Mangás brasileiros ao longo das décadas

Esse texto é uma atualização do texto publicado no site Kotatsu Wikia, onde fui convidado a colaborar em um texto pré-existente.




O termo mangá foi importado por Katsushika Hokusai, um artista de ukyo-ê, ele importou o termo do chinês manhua, usado na arte do sumi-ê, mas seu uso para definir quadrinhos foi ideia de Rakuten Kitazawa, no final do século XIX e início do século XX, Kitazawa também conhecido por criar os yonkomas, um tipo de tira vertical composta por quatro quadros. A palavra manhua se tornaria um cognato em chinês, assim como manhwa em coreano.


A imigração japonesa no Brasil se iniciou em 1908, em 1916, surge o primeiro jornal da colônia japonesa, o Nanbei (América Latina), em 1941, o governo de Getúlio Vargas proibiu a publicação de jornais da colônia, por conta dos conflitos da Segunda Guerra, uma vez que o Brasil havia se tornado membro dos aliados e o Japão pertencia ao Eixo. Após o fim da Guerra, em 1946, os jornais voltam a ser publicados, é lançado o São Paulo-Shimbun.



Década de 1950
Em 1956, o o animador japonês (ou issei como a colonia costuma chamar os imigrantes) Ypê Nakashima (também grafado como Ippe ou Yppe) se muda para o Brasil, logo ele passa a colaborar como jornalista na Cooperativa Agrícola de Cotia (CAC), Nippak Shimbum, São Paulo-Shimbun, entre outros. No Japão, Ypê havia produzido tiras no formato yonkoma e cartuns para os jornais Asahi Shimbun, Mainichi Shimbun, Yomiuri Shimbun, entre outros. Ypê também produziu a tira do tipo yonkoma Sr. Bra da Colônia reproduzida diariamente no jornal São Paulo Shimbum entre 1956 e 1957 e irregularmente em 1958. Fonte:Tiras Memory - Sr. Bra da Colônia - São Paulo Shimbun - 1956
Em 1959, Ypê torna-se um animados, produzindo entre 1959 e 1963, a série Papa-Papo, contudo, não consegue distribuir a animação comercialmente. Logo em seguida, passa a produzir animações para comerciais,  dentre elas, o fortificante Sakamoto e os cobertores Parahyba. Segundo seu filho, o também animador, Itsuo Nakashima, Ypê tinha os estúdios Hanna-Barbera como influência,  viajou de volta ao Japão, com o intuito de negociar a produção de  animações para TV, produzidas por brasileiros e japoneses, contudo, as negociações não foram bem-sucedidas. Curiosamente, na década de 1960, foram produzidos os primeiros desenhos animados terceirizados no Japão: The King Kong Show (1966-1969), animado pela Toei, o também animador e cartunista americano, Joe Oriolo, que ilustrou quadrinhos e produziu uma série animada do Gato Félix, além co-criar o Gasparzinho com Seymour Reit, Orilo produziu o desenho Johnny Cypher in Dimension Zero (1967), cuja animação foi realizada por estúdios japoneses, Oriolo foi responsável, pela chegada dos animes nos EUA, começando por Astro Boy e Marine Boy.
A história de Ypê lembra a de Bob Kuwahara (nascido Rokuro Kuwahara), um japonês nascido em Tóquio em 1901, que mudou-se para os Estados Unidos em 1910, Bob trabalhou nos estúdios Disney, MGM e Terrytoons, nesse último, criou a série Hashimoto-san (1959), sobre um ratinho japonês, Kuwahara também ilustrou tiras de jornal e faleceu em 1964.



Sr. Bra da Colônia, tira no formato yonkoma de Ypê publicada no São Paulo Shimbum em 03 de maio de 1973, fonte: "O herói do herói Piconzé, Nassif e Itsuo Nakashima, revista Heróis do Futuro nº 34, 1996, Press Talent
Não há como saber se Ypê foi o primeiro ou o único a publicar yonkomas nos jornais da colônia.


Em 2009, Ypê foi tema de um documentário por Hélio Ishii e seu filho, Itsuo Nakashima



Década de 1960

Apesar do pioneirismo nos jornais da colônia, Minami Keizi é considerado o pioneiro em revistas com distribuição nacional e além da colônia.



Em 1963, Minami Keizi se muda da cidade de Getúlia para a capital paulista. Em entrevistas, Keizi disse que tomou contato com os mangás ainda em Getúlia, seu pai ganhava antologias japonesas na  Cooperativa Agrícola de Cotia. Passou então a copiar Osamu Tezuka. Logo seria influenciado também por Shotaro Ishinomori e Tetsuya Chiba. Ainda, em 1963, publica o conto "Pedrinho e a Greve dos Relógios" no Jornal Juvenil. O conto foi ilustrado pelo quadrinista Zezo. 



Página de Astro Boy e de Hot Stuff
No ano seguinte, resolve apresentar um projeto de uma história em quadrinhos do seu personagem Tupãzinho para Wilson Fernandes na editora Pan Juvenil, inspirado no Astro Boy/Tetsuam Atom (ou Tetsuam Atomu) de Osamu Tezuka, contudo, enquanto Astro é um robô, Tupãzinho é um garoto humano, no Japão, Tatsuo Yoshida criou o Ás do Espaço em 1964, que também era parecido com o Astro e era um garotinho, com a diferença que ele era um alienígena. Ao ver o desenho do personagem e sua anatomia diferente (olhos grandes e pernas finas), Fernandes sugeriu que alterasse o estilo, Keizi então optou por se inspirar no personagem Brasinha (Hot Stuff) da Harvey Comics, criado por Warren Kremer, porém, nota-se que a revista traria histórias influências pelo estilo mangá, podemos consider o Tupãzinho o primeiro exemplo de mangá híbrido ou kongo-mangá conforme definição criada pelo professor Amaro Braga, autor do livro Desvendando o Mangá Nacional: Reprodução e Hibridização nas Histórias em Quadrinhos. Ainda em 1964, estreia National Kid, primeira série de televisão japonesa exibida no país pela TV Record (São Paulo) e TV Rio. O personagem criado por Daiji Kazumine sob encomenda da National Electronics Inc., (atual Panasonic) e produzido pela Toei em 1960, Kazumine também seria responsável por um mangá do herói.

