Cazzamatta, também foi um dos fundadores da Escala) lança a revista Quem
é Quem Street Fighter II. A revista foi produzida por Sergio Peixoto através do
estúdio Quadrimix de Franco de Rosa, e trazia fichas biográficas de personagens
da franquia com ilustrações de Sebastião Seabra, Paulo Yokota e Rosana Valim,
outras edições foram anunciadas, mas aparentemente, não foram lançadas. Na
mesma editora, com José Roberto Pereira, Peixoto já havia lançado
outra revista sobre a uma franquia de jogos de luta, a revista Quem é Quem
Game, dedicada à The King of Fighters, que une personagens oriundos
de Fatal Fury e Art of Fighting, que foram criados por Hiroshi
Matsumoto e Takashi Nishiyama e de Ikari Warriors e Psycho Soldier, todos
da SNK, na década de 2000, as duas empresas lançariam juntas a série SNK vs.
Capcom.
Em 1997, a Hyper Comix, versão de banca do fanzine de João Vicente Cardoso, o JVC publicada pela Magnum (editora da revista Animax, editada por Peixoto), publicou paródias de Street Fighter.
Hyper Comix #13, capa de Denise Akemi |
Hyper Comix #14, capa de André Luis Felipe, o ALF, Alfloptrecus Malucu |
Em 1995, a Estrela lança no país a coleção de bonecos "Street Fighter Official Movie Fighter", baseada no filme estrelado por Jean-Claude Van Damme e lançado nos EUA pela Hasbro, mesma empresa de G.I. Joe/Comandos em Ação, essa não foi a primeira parceria entre a Capcom e a Hasbro, em 1993, uma coleção de G.I.Joe trouxe bonecos da franquia de jogos, em 2015, a editora americana IDW anunciou um crossover em quadrinhos entre as duas franquias. Curiosamente, Marcelo Cassaro fez quadrinhos baseados em Comandos em Ação publicados como informes publicitários em revistas em quadrinhos.
No seguinte, é a vez de um jogo de tabuleiro baseado na série, o
estilo do desenhista da Caixa lembra o do Arthur Garcia, outras franquias
tiveram jogos de tabuleiro similares pela Estrela e eram divulgados juntos:
Mortal Kombat, X-Men, Quarteto Fantástico, Conan e Homem de Ferro. Esse não foi
o primeiro jogo de tabuleiro da franquia, em 1994, a Milton Bradley (empresa
foi comprada pela Hasbro em 1984), já havia lançado um jogo de tabuleiro de
Street Fighter.
Ediouro/Coquetel
Através do selo Coquetel, a Ediouro lançou uma série de revistas de Passatempos baseados na franquia.
Revistas de passatempos da linha Coquetel dedicadas a Street Fighter II |
Nova Cultura
A editora Nova Cultura, um selo da Editora Abril, publicou um suplemento para Pense Bem, um jogo da TecToy de perguntas e respostas e que visualmente lembrava um notebook ou computador doméstico da década de 1980.
Álbuns de figurinhas
Em 1996, a Multi Editora lançou o álbum de figurinhas "Super Street Fighter II - Official Sticker Album'
No mesmo ano, foi lançado um álbum das balas Zung da Frigells, as balas traziam figurinhas para serem coladas em posteres, as figurinhas traziam artes oficiais e screenshots da série animada americana, a empresa já havia publicado álbuns-posteres dos Cavaleiros do Zodíaco, a Frigells foi comprada pela Riclan, que continuou publicado outros álbuns parecidos com de outras franquias.
Em 1997, a Panini lançou o álbum Game Collection.
Editora Trama
Mesmo na editora Trama, Cassaro
continuo reverenciando sobre a franquia:
No Sistema de RPG Defensores de Tóquio,
criado por ele, o Capitão Ninja aparece como namorado da lutadora chinesa
Lun-Chi;
Dragão Brasil #2 - notícia do lançamento de
Street Fighter: The Storytelling Game da White Wolf;
Dragão Brasil #26 Game Fighters para Defensores de Tóquio, Lun-Chi e Capitão Ninja são dois dos personagens que aparecem adaptados.
Dragão Brasil #33 - adaptação de Marvel vs. Street Fighters para GURPS
Só Aventuras #1 - adaptação de Street Fighter para GURPS
Em 1998, a Trama assina um
contrato de licença com a Character Comércio e Serviços e a Romstar
do Brasil para publicar RPGs e quadrinhos de Street Fighter, com isso
puderam publicar o jogo da White Wolf, usar a franquia como cenário
de campanha da terc1qqeira edição de Defensores de Tóquio, junto com Mortal
Kombat e 3 jogos Megaman, Darkstalkers e do jogo beat 'em up Final Fight
(que inicialmente se chamaria Street Fighter '89, os personagens de
Final Fight acabaram sendo integrados a Street Fighter Alpha ou Zero no Ocidente,
os personagens das outras franquias apareceriam na série "vs.
