Super Mouse
Supermouse #1, arte de Carl Wessler, 1948 |
Mighty Mouse ainda com o uniforme azul |
Em 1955, a Terrytoons foi comprada pela emissora americana CBS.
Depois da mudança de nome, Super Mouse teve mais 73 curtas, encerrando sua série original em 1961.
O personagem foi adaptado para os quadrinhos (talvez por isso, a Terrytoons tenha optado por mudar seu nome), primeiro pela Timely (antecessora da Marvel) de 1946 a 1947, nas revistas Terry-Toons Comics (publicada desde 1942 com outros personagens do estúdio) e Mighty Mouse teve quatro edições com roteiros de Stan Lee e desenhos e arte-final de Frank Carin, Moe Wirth e Mario Acquaviva e cores Barry Blum na primeira edição, nas demais edições e nas edições da Terry-Toons Comics, ainda não há créditos.
Logo depois, a St. John Publications de continuidade a numeração (uma prática comum no mercado americano) das revistas Terry-Toons Comics (que teve 50 edições) e Mighty Mouse com apenas os desenhos de Art Bartsch e Connie Rasinski identificados em algumas edições, Paul Terry's Mighty Mouse Comics de 1947 a 1956, a editora chegou a publicar uma revista em 3D do personagem em 1953.
Após a edição 85, a Terry-Toons Comics passou a se chamar Paul Terry's Comics sendo publicada até a edição 125 em 1955, logo em seguida, a revista passa a se chamar Adventures of Mighty Mouse, que teve mais três edições com esse título.
Ironicamente, títulos da St. John seriam passados para a Pines Comics (novo nome da Standard) e os personagens Supermouse de Kin Platt e Mighty Mouse de Paul Terry foram publicados pela mesma editora, sendo que a revista do Supermouse foi cancelada em 1957 e as revistas Mighty Mouse e Adventures of Mighty Mouse em 1959, ano em que a Pines saiu do mercado de quadrinhos.
Logo em seguida, o personagem migrou para a Dell Comics (1959 a 1960), Gold Key Comics (1962–1963) e novamente pela Dell Comics (1964–1968). A Dell possuía uma parceria com a Western Publishing em que Western, que possuía a licença de diversas franquia, produzia e a Dell publicava, essa parceria durou de 1938 a 1962, em 1962, a Western lançou o selo Gold Key Comics, publicando várias das séries publicadas pela Dell como Disney e o próprio Mighty Mouse. A Gold Key publicou histórias com desenhos de John Costanza e Gene Fawcette e outros ainda não creditados, enquanto que os artista da Dell não foram identificados.
Mighty Mouse
Timely Comics #1–4 (1946-1947)
St. John Publications #5–67 (1947–1956)
Pines Comics #68–83 (1956–1959)
Dell Comics (1959 a 1960; 1964–1968)
Gold Key Comics (1962–1963)
Terry-Toons Comics #38–85 (1945–1951) e Paul Terry's Comics #86–125 (1951–1955)
The Adventures of Mighty Mouse: St. John Publications #126–128 (1955), Pines Comics #129–144 (1956–1959), Dell Comics #145–155 (1959–1961), Gold Key Comics #156–160 (1962–1963) e Dell Comics #161–172 (1964–1968)
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Em 1987, a CBS resolveu encomendar uma nova série do herói, produzida pela Bakshi-Hyde Ventures, uma joint venture do animador Ralph Bakshi e do produtor John W. Hyde, embora conhecido por longa-metragens, Bakshi começou trabalhando na Terrytoons em meados dos anos 50, animando inclusive curtas de Mighty Mouse, contudo, a animação gerou uma controvérsia, no episódio The Littlest Tramp, o herói aparece cheirando uma flor, que entra no seu nariz, isso foi interpretado como se ele estivesse cheirando cocaína, pesou também o história de filmes animado para adultos produzido por Bakshi, como uma adaptação de Fritz the Cat do quadrinista underground Robert Crumb lançada em 1972, Bakshi afirmou que essa nunca foi sua intenção e que a cena remetia a uma lembrança da garota que tinha vendido a flor, a série durou até 1988 tento 19 episódios (na prática, 48, já que cada episódio apresentava na verdade micro-episódios).
Cenas do episódio
Versão dublada do episódio sem a controvérsia cena.