De acordo com Minami Keizi

Eu era apaixonado pelo mangá. Papai recebia através da CAC (Cooperativa Agrícola de Cotia) algumas publicações do gênero (mensais). Comecei copiando os mangás de Osamu Tezuka, e vi que ficaram parecidos.
Em 1964, depois que baixaram a ditadura, vim para São Paulo, com a cara e a coragem. Vinha com o mangá Tupãzinho, baseado no Tetsuwam Atomu (Astro Boy), de Osamu Tezuka. Logo de cara, o desenhista Wilson Fernandes me desencorajou (ele disse que este estilo de quadrinhos não ia pegar no Brasil – olhos grandes e pernas compridas). Então, tive que recriar o Tupãzinho; desta feita baseado no personagem Brasinha, da Harvey Comics. 
As minhas referências iniciais eram Osamu Tezuka, Ishimori (Ishinomori) Shotaro e Chiba Tetsuya, que eram quadrinhistas japoneses conceituados na época. Já em São Paulo, me baseei na revista do Brasinha, que na época era publicada no Brasil pela editora O Cruzeiro. No interior eu lia de tudo, principalmente os livros de bolso do detetive Shell Scoth. Também gostava muito do Pererê, do Ziraldo, que também era publicado pela Cruzeiro.
Entrevista de Minami Kezi a Elydio dos Santos Neto


Ás do Espaço





 Em 1965, Tupãzinho estrearia em tiras diárias do jornal Diário Popular (atual Diário de São Paulo) e, em 1966, ganha uma revista própria pela Pan Juvenil (Tupãzinho, o Guri Atômico). Nesse mesmo ano, Keizi torna-se supervisor da editora e lança uma outra revista, chamada "Álbum Encantado", com 104 páginas coloridas contendo fábulas infantis e outras histórias e contos ilustrados, escritas por Keizi e desenhadas por Fabiano Dias, José Carlos Crispim,  Luís Sátiro e Antonio "Toninho" Duarte. Alguns trabalhos seguiram o estilo mangá sugerido por Keizi.  Em 2017, a Criativo Editora republicou o álbum encantado pelo selo Graphic Book com o subtítulo Mangá Ano Zero.

Anúncio da revista do Tupãzinho na Revista da Meninada nº 5



Minami Keizi licenciou slides do Tupãzinho  produzidos pela Foto Colorlab Ltda. A caixa tem é creditada a Nelson Gonçalves (uma quadrinista com mesmo nome do cantor), as cores dos slides foram os primeiros trabalhos de Fabiano Dias e José Carlos Crispim, outros temas foram contos de fadas e fábulas, mas o Tupãzinho também aparece nas demais caixas
. De acordo com Minami, os slides foram exibidos em um programa apresentado por Walter Forster na TV Paulista

Em 1966, Minami publicou o Tupãzinho no Jornal Paulista, um jornal da colônia dirigido por Luiz Yassumi Tanigaki.





Exemplo de projetor de slides com personagens licenciados 














No mesmo ano, a Pan Juvenil é extinta e os sócios Salvador Bentivegna e Jinki Yamamoto convidam Keizi para fundar uma nova editora - surge a "Editora de Revistas e Livros" (EDREL), nome sugerido por um funcionário. A editora adota o Tupãzinho como seu mascote e este é impresso em todas as publicações.  O conto Pedrinho e a Greve dos Relógios é republicado na revista Tupãzinho. De acordo com Gonçalo Júnior no livro A Guerra dos Gibis: a Formação do Mercado Editorial Brasileiro e a Censura aos Quadrinhos, 1933-1964 (2004), as gráficas e funcionários que prestavam serviço para a Editora La Selva, fundaram editoras como a Editora Bentivegna de Salvador Bentivegna e a Novo Mundo de Victor Chiodi (que seria comprada pela La Selva).

Mesmo ainda seguindo um estilo de desenho infantil, Minami ainda produziu A História do Fogo, nitidamente inspirada no estilo mangá na primeira edição de Tupãzinho pela Edrel, em 1972, José Crispim refez a história num estilo cartoon para a revista Verde Amarelo Meu Brasil, Fonte: Tiras Memory



 










Em 1967, um outro descendente de japoneses passa colaborar com a EDREL, nascido em Guaiçara, Chuiji Seto Takeguma, ou Claudio Seto, como ficou conhecido.


Seto começou publicando cartoons e passatempos na revista Garotas e Piadas da Bentivegna em 1966, Garotas e Piadas era inspirada em revistas americanas de cartoons eróticos (ou soft porn) chamados de girlie cartoons, nos Estados Unidos, Martin Goodman, fundador da Marvel tinha uma outra editora que publicava girlie magazines chamada Humorada, que atuou nos anos 50 e 60, 
Seto seguiu para a EDREL, na revista Humor Negro, inspirado no traço do americano Jack Davis para a revista MAD, mas também trazia influências dequadrinhos japoneses e no ano seguinte, cria para a revista O Ídolo Juvenil, Flavo, um misto de contos de fadas e ficção científica. Flavo também é uma releitura de Astro Boy, um robôzinho criado pelo cientista Professor Kitão. Para o estilo das histórias, o autor se inspirou no traço de Hideko Mizuno, uma das precursoras do Shoujo mangá. A revista Ídolo Juvenil seguia o exemplo das antologias shonen, no primeiro número publicou Tarun, um tarzanide de Paulo Fukue. Nesse mesmo ano, a Shonen Jump japonesa publicou as tiras americanas Mandrake, Flash Gordon e Agente Secreto X-9

De acordo com Claudio Seto:

No ano seguinte, já na Edrel, eu criei o personagem Flavo no estilo mangá para a revista “Ídolo Juvenil”. Era um misto de ficção e contos de fadas. Isso porque as revistas “Contos de Fadas” e “Varinha Mágica” haviam feito grande sucesso na Editora Outubro anos antes.