Capcom") e publicar uma mini-série em três edições chamada Street Fghter
Zero 3, desenhada por Érica Awano (revelada em em Megaman da Magnum). Para não infringir os
direitos da Devir (editora que publicava os títulos da White Wolf no Brasil), Cassaro optou por não usar as ilustrações originais dos livros, em seu lugar usou artes originais da Capcom e desenhos de Awano e Lydia Megumi Oide. Porém, a Devir ainda iria reclamar - a solução só veio com a visita de Mike Tinney, um dos autores do jogo no Encontro Internacional de RPG. No fim, os royalties do jogo foram pagos a White Wolf. o jogo foi publicado em 1999 em três edições de Dragão Brasil Especial e teve uma edição encadernada publicada em 2001.
Street Fighter Zeo 3- Arte de Érica Awano |
Mesmo com o estilo bem próximo aos mangás, Marcelo Cassaro e Érica Awano
não consideram a mini-série como mangá puro.
Cassaro mais uma vez faz referência ao namoro de Capitão Ninja e Chun-Li nessa mini-série, o Capitão aparece desenhado por Awano e e diz ser ex-namorado da chinesa, a história foi publicada na última edição da mini-série em Dragão Brasil #54 (1999). Em Dragão Brasil #78, em uma história do Capitão Ninja escrita por Petra Leão e desenhada por Eduardo Francisco e colorida por Ricardo Riamonte, Ryu e Dan aparacem, Chun-Li Mika, Cammy e Karin são mencionadas.
Cassaro se inspirou no RPG da White Wolf, achando que ele trazia a
história oficial da franquia.
Na revista Animax #33, foi anunciada que o Estúdio PPA, produziria uma
mini-série chamada Pocket Fighter, inspirada no jogo homônimo para a editora
Shangri-la, e uma de Darkstalkers, escrita por Rogério Saladino e desenhada por
Eduardo Francisco. Ambos os projetos foram cancelados. Na Animax #46, foram
anunciadas as mini-séries The King of Fighters e Samurai Spirits da Neo
Geo e Megaman X, ilustradas por Denise Akemi, Érica Awano, Eduardo Francisco e
Rogério Hanata seriam publicadas pela editora carioca Shalon, os projetos
também foram descontinuados, uma vez que a editora fechou as portas.
Em 2000, na primeira edição da revista Dragão Brasil Games, Ryu aparece em uma história do Capitão Ninja escrita por Petra Leão, com desenhos de Eduardo Francisco e cores de Ricardo Riamonde, na mesma edição, tem um artigo de Luciano Borges sobre uma hipotética luta de Blanka vs Son Goku, uma análise de Street Fighter 1 pelo mesmo autor e um perfil da Sakura. A revista durou 3 edições.
Em 2012, a Newpop Editora anuncia a publicação dos mangás oficiais da franquia Street Fighter Alpha e Street Fighter: Sakura Ganbaru!, ambos produzidos por Masahiko Nakahira, e com dois volumes cada. A primeira edição de Street Fighter Alpha foi finalmente publicada em Dezembro de 2012. A segunda foi lançada em Abril de 2014. Sakura Ganbaru! não teve data divulgada pela editora.
WarpZone
Em 2018, a editora/revista WarpZone a mesma que lançou uma edição comemorativa da revista Animax, lançou um projeto de financiamento no Catarse de um livro sobre a franquia Street Fighter, previsto para ser lançado em agosto de 2018, a publicação só foi lançada em novembro. Link para a compra.
Anteriormente, a franquia havia sido tema da revista Warpzone Clássicos n. 2
Agradecimento ao Casto Castissimo, pelo scan da revista Quem é Quem Street Fighter II, a Luís HB Veríssimo pelo scan da Revista Oficial #2 e ao Carlos Dalben por informar sobre as revistas-pôsteres e ao Eric Souza da Shotokan, revista online sobre SFRPG.
Fontes e referências
Street Fighter - Revista Oficial #2, 1996, Editora Escala
Marcelo Cassaro (Março de 2008). Revista Dragon Slayer #19 - Street Fighter RPG, Editora Escala
Wizard Brasil #5, 1996, Editora Globo
Entrevista de Wagner Fernandes ao Abacaxi Atômico
Hercílio de Lourenzi Presidente do Grupo Escala de Publicações comunicação - Ed. Escala
[Street Fighter II 20 Anos - 4ht Bônus Stage] Ao Pé da Letra: Street Fighter - Série II (Ed. Escala, Aventura, HQ)
Street Fighter Zero 3 Para Download
Punho do Guerreiro - revista digital bimestral sobre Street Fighter: O Jogo de RPG
Publicações - Street Fighter RPG
Comentários
E agradeço de coração mesmo pela citação na matéria entre as fontes e referências. Fico lisonjeado pelo respeito e carinho de todos as comunidades. ^^