Green Turtle e o filme que nunca existiu
Pedi ao ChatGPT para imaginar um filme do Green Turtle feito em Hong Kong, enviei uma imagem do herói e outra do Donnie Yen em Chen Zhen – A Lenda dos Punhos de Aço (2010), onde ele usa uma máscara e saiu a imagem acima.
Em 1992, o cineasta independente Chow Wai-Lun, já conhecido em Hong Kong por seus filmes de ação sombrios e estilizados, encontrou por acaso um punhado de revistas antigas em uma loja em Sham Shui Po. Entre elas, um herói singular o fez parar: um mascarado com o símbolo de uma tartaruga no peito, lutando contra invasores japoneses durante a Segunda Guerra Mundial. Era o Green Turtle, um personagem praticamente esquecido dos quadrinhos americanos dos anos 1940. Mas o que realmente o capturou não foi a ação exagerada ou a estética pulp, e sim a ausência: o rosto do herói jamais era mostrado. Havia algo inquietante e belo naquilo — um personagem cujo anonimato parecia proteger não só sua identidade, mas toda uma cultura esquecida. O mistério visual do herói e seu simbolismo cultural implícito tocaram algo em Chow. Ele viu ali uma oportunidade de recuperar um herói pan-asiático com raízes profundas em resistência e identidade. Mas sua visão ia além do resgate histórico. Chow cresceu vendo e revendo a série O Besouro Verde de 1966, em que Bruce Lee como Kato havia se tornado ícone local. "Como muitos aqui em Hong Kong, eu era fascinado por Kato. Ele não era só um ajudante — ele era o verdadeiro herói em nossos olhos", disse Chow em entrevistas posteriores. 青龜侠 seria sua resposta espiritual àquele legado. Contudo, ao contrário dos quadrinhos originais, o filme de Chow não incluiu Burma Boy — o ajudante jovem do herói. Ele acreditava que o Green Turtle deveria operar só, como um espírito solitário que surge e desaparece nas sombras, sem depender de ajudantes para proteger a cidade. Em 2004, com orçamento limitado e estética carregada de névoa, kung fu e neon, Chow lançou o filme estrelado por Lee Kin-Ho, um ator teatral treinado em wushu e expressão corporal. O herói aparecia como um vigilante mascarado, silencioso, preciso, vestindo uma túnica com o bordado de uma tartaruga esmeralda no peito — símbolo da resistência e sabedoria milenar chinesa. A ausência de referências diretas ao misticismo deram lugar a uma abordagem mais crua e urbana. 青龜侠 não era um mito — era uma presença entre os becos, um protetor esquecido dos marginalizados. Com o tempo, o filme tornou-se um clássico cult nas universidades de cinema asiáticas, comparado a obras como In the Mood for Love e Hero, mas com a urgência silenciosa de um anti-herói noturno.
Ao pedir um storyboard, ele entendeu que seriam fotográficos, então saiu assim
Pedi uma sinopse:
Durante a Segunda Guerra Mundial, um misterioso combatente conhecido apenas como Green Turtle lutou contra a ocupação inimiga em territórios asiáticos, ajudando civis e sabotando forças militares — sem jamais revelar seu rosto. Após a guerra, ele desapareceu sem deixar rastro.
Décadas depois, em uma Hong Kong moderna tomadapor uma triad, um jovem órfão e artista marcial descobre um legado esquecido: a Adaga de Jade, uma arma antiga e símbolo de um herói oculto. Com a orientação de um velho mestre e sua própria busca por justiça, ele se tornará o novo Green Turtle.
O novo herói foi treinado pelo Wun Too (que devia passar dos 100 anos, já que era um velho no gibi de 1944-1945)
No DeepSeek, surgiu a ideia de Green Turtle ser uma mulher, de volta ao ChatGPT, saiu meio wuxia (filmes épicos como O Tigre e o Dragão)
Título: 《青龜俠》 (The Green Turtle)
(Um mix de wuxia, espionagem e fantasia, com um visual vibrante e coreografias de luta impressionantes.)
Sinopse:
Na Shanghai dos anos 1930, sob a ocupação japonesa, uma jovem revolucionária chamada Mei Lin é escolhida por uma antiga entidade espiritual—a Tartaruga Verde, guardiã da resistência chinesa—para combater a opressão. Usando uma máscara e um manto esverdeado, ela se infiltra entre os poderosos, desmantelando redes de traição enquanto enfrenta sua própria luta entre o dever e a humanidade.
Inspirada nos quadrinhos clássicos de The Green Turtle (criado por Chu F. Hing nos anos 1940, com teorias de que o personagem era originalmente chinês), a história ganharia um tratamento moderno, mesclando:
Lutas acrobáticas no estilo de Ip Man ou Hero;
Drama político como em Infernal Affairs;
Elementos sobrenaturais da mitologia chinesa (a Tartaruga como símbolo de longevidade e proteção).
Estilo do Filme:
Diretor possível: Tsui Hark (por sua maestria em misturar ação, história e fantasia) ou Wilson Yip (pela abordagem emocional e ritmo acelerado).
Fotografia: Cores saturadas, contrastes entre sombras e verdes vibrantes.
Trilha sonora: Uma mistura de instrumentos tradicionais chineses com um toque eletrônico (como em The Grandmaster).
Por que funcionaria?
Conexão histórica: The Green Turtle foi um dos primeiros super-heróis asiáticos na cultura pop ocidental, mas sua origem chinesa nunca foi totalmente explorada.
Relevância política: A resistência contra ocupantes estrangeiros ecoa temas atuais, mas com um pano de fundo histórico.
Potencial de franquia: Se bem-sucedido, poderia se tornar um super-herói wuxia icônico, como Zorro ou O Cavaleiro das Trevas, mas com identidade chinesa.
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