A Editora Outubro foi um outro nome usado pela Editora Continental, mas teria mudado de nome por causa da Editora Abril, que teria registrado os nomes dos outros meses do ano, logo depois mudou o nome para Taíka.


Na equipe de Seto também estavam, sua irmã Kinue, seus irmãos Mario e Waldemar (que assinava como Waldermarx), Massahiro Seto Takeguma (não consegui identificar qual o parentesco) e os irmão Paulo Ohori (que assinava como Paulo Frank) e Sergio Ohori (que assinava como Sergius).



    





  Página de Honey Honey de Hideko Mizuno (1966)


Flash Godon na Shonem Jump, arte de Dan Barry


Claudio Seto publicou a história Lagrimas do Céu na revista Chiquinho - Edição Especial de Tupãzinho #6, Chiquinho foi um outro personagem ilustrado por Fabio Dias e José Carlos Crispim publicado em Álbum Encantado e O Ídolo Juvenil. Através de uma dica de Luigi Rocco, consegui identificar que esse é um personagem americano chamado Little Joe ou Little Ike (em revista própria, o nome foi mudado na segunda edição), criado como coadjuvante e também com histórias próprias na revista Little Eva publicado pela St. John Publications, criada em 1952 após perder os direitos de Little Audrey (conhecida como Tininha no Brasil) para a Harvey, ironicamente, a própria Audrey foi criada após a Paramount perder os direitos da Luluzinha, atualmente ambas as personagens pertencem a DreamWorks Classics (um braço da Comcast, também dona da NBCUniversal). Chiquinho e Eva (como  nome de (Bilu) foram publicados na revista Vida Infail da editora Vida Doméstica ainda na década de 1950, posteriormente, apenas o Chiquinho foi publicado pela Pan Juvenil e Edrel.


                                             
página de Lágrimas do Céu






Seto então cria mais duas revistas a pedido de Keizi: Ninja, o samurai mágico (3 edições) e O Samurai (16 edições). Nelas, é notável a influência de Sampei Shirato, precursor do movimento gekigá. Seto também publica histórias na revistas Ficção Juvenil, Mini Terror  (histórias de samurai) e Estórias Adultas (eróticas). Possivelmente, Seto foi o primeiro quadrinhista brasileiro a tratar sobre ninjas, mas não o primeiro no Ocidente, entre 1965 a 1966 , o desenhista britânico John McLusky adaptou o livro de Ian Fleming, "You only live twice", conhecido no Brasil como "Com 007 só se Vive Duas Vezes", no Brasil, a HQ foi publicada pela RGE em 1967, meso ano em que foi lançada adaptação cinematográfica, estrelada por Sean Connery, mais detalhes sobre quadrinhos de James Bond no post James Bond em histórias em quadrinhosInformações colidas no site Vintage Ninja.





Ninja, o samurai mágico de Claudio Seto (1967) e Sasuke de Sampei Shirato (1961)


Páginas de O Samurai n. 3


Página de Estórias Adultas n. 2

Páginas de Estórias Adultas n.8
Em meados da década de 60 e início da década de 70, começam a ser exibidos animes no cinema e na TV brasileira: O Oitavo Homem, Speed Racer (como Capitão Meteoro),  A Princesa e o Cavaleiro e. Samurai Kid, um anime ligeiramente inspirado no mangá Kaze no Ishimaru, de Sampei, o anime teve participação pelo renomado Hayao Myazaki em início de carreira. 

Em 2019, a editora Criativo publicou um álbum de O Samurai na coleção GraphicBook.





Década de 1970




A Gatinha nº 2, com a cantora e atriz japonesa Akiko Nakamura.
A Edrel investe em mais HQs de conteúdo adulto, surge a revista "A Gatinha", de Minami Keizi possivelmente, a primeira revista a publicar hentai brasileiro, que teve colaboração de Ignácio Justo e Cláudio Seto e Maria Erótica, de Claudio Seto mais puxada para o humor e o erótico(equivalente ao ecchi japonês), a personagem foi publicada nas revistas "Garotas e Piadas", "Mil Piadas" e "Yong Comics" e em revista própria.

A Editora lança um curso de desenho por correspondência em 12 fascículos, o "Curso Comics". 


No anúncio a editora usa o termo estória (assim como o título de uma das revistas ser Estórias Adultas), nessa época o termo estória era um cognato para o termo em inglês story, que é usado para obras de ficção, torando o termo história em quadrinhos como estória em quadrinhos (ou seja, ao invés de HQ, EQ) o cognato caiu em desuso, curiosamente, a palavra estória surgiu no século XIII como um sinônimo de história.


Ao mesmo tempo, Fernando Ikoma publica pela editora o livro "A Técnica das Histórias em Quadrinhos”. O livro foi o pioneiro no país a citar autores de quadrinhos japoneses, embora ainda não citasse a palavra mangá, o termo usado é "técnica japonesa". O estilo de Claudio Seto é descrito como "miscigenado". Ikoma nunca havia tido contato com mangás até a trabalhar para EDREL e diz que não foi influenciado pelo estilo.



Em entrevista à Tony Fernandes, Ikoma comentou 


Quando eu cheguei na Edrel, os grupos já estavam formados . Tanto o Seto como o Fukue e o Fabiano já eram veteranos lá . Eu entrei por acaso, mas como eu também sou descendente de japoneses , deu- se a impressão que comecei junto com a turma do mangá, que aliás não manjo nada. Na minha região, que era Alta Sorocabana, tinha muitos nisseis, mas eram todos "fajutos", porque ninguém conversava em japonês e os nossos gibis eram os tradicionais da época . Acho que ninguém da minha família chegou a ver um mangá.

