Neo Tokyo
A revista Neo Tokyo estreou em janeiro de 2006, produzida pelo Estúdio Mercado Editorial e publicada pela editora Escala, a revista tinha como editor, o Junior Fonseca, Fonseca já colaborava na editora, foi editor da Anime > Do, da Comix Book Shop Magazine e do final da Desenhe & Pulique Mangá (em formatinho), que eram produzidas pela Estúdio Opera Graphica de Franco de Rosa e Carlos Rodrigues (da gibiteria Comix Book Shop), que mais tarde se tornou uma editora, com isso, Rodrigues fundaria o Mercado Editorial, que continuou a colaborar com a Escala, Fonseca tinha um site sobre Dragon Ball e acabou indo parar no mercado de revistas, chegou a fazer um fanzine/fanfic chamado Dragon Ball Milênio ou DB Milênio, roteirizado por Fonseca e Thiago Valezin, ilustrado por Alexandre Soares com character design criado por Lucas Kenji Sato, que assim como Dragon Ball AF (que surgiu de uma fanart), continuava a história de Goku e cia, assim como muitos doujinshis no Japão, Fonseca fundou o site Anime Pro, o que foi bastante influente nesses primeiros números da Neo Tokyo, nele haviam a coluna Shoujo Café de Valéria Fernandes do blog de mesmo nome, Shonen Jidai de Fabio Sakuda (que na edição 13, publicou o mangá Truco) e Tower of Strength e Território dos Bravos de Alexandre Lancaster, logo depois, veio o projeto de webcomics Ação Total, capitaneado pelo Lancaster.
A Neo Tokyo surgiu como uma revista grande com 100 páginas, trazendo matérias de Alexandre Lancaster, Valéria Fernandes e até o veterano Minami Keizi (um dos precursores do estilo mangá no país), que possuía uma coluna sobre a cultura japonesa, inclusive numa dessas colunas, descobri que o tokusatsu Super Giant foi exibido em cinemas da colonia japonesa, enviei essa informação ao Cesar Filho do Blog Daileon, que atualmente colabora com o Jbox.
A revista trazia matérias sobre animes e mangás, mas também tokusatsu, J-pop e outros gêneros musicais japoneses, K-pop (quando não eram tão conhecidos fora do nicho), filmes japoneses e de Hong Kong, model sheets, letras de músicas, fanfics, light novels, aulas de desenho, aulas de japonesas e , Studio Seasons lançou quadrinhos como Mitsar (no mesmo universo de Sete Dias em Alesh), a light novel Contos de Sher Mor e a tira Ronins.
No ano seguinte, Fonseca funda uma editora, a Newpop, a revista teve mudanças, Minami Keizi morre em 2009, Alxeandre Lancaster e Valéria Fernandes saem da revista, Lancaster cria o blog Maximum Cosmo, tanto Alexandre, quanto Valéria republicaram alguns de seus textos na revista, pouco depois, em 2011, Alexandre cria a Lancaster Editorial, com o projeto de revista chamado Almanaque Acão Magazine, inspirado nas antologias japonesas, que conta com a participação de Sakuda e Carlos Sneak (que foi capista da Neo Tokyo), apesar dos esforços, dura apenas 3 edições, mais detalhes no post sobre mangás brasileiros. Atualmente, Lancaster tem um universo compartilhado de RPG e quadrinhos chamado Brigada Ligeira Estelar, sobre mechas (robôs gigantes).
Fonseca fica na revista até a edicao 76, a revista passa por várias mudanças, deixa de ser lombada quadrada, o estúdio passa a se chamar Criativo Editora, publicando principalmente, livros de como desenhar, Arthur Garcia, que já produzia manuais pra Escala, passa ter uma sessão de como desenhar na revista, mais tarde encadernado pela Criativo.
Vários editores passaram pela revista após a gestão de Fonseca que irei listar alguns abaixo:
Editores: Junior Sagster (edições 77-82), Sayuri Tanamate (83-86), Renato Hack (87-96) Douglas MCT (97-105) Lily Carroll (107-118)
Também colaboraram com a revista:
Sérgio Peixoto (das revistas Japan Fury, Animax, Anime Ex, entre outras).
Rodrigo Pato, que escreve sobre tokusatus (atualmente colabora com Peixoto na versões digitais da Animax e Anime EX).
Ademi Junior do blog Cooltural.
Guilherme Coral do Plano Crítico
Nilton Simas com a HQ LunchTime
Raquel Sumeragi com a HQ Entropia
Felipe Marcantonio com a webcomic XDragoon.
Wal Souza (1982-2020) com a tira Bab & Gag
Algumas matérias foram compiladas em livros, é caso de Mangá do Começo ao Fim de Sérgio Peixoto (que também trazia matérias da revista Clube do Anime da Editora Minuano, e American anime, com matérias de Helena Stumpf Morelli e Renato Hack sobre desenhos americanos influenciados pelos animes.
Em 2017, houve uma tentativa de reformular a revista na edição 119, com uma matéria sobre o Minami Keizi pelo Franco de Rosa e participação de Matheus Machado do site DesenhoOnline.
Na edição 120, uma matéria sobre autopublicação por Thiago Spyked, uma sobre rockabilly (um dos primeiros gêneros do rock, que tem influências da música country) e psychobilly (um misto de rockabilly e punk rock) japonês por Marcial Balbás, diagramador da revista e baixista da banda rockabilly Red Lights Gang, uma biografia de Júlio Shimamoto , que publicou ilustrações de um Guia Básico de Defesa Pessoal com golpes de Kung Fu e uma HQ de uma página sobre a rebelião dos boxers na China.
A Criativo publicou sketchbooks de vários autores que passaram pela revista:
Arthur Garcia, Nilton Simas, Lily Carroll, Raquel Sumeragi, Thiago Spyked, Júlio Shimamoto, Matheus Machado e Franco de Rosa.
Novas revistas nas bancas!
Conexão OhaYO! com Junior Fonseca
Antigo site da revista
Página no Facebook
Edições digitais no site Ibanca
200 American Anime - Olhões e boquinhas que falam inglês
Comentários