Futuropolis
Futuropolis foi publicada em 1937 na revista francesa Junior, escrita pelo escritor de ficção científica e roteirista de cinema René Thévenin (que assinou como Martial Cendres) e ilustrada por René Pellos.
A série se passa no futuro da Terra, onde os humanos se dividem em dois grupos distintos: Uma sociedade avançada no que vive no subsolo e outra uma outra superfície, que se assemelha aos antigos homens da caverna, ambos viviam sem saber da existência do outro, até que os humanos do subsolo ficam sabendo dos seres da superfície, para isso, enviam Rao e Maia para a superfície, contudo, Rao se apaixona por uma mulher da superfície chamada Iaona e torna-se um desertor e inimigo de Maia.
Em 1940, foi lançada uma sequência chamada Electropolis, publicada na revista Jean-Pierre. de 1946 a 1953, a dupla produziu a série Durga Râni, reine des jungles na revista Fillette, sobre uma jungle girl, o nome Durga deriva de uma divindade indiana e Râni é uma versão feminina de rajá (nome dado a governantes do subcontinente indiano), a série tinha influências de O livro das Selvas de Rudyard Kipling, uma das obras que antecedem Tarzan. Thévenin assinou como Jean Sylvère. Em 1950, Péllos ilustrou uma adaptação do livro La Guerre du feu (A Guerra do Fogo) do escritor franco-belga J.-H. Rosny aîné, publicado em 1909, o livro ganhou uma versão cinematográfica franco-canadense em 1981. O romance fala da vida pré-histórica e também pode ser considerado como ficção científica, o gênero é chamado de de ficção pré-histórica ou FC pré-histórica.
Durga Râni |
La Guerre du feu |
Em 1974, a série foi homenageada, seu nome foi usado em uma editora, ativa até os dias atuais, em 1977, Futuropolis ganhou um álbum pela editora Glenát.
O nome da série e o plot da trama do filme alemão Metrópolis (927), dirigido por Fritz Lang; no ano de 2026, ricos industriais comandam a cidade Metrópolis, enquanto trabalhadores subterrâneos trabalham para manter as máquinas funcionando, tudo muda quando Freder, filho de Joh Fredersen, arquiteto e dono de Metrópolis se apaixona por Maria, uma habitante subterrânea. O filme foi baseado em um livro de mesmo nome de Thea von Harbou (na época, esposa de Lang), publicado no ano anterior (ou seja, a trama se passava 100 anos no futuro).
Pôster de Metrópolis |
A trama também lembra o romance A Máquina do Tempo de H.G. Wells, no livro, um viajante do tempo da Era Vitoriana viaja ao ano 802.701 D.C e se depara com duas raças descendentes dos humanos, os Morlocks, que vivem na parte subterrânea e os Elois, que vivem na superfície, os Morlocks tinham a pele cinza e os Elois eram loiros de olhos azuis, ambos os Morlocks seriam a classe trabalhadora que sustentava a classe alta, com o tempo, isso se inverteu. Wells não gostou de Metrópolis, chegou a produzir uma resenha negativa para o jornal The New York Times.
Referências e link úteis
Scientific American Brasil - Exploradores do Futuro #2 - H. G. Wells . Editora Duetto, 2005
The Time Machine - TV Tropes
Futuropolis (bande dessinée)
Futuropolis - Cool French Comics
Futuropolis - RocBo
De Futuropolis à Ringardopolis
Futuropolis - Tangencial DO
Science-fiction et bande dessinée : années 1930
H.G. Wells Pans Fritz Lang’s Metropolis in a 1927 Movie Review: It’s “the Silliest Film”
Viajantes Temporais, Cronoterroristas, Patrulhas Temporais Alternativas
J.-H. Rosny aîné "La Guerre du Feu", par René Pellos in Zorro
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