Quanto aos mangás, já expliquei que sempre estive por fora. Só fui ver alguma coisa e de montão na Edrel. Mas como não sei ler japonês, nem me interessei, mas o pessoal lá curtia bastante. ... Talvez, por isso, meus personagens e histórias eram diferentes do que o pessoal produzia lá. E talvez por isso mesmo o Minami tenha se apegado a mim, pois eu já vinha liberto das raízes orientais e no fundo acho que era isso que ele também procurava , pois o seu personagem Tupãzinho não tinha nada à ver com mangá.




Já Claudio Seto dá outra versão da história em entrevista à Gian Danton
Gian Danton -Você não acha que está faltando o nome de Fernando Ikoma nas matérias acima? Seto -Eu acho que não. O fato de um desenhista ser descendente de japonês não faz do trabalho dele um mangá. Não sei até onde os quadrinhos do meu amigo Ikoma podem ser chamados de mangás. Ele próprio discorda. No tempo da Edrel ele costuma dizer que o seu era um estilo pessoal, que tinha origem no desenho publicitário e nada tinha a ver com o mangá, e que ele praticamente desconhecia quadrinhos japoneses. Tomou contato com o mangá através de algumas revistas que o Minami Keizi deu para ele. Muito esperto, pediu para o pai traduzir e colocou no seu livro “A Técnica das Histórias em Quadrinhos”, publicado pela Editora Edrel na década de 70. Ironicamente ele se tornou a primeira pessoa a escrever sobre o mangá no Brasil. 



A Técnica das Histórias em Quadrinhos

Shotaro Ishinomori em A Técnica das Histórias em Quadrinhos


























De acordo com Minami Keizi, em 1970, durante o  I Congresso Internacional de Histórias em Quadrinhos realizado no MASP (Museu de Arte de São Paulo), o publicitário, poeta, ator, ensaísta, professor e tradutor, Décio Pignatari (1927-2012) já falava da influência dos mangás nos quadrinhos da EDREL, Pignatari cita Claudio Seto e a  EDREL no livro Contracomunicação publicado pela primeira vez em 1971 e republicado em 1973 e 2004.




O pesquisador Luigi Rocco descobriu outra história em estilo mangá, nas páginas da revista Mil Piadas há a história A Garçonete por José Carlos Crispim. Fonte:Entrevista - José Carlos CRISPIM - Edrel





Em 1972, a revista Clássicos Realistas de Contos e Quadrinhos publicou de forma pirata, uma história de Lobo Solitário, de Kazuo Koike e Goseki Kojima pelos irmãos Paulo, Mario, Alice e Roberto Fukue.


Em 1972, Keizi sai da Edrel e cria com Carlos da Cunha (irmão de Nelson Y. Cunha, coautor de Pabeyma com Paulo Fukue) a Minami & Cunha (também conhecida como M&C). Dentre os títulos publicados pela editora estão Conan, o Bárbaro. Com a saída de Keizi, Paulo Fukue assume a função de editor na Edrel, porém a editora não dura muito tempo por conta da repressão do Regime Militar. Fukue chegou a ser torturado no DOPS. Ao que parece, a Minami e Cunha não chegou a publicar histórias no estilo mangá, de acordo com o blog do quadrinista Tony Fernandes, a segunda edição da revista HQ - Competição anunciou que haveria colaborações de Fabiano (Fabiano Dias), Cláudio Seto e Fernando Ikoma, mas ao que parece, não foram publicados.





No mesmo ano, Fernando Ikoma chega a roteirizar e desenhar pra EBAL histórias de O Judoka, um herói brasileiro criado para substituir Judomaster, um personagem da Charlton Comics, cujas histórias duraram apenas seis edições. De acordo com Ota Assunção, o jornalista Adolfo Aizen já sabia que o personagem teria poucas edições e já planejava um herói brasileiro. O Judoka durou 52 edições e chegou a protagonizar um filme, estrelado por Pedrinho Aguinala e Elizângela, as histórias de O Judoka tinha a consultoria de praticantes de judô e dedicava páginas sobre a arte marcial. Roberto Fukue passa a trabalhar pra Editora Abril, mais precisamente nos quadrinhos Disney, Fernando Ikoma também chega roteirizar histórias de personagens da Hanna-Barbera para a mesma editora.

Em 1973, Fukue e Paulo Hamasaki publicam, pela M&C, Sanjuro, o Samurai Impiedoso,  que conta sobre um samurai no velho oeste americano. Apesar do tema, não havia influência dos mangás. Tanto Fukue, quanto Hamasaki afirmaram que seus pais conheciam mangás, contudo, ambos seguiam estilos ocidentais de quadrinhos, Fukue ainda disse que não gostava do estilo adotado pelo filho. O nome do samurai veio do filme Sanjuro (1962) de Akira Kurosawa e estrelado por Toshiro Mifune, Mifune também participou de um filme de faroeste Red Sun (1971) de Terence Young, ao lado de Charles Bronson, que por sua vez, estrelou Sete Homens e um destino (1960), considerado um remake faroeste de Os Sete Samurais (1954) de Kurosawa, também estrelado por Mifune. a união de artes marciais com faroeste também era presente na série Kung Fu (1972-1975), estrelada por David Carradine, que interpretava um sino-americano no Velho Oeste. Curiosamente, os filmes de Kurosawa inspiraram a "Trilogia dos dólares" do cineasta italiano Sergio Leone: Por um punhado de dólares (Per un pugno di dollari), Por uns dólares a mai (Per qualche dollaro in più) e Il buono, il brutto, il cattivo (Três Homens em Conflito / O Bom, o Mau e o Feio), todos estrelados pelo americano Clint Eastwood como o pistoleiro sem nome, a trilogia é apontada como um marco do chamado spaghetti western, nome dado aos filmes de faroeste italianos. Logo em seguida, Ikoma também passa colaborar com a Editora Abril.