Em 1990, a Marvel Comics lançou uma revista do herói, essa série era inspirada na versão de Bakshi, mas também pode ser vista como paródia e homenagem aos quadrinhos de super-heróis com alusões a O Cavaleiro das Trevas (The Dark Knight Returns) de Frank Miller, Namor (com capa de John Byrne inspirada em capa que ele mesmo ilustrou pra Marvel), Crise nas Infinitas Terras (tem com uma capa pelo mesmo autor da minissérie, George Pérez) para o arco Mices on Infinite Earths!, que inclusive inclui o Supermouse dos primeiros curtas (uma vez que o Supermouse da Standard tinha entrado em domínio público.) As histórias foram produzidas por:
Capas:Ernie Colon, John Byrne, George Pérez, Milton Knight, Steve Lightle, Kevin Maguire, Joe Rubinstein
Roteiros:Michael Gallagher, Glen Herdling e Dan Slott
Desenhos:Ernie Colon, Mike Kazaleh, Milton Knight e George Wildman Arte-final:Marie Severin
Abaixo uma galeria de capas da minissérie e suas inspirações
Capas de Ernie Colon e Frank Miller
Capas de John Byrne
Capas de George Pérez
Os direitos do personagens estão divididos entre a CBS Operations (uma unidade da atual CBS Corporation) e a Paramount Home Entertainment / CBS Home Entertainment, os direitos de home vídeo, embora a Viacom tenha se dividido entre CBS Corporation e Viacom (dona da Nickelodeon e Paramount), ambas pertencem a National Amusements, projetos de uma fusão novamente das empresas já foi proposto, mas até o momento, nenhuma decisão foi tomada. A divisão de direitos também ocorre em outra franquia da CBS, Star Trek.
Em 2004, a Paramount Pictures, a Omation Animation Studios e a Nickelodeon Movies anunciaram um filme a intenção de um filme em CGI do herói, mas até o momento, nada foi definido.
Em 2008, foram lançados no Japão, jogos de Mighty Mouse em máquinas pachinko.
Em 2012, foi lançado o jogo MIGHTY MOUSE My Hero HD para iOS e iPAD.
Em 2017, a Dynamite Entertaniment lançou uma série do personagem licenciado pela CBS Consumer Products.
A editora lança uma minissérie em cinco edições, escrita pro Sholly Fisch e ilustrada por Igor Lima (não achei comprovação se é brasileiro ou português) com capas variantes de Alex Ross, Neal Adams (que desenhou o Atomic Mouse da Charlton, criado por Al Fago), Anthony Marques, J. Bone e do próprio Igor Lima, a HQ mistura o estilo dos comics de super-heróis com o cartoon tradicional do personagem (num tropo conhecido como Non-Standard Character Design, ou seja, character designer não-padronizado em uma tradução livre), para demostrar o Mighty Mouse no "mundo real".
Capas de Neal Adams e de J. Jones
Nomes no Brasil
No Brasil, o personagem continuou com o nome Super Mouse na televisão, mas nos quadrinhos, esse nome nem sempre foi usado, acontece que nos anos 50, a editora La Selva publicou o Supermouse da Standard e o Atomic Mouse da Charlton em sua revista Cômico Colegial, a EBAL optou por usar o título Possante para publicar o Mighy Mouse, nome pelo qual o personagem foi conhecido, gerando 3 séries: a primeira de março de 1953 a maio de 1961, a segunda de junho de 1961 a agosto de 1961 e a terceira de setembro de 1965 a dezembro de 1965. A La Selva chegou a usar o nome Possante em algumas capas, talvez para confundir os leitores.
Em abril 1976, o personagem aparece na edição 33 da revista Diversões Juvenis da Editora Abril, na capa usam o Possante, o Super Mouse, o título Possante lembra o logo da EBAL na última série.
A revista era usada para testar futuros títulos solos. Em agosto do mesmo ano, surge a revista própria do herói, já como Super Mouse, a revista foi publicada até dezembro de 1979, com 21 edições publicadas. Em setembro de 1980, surge uma revista pela RGE (Rio Gráfica Editora), publicada até agosto de 1981 com 11 edições.
Fontes e referências
Mighty Mouse - Wikipédia em inglês
Mighty Mouse - Grand Comic Database
Supermouse - Public Domain Superheroes
Supermouse - Comic Vine
Mighty Mouse - Comic Vine
Supermouse - Don Markstein's Toonopedia
Mighty Mouse - Don Markstein's Toonopedia
Super Mouse, seu amigo, vai salvá-lo do perigo em nova HQ da Dynamite!
Retro Review: Mighty Mouse #5 (Frebuary 1991)
Ernie COLON Unlimited - Mighty Mouse
Mighty Mouse - TV Tropes
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