Embora seu estilo fosse influênciado pelos comics, Hamasaki tinha conhecimento sobre os mangás:


Tony Fernandes - Interessante, grande Hama... Muitos descendentes de orientais, em geral, fazem arte no estilo mangá – principalmente, hoje em dia. Mas, você, o Shima, o Seto e o Fernando Ikoma, preferiram seguir a escola americana, por quê? Nunca apreciou mangás na infância ou adolescência? 

Hamasaki:  O Shima tem estilo único e inconfundível e é sem dúvida um dos nossos maiores e melhores artistas dos quadrinhos. Os outros desenhistas que citou são de escolas japonesas, que difundiram os mangás no Brasil. Quanto a mim, apreciava mais o estilo americano, as histórias, as técnicas, o claro\escuro, essas coisas.

Hamasaki: Principalmente moças, algumas origem japonesa (meu pai havia me dito que no Japão, a produção de mangás era feita por 70% de elementos femininos, que faziam letras, balões, corrigiam falhas, requadravam páginas, apagavam traços a lápis, coisas assim... Tony 11: Bem observado. O senhor seu pai tinha razão. De fato, atualmente, ainda há muitas mulheres envolvidas na produção dos mangás. Aquilo é uma loucura soltam edições semanais, quinzenais e mensais, com mais de 400 páginas a preços super populares, pois o material é impresso em papel de péssima qualidade e de várias cores. Assim, os mangás são consumidos por todas as classes sociais. Mas, tenho notícia atual de que até os mangás tiveram queda nas vendas, que atingiram todo o mundo. No Brasil, um país subdesenvolvido, onde a renda per capita ainda é ridícula um “gênio” inventou de fazer revistas de alto nível gráfico, publicações chiques. Is to acabou espantando a grande massa que, apesar de adorar HQs, acabou deixando de comprá-las devido aos preços extorsivos. Eu só queria saber o nome desse “gênio”, para matá-lo... Prossiga, bengala friend, este papo está interessante... Hamasaki: Passei a sugestão do meu velho para o Mauricio, que era de decisões tão rápidas quanto acertadas. Claro que, no princípio, para mim, foi extremamente difícil agüentar a adaptação da turma ao estilo Mauricio. Passei uns anos fazendo serão, corrigindo falhas. Os nomes que me lembro: Graciano, Sérgio de Jesus, Lauro, Alvim, Luscar, Alice, Márcia, Laura, Herrero, Herreno, Sidnei.

Entrevista à Tony Fernandes


No mesmo ano, Ypê Nakashima lança o longa animação Piconzé, segundo longa-metragem de animação brasileiro e o segundo colorido do país, Piconzé mistura folclore japonês com folclore brasileiro juntando bruxa, um dragão (long em chinês, yong ou ryong em coreano, e ryu em japonês) e o Saci Perere, curiosamente, o Saci apareceu no mangá Akuma-kun de Shigeru Mizuki (1922-2015), publicado pela primeira vez na Weekly Shōnen Magazine de 1963 a 1964. Mizuki era um especialista em mangás sobre folclore. O filme teve roteiro do próprio Ypê com colaboração do seu sócio João Luiz Araújo e de Nelson Padrella (diálogos suplementares) e trilha sonora de Damiano Cozzella e Décio Pignatari (o mesmo que mencionava a EDREL e sua influência japonesa).


Ypê planejou o filme em 1966 e havia feito um anúncio no São Paulo-Shimbun, onde convidou pessoas da colônia japonesa, para ajudar na produção, entre eles, o futuro artista plástico Ayao Okamoto, a animação foi produzida entre 1969 e 1972, ainda em 1973, Ypê retorna a tira Sr. Bra da Colônia no São Paulo-Shimbun, o jornal O Estado de São Paulo lhe oferece um espaço para criar uma tira de Piconzé, ele teria desistido por não dominar bem o português.

Uma tira chegou a ser produzida e publicada no programa do filme, a autoria é desconhecida. Em 1984, em um evento realizado pela Fundação Japão e a Abrademi no MASP, Tezuka assistiu a metade de Piconzé. 

Ypê viria a falecer em abril de 1974, vítima de uma hemorragia interna, deixando inacabado um outro longa, Os Irmãos Amazonas. Em 1979, seu filho Itsuo passa a trabalhar em animações da Turma da Mônica.

Em 2004, 30 após a sua morte, Nakashima recebeu um troféu HQMix póstumo, também foram premiados Minami Keizi, Fernando Ikoma e os irmãos Paulo e Roberto Fukue, o troféu foi inspirado no Samurai de Claudio Seto. 


Em 2016,  Itsuo retomou o projeto do longa em parceria com o estúdio Ideograph, a animação estava prevista para ler lançada em 2018.







Em 1974, a professora Sônia Maria Bibe Luyten cria a primeira Gibiteca de mangás da ECA/USP, e lança a revista acadêmica Quadreca. Em artigos publicados na revista, Sônia usa a palavra "mangá"(com acento, em Portugal, no entanto, a palavra não é acentuada). Também na USP, fundou o primeiro núcleo de estudo sobre mangás:"Associação dos Aficionados de Mangá".A Edrel fecha as portas em 1975.













Em 1977, A Editora Abril lança a primeira revista brasileira dedicada a um personagem oriundo dos mangás: Speed Racer, porém suas histórias eram de origem argentina e brasileira, além de não terem a influência dos mangás, mas sim dos comics americanos. Nesse período, a série era exibida no programa do Capitão Aza da TV Tupi - outras séries japoneses exibidas no programa foram  Esper: o Garoto a JatoVingadores do Espaço (criada por Osamu Tezuka) e Robô Gigante (de Mitsuteru Yokayama), além dos conhecidos Ultraman e Ultra Seven.







Em 1978, morando em Curitiba, Claudio Seto convence Faruk El-Katib, dono da editora Grafipar, a investir em histórias em quadrinhos. No ano seguinte, publica uma nova revista da Maria Erótica e cria um personagem de faroeste, Katy Apache, inspirada em Hannie Caulder, personagem interpretada por Raquel Welch em 1971, mas bastante parecida fisicamente com a Maria Erótica (ver o tropo Reused Character Design). Seto não gostava de faroeste e passa a personagem para Mozart Couto, que inclusive desenha um crossover entre as duas personagens através de uma viagem no tempo.





O encontro de Maria Erótica e Katy Apache

Em 1979, o estudante Francisco Noriyuki Sato convenceu o economista Hiroshi Banno, secretário geral do BUNKYO (Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social), a realização de uma exposição de quadrinhos na associação), para isso, convidou os quadrinistas: Paulo Fukue, Michio Yamashita (que desenhou Speed Racer para a Abril), Jorge Kato (pioneiro na produção de quadrinhos Disney na Abril), Roberto Higa, Sergio Hamasaki, Roberto Kussumoto (desenhistas) e Ataíde Braz (roteirista), e a professora Sônia Luyten. Nesse período, Noriyuki se corem respondia com Claudio Seto e envia roteiros para a Grafipar.






Na revista Kiai - Faixa Preta em Quadrinhos (4 edições), foram publicadas histórias de Júlio Shimamoto (ver sessão informações adicioneis), porém, na segunda edição da revista, foi publicada uma história de uma página  chamada Aula de Kendô, escrita e desenhada por Claudio Seto.







Década de 1980

Seguindo a orientação de Claudio Seto, Gustavo Machado e Fernando Bonini publicam duas histórias eróticas em estilo mangás, Lei seca para a noiva  (roteirizada por Nelson Padrella, o mesmo que colaborou com o roteiro de Piconzé e que também roteirizou a Maria Erótica) e Ainda Bem! (roteirizada por C. Magno), ambas teriam sido publicadas nas revistas Peteca e/ou Personal (verificar). 

Em 1981, na revista Taras Sexuas n. 4, Watson Portela publica O Espia, nitidamente inspirado pelo anime O Oitavo Homem.


Em 1982, pelo selo Bico de Pena da Grafipar, Claudio Seto resolve experimentar duas revistas no estilo mangá: Super Pinóquio e Robô Gigante. No mesmo ano, Faruk funda com Mauricio de Sousa, a editora Fama Comunicações (o nome é uma sigla com a primeira sílaba do nome dos dois), Mauricio permaneceu na sociedade por apenas um ano.



Super Pinóquio grafipar  robô gigante grafipar

Anúncio das revistas

                                                      




































Super Pinóquio (escrita e desenhada por ele), inspirada tanto em Astro Boy, quanto em Pinóquio de Carlo Collodi (uma influência já existente no trabalho de Tezuka, uma vez que ele também fez um mangá do boneco de madeira, publicado em 1952 e publicado no Brasil em 2017 pela NewPOP Editora. Além do mais, Astro Boy nada mais é que uma variante robô do Pinóquio). A revista traz a história do Super-Pi criado por Professor Otes. 




Curiosamente, no ano seguinte, a Record passou a exibir a série O Menino Biônico (Jetter Mars) também de Osamu Tezuka e lançada em 1977. O personagem era uma releitura do Astro Boy, cuja série original não foi exibida no país, apenas uma nova versão na década de 2000 pela Rede Globo, em 1980, Astro Boy já tinha ganho um novo anime, Tezuka (e depois seus herdeiros), nunca mais exploraria Mars.



Pinóquio por Osamu Tezuka (1952)
Jetter Mars ou O Mênino Biônico no Brasil














No Brasil foi exibida um anime do Pinóquio: Kashinoki Mokku (1972-1973), produzido pela Tatsunoko, porém, Piccolino no Bōken (1974-197), produzido pela Nippon Animation, permanece inédito no país.





ultraboy grafipar

Robô Gigante, nela há duas histórias: Os Dragões da Independência de Claudio Seto assinando como Selene Tobias (roteiros) e Watson Portela (desenhos) e Ultraboy, um pastiche do Ultraman, por Franco de Rosa. 







Captain Harlock e BR-I


O Pirata do Espaço
Em  Os Dragões da Independência há presença de um mecha pilotável do tipo "Super Robot" - é notável a influência dos mangás dos mangás Capitão Harlock de Leiji Matsumoto (no personagem BR-I) e Locke the Superman. Em 1983, estreava na Rede Manchete, o anime Pirata do Espaço (Groizer X) de Go Nagai, primeiro anime do gênero "Super Robot" a ser lançado do país.











Ao longo de sua carreira, Watson Portela apresentou influências de várias escolas de quadrinhos - para Chet e Ciprus Hook se inspirou nos quadrinhos italianos e, em outras, o estilo dos franceses Moebius e Jean-Claude Mézières (conhecido por ilustrar Valérian). De acordo com Ataide Braz, Selene poderia ser o próprio Claudio Seto. Ainda em 1982, Watson publica na revista Almanaque Xanadu: a Saga de Xanadu e O Fim do Começo? (essa última arte-finalizada por Franco de Rosa), ambas as histórias seguem o estilo mangá e conta a história de gnomos azuis (embora a capa diga que são duendes) da Aldeia Xanadu, a revista seguia o estilo das revistas Heavy Metal e Metal Hurlant nela, há uma outra história de Portela, Vôo Livre, essa seguindo os estilos de Moebius e Mézières. 







Ambas as revistas duraram apenas uma edição e prometiam novos personagens: Capitão Brasil e Chapeuzinho do Espaço, o que não ocorreu, pois a Grafipar fecha as portas em 1984. 




   
                   

Revista Transrobô (1988) e Curso Prático de Mangá #27, Editora Escala (1998)
Fonte: Blog oficial do autor               
           


Seto criou um personagem inspirado no filho mais velho, Noriyassu, de acordo com Noriyassu, Norinho foi publicado em Turminha do Set, do qual também faziam parte Super-Pinóquio, (chamado de Superpic), Melissa, a Chapeuzinho Vermelho do Espaço (chamada de Nita ou Bacaninha), Fadela (uma fada), Abelinha Ecológica, Quinzim, Ritinha, Odete Tive, Xereta, Faro, Asinha (um anjo), Pancada (uma alusão ao nome e visual punk, usando um corte mohawk ou moicano), Panqueco (também com um moicano), Panqueca (uma menina com visual hippie) Jaci, os personagem foram publicados suplemento do extinto jornal Correio de Notícias (produzida pela Fama Comunicações) entre 1987 e 1989 e na revista Cruzadinha Genial da Fama Comunicações (de acordo com os sites de vendas, publicada nos anos de 1986 e 1987),  outras edições apresentaram personagens da Hanna-Barbera, Smurfs, Bozo e a Pantera Cor-De-Rosa. Em 2016, Noriyassu usou o personagem Norinho em uma campanha para vereador com desenhos de Edson Takeuti (Tako X) e Guilherme Match. Tako X ficaria conhecido por cocriar em 1997, o herói herói curitibano O Gralha ao lado de Gian Danton, Alessandro Dutra, José Aguiar, Antônio Éder, Luciano Lagares, Edson Kohatsu, Augusto Freitas e Nilson Müller .










Melissa, Norinho, Panqueca e Panqueco.

O Robô Gigante faz uma aparição na revista de atividades Transrobôs da Editora Press (1988), criada para pegar carona no sucesso deTransformers  (uma animação americana sobre robôs criada em cima bonecos de origem japonesa). 10 anos depois, o robô aparece em uma revista de como desenhar no estilo mangá, com lições de Portela.


Pela editora Flama, Seto produziu edição da Cruzadinha Genial com o palhaço Bozo, nessa edição, Melissa e Super-Pinóquio aparecem.





Em 1983, surge uma outra revista inspirada em herói japonês: Spectreman da Bloch Editores, uma publicação pirata que durou 30 edições.




Em fevereiro de 1984, surge a Abrademi (Associação Brasileira de Mangá e Ilustração), fundada por Francisco Noriyuki Sato e Sônia Luyten. De início, a Abrademi publicava seus informativos no fanzine Quadrix, da AQC, até que cria seu próprio fanzine: O Clube Mangá, primeiro fanzine dedicado a mangá e anime. Em entrevistas, Cristiane Akune disse que a grafia mangá não era bem compreendida, e muitas vezes as pesssoas não familiarizadas, retiravam o acento. Claudio Seto foi escolhido para ser conselheiro da associação e logo depois, presidente da unidade do Paraná.



O surgimento da associação coincidiu com a visita de Osamu Tezuka no Brasil, convidado pela Fundação Japão. Meses antes, Osamu Tezuka estabeleceu uma amizade com Mauricio de Sousa, após uma visita do quadrinhista brasileiro ao Japão. Planejavam um crossover entre as criações de ambos os autores, porém, Tezuka viria a falecer em 1989.

arte criada pela Mauricio de Sousa Produções após o falecimento de Osamu Tezuka (1989)
Em 1985, o casal Ataide Braz e Neide Harue iniciam a publicação de Drácula, Sombra da Noite pela Nova Sampa, uma versão em mangá do vampiro de Bram Stoker.








  Em 1986 ou 1987, Ataide publica a história Sonata para o Verbo "Amar", desenhada pela estreante Luri Maeda e publicada na revista Mistérios das Trevas, da Nova Sampa.

Em 1987, Watson Portela desenha um hentai para a revista Transas Eróticas Especial da editora Maciota (também conhecida como Press).



Em 1988, a Nova Sampa publicou a revista Encantos, com histórias românticas desenhadas por Luir Maeda, algumas histórias tiveram roteiros de Cynthia Carvalho, roteirista e cocriadora da série Leão Negro, iniciada como uma tira de jornal publicada pelo O Globo, com desenhos de Ofeliano de Almeida.


Em Abril de 1988, Sergio Peixoto Silva e José Roberto Pereira saem da Abrademi e  criam a Orcade (Organização Cultural de Animação e Desenho) e começaram a colaborar com as editora brasileiras, publicando hentais (embora esses não fossem licenciados).




Em 1989 é a vez da EBAL publicar quadrinhos baseados em séries japonesas da Toei, produzidas pelo Studio Velpa, dessa vez, sob licença das distribuidoras de vídeo, começando por Jaspion e Changeman. Essas histórias podem ser consideradas como híbridas, já que mesmo seguindo o estilo dos comics americanos, alguns artistas apresentavam influência dos mangás, dentre eles: Ataide Braz e Alexandre Nagado (roteiristas), Neide Harue, Edson Kohatsu e Luri Maeda (desenhos). Embora apenas o seu traço não tenha sido publicado, Nagado diz ter tentado seguir a narrativa dos mangás em rafes (esboços), usados pelos desenhistas. No mesmo ano é publicado, Skorpion - Arma Mortal de Ataide Braz e Neide Harue, arte-finalizada por Edson Kohatsu,  editada pela Veija - Comunicação Publicitária e Editorial.











Década de 1990 

Em 1990, a Editora Abril publica uma adaptação em quadrinhos do segundo episódio de Zillion, em um álbum de figurinhas da coleção Misto Quente, roteiros de Ataide Braz  e Roberto Kussumoto. Kussumoyo também produziu histórias dos heróis da Toei. A EBAL também publica um material relacionado com Zillion, uma revista de atividades. Nesse mesmo ano, Sergio Peixoto e José Roberto prestam o primeiro serviço de assessoria, na estreia do filme animado Akira, de Katsushiro Otomo, e licenciado no país pela Sato Company de Nelson Sato, o mangá logo seria publicado pela Editora Globo, inspirada na versão da Epic (selo da Marvel), que era espalhada e foi colorida por Steve Oliff.





Em 1991, o Studio Velpa passa colaborar tanto na EBAL, quanto na Editora Abril, em histórias de heróis da Toei e Toho (Cybercop).



Em 1993, a Prefeitura de Curítiba publica A História de Curitiba em Quadrinhos, escrita por Cassiana Carollo e ilustrada por Cláudio Seto.






Em 01 de Setembro de 1994, estreia, na Rede Manchete, o anime Os Cavaleiros do Zodíaco produzido pela Toei Company e baseado no mangá de Masami Kurumada. Com isso, a procura por matérias sobre anime e mangá passar a ser maior. Surge a revista Herói, de André Forastieri (derivada da Set & Terror e Ficção), pela Acme (editora de Forastieri) e a Nova Sampa. Para as matérias sobre animes, mangás e séries japonesas, foram chamados Marcelo Del Greco e Alexandre Nagado. Logo em seguida, a Manchete lançaria os animes Shurato, Samurai Warriors, Sailor Moon, Yuyu Hakushô, Supercampeões, entre outros, logo em seguida, o SBT exibiria Street Fighter II V, Guerreiras Mágicas de Rayearth, Fly, o pequeno guerreiro (Dragon Quest: Dai no Daiboken), Dragon Ball e a série americana de Megaman.



Sergio Peixoto e José Roberto produzem uma edição especial da revista Cinemix da Nova Sampa. A Editora Escala inicia a publicação de uma série de quadrinhos baseada no game Stret Fighter II (a franquia teria mais exposição com a chegada de animes e um filme). Os autores dessa revista eram oriundos das revistas O Fantástico Jaspion e Heróis da TV da Editora Abril: Marcelo Cassaro, Arthur Garcia, João Pachecho, Alexandre Nagado e Rodrigo de Góes, também contanto com a colaboração de Neide Harue. Assim como as revistas da EBAL e da Abril, também possuem um estilo híbrido. A editora publica uma segunda revista de Speed Racer: As Novas Aventuras de Speed Racer, as histórias em eram originárias de uma revista americana da Now Comics baseada em uma série animada que não foi exibida no país e teve apenas duas edições, que compilou quatro das oito originais.

Marcelo Cassaro cria, na recém-fundada Trama (criada por Ruy Pereira, ex-sócio da Escala), a Revista Dragon (depois Dragão Brasil), e, no ano seguinte, lança o sistema de rpg humorístico Defensores de Tóquio, onde parodiava franquias de animes, mangás, tokusatsus e games. Marcelo Cassaro cria, na recém-fundada Trama (criada por Ruy Pereira, ex-sócio da Escala), a Revista Dragon (depois Dragão Brasil), e, no ano seguinte, lança o sistema de RPG humorístico Defensores de Tóquio, onde parodiava franquias de animes, mangás, tokusatsus e games. 







No ano seguinte, José Roberto Pereira e Sergio Peixoto lançam a revista Japan Fury, pela Nova Sampa, primeira revista brasileira dedicada apenas a anime e mangá - a revista inclusive publicou histórias curtas nas páginas finais, dentre elas, Os Elementais, de José Roberto Pereira (roteiros) e a esposa Marcia Harumi Saito (desenhos). Surge também a Heróis do Futuro, da Press Talent. Nela, Francisco Noriyuki Sato e a esposa Cristiane Akune, ambos da Abrademi, passam a colaborar com essa, Akune também escreve para a revista Animação da Ediouro.

 A Heróis do Futuro publicou traduções de dōjinshis (fanzines) de paródias (aniparo) de Os Cavaleiros do Zodíaco, publicadas na revista Aniparo Comics Junior da Minori Shobo. Além da pulblicar a série Os Guardiões do Poder, roteirizada por Tako X e desenhada por Fumito Nakao um desenhista japonês radicado no país, Nakao criou a mascote da Abrademi e ministrou cursos de mangá na associação. 


Aniparo Comics Junior
Pela Editora Vertical , Giorgio Cappelli (não confundir com seu pai, o arquiteto de mesmo nome que editou o fanzine Ércio Rocha) e Silvio Spottinetti publicam a revista hentai Japan Sex Show, publicada pela Editora Vertical.







Em 1996, surge a AnimeClub da Abrademi (pela editora Usagi-San Publishing), um prozine (fanzine de qualidade profissional) em preto e branco que trazia histórias em quadrinhos e matérias de animes, mangás e cultura japonesa. A revista durou 3 edições, nela foram publicadas as séries The Heike, escrita por Noryuki Sato e ilustrada por Mayumi Hito e A Lenda de Garth Demian, também escrita por Sato e ilustrada por Fumito Nakao. A revista ganhou o Troféu HQMix do ano seguinte na categoria fanzine, embora sido comercializada em algumas bancas. 


Após seis edições, a Japan Fury é cancelada. A dupla Sergio Peixoto e José Roberto procuram a Editora Magnum (editora que publica a revista sobre armas de fogo, Magnum) e lançam a Animax - O Máximo da Animação Japonesa. A revista trazia dicas de como desenhar mangá, por José Roberto e a esposa Marcia Harumi Saito. A revista Animax populariza o termo otaku, tal qual a revista Animerica havia feito nos Estados Unidos.

   

A Editora Escala lança a revista Olha a Frente!, que nada mais era uma versão de um fanzine lançado no ano anterior pela Equipe Frente, formada por Eddie Van Feu, Renato Rodrigues, Ricky Nobre, Patricia Balan, Marcelo Matos, Luciana Werneck, Marco A. Rocca, Wagner Pratti, Codé e Rodrigo Quintela.


A revista publicava notícias, fanfics (entrevistas com personagens de anime, games e cultura pop), foi publicada a primeira versão de Contos de Leemyar, com desenhos e roteiros de Eddie Van Feu  e Marco Aurélio Rocca. A revista durou apenas cinco edições, mas a Equipe Frente! passou a ser mais um estúdio que prestou serviços para a Escala em revistas de esoterismo, informática, humor, música, televisão e games.






Em 1997, surgem dois spin-offs: a revista satírica Hyper Comix (que inicialmente era um fanzine de um leitor, João Vicente Cardoso, o JVC (que atualmente assina apenas como Vicente Cardoso) e Megaman, que embora não seja o primeiro título licenciado de uma franquia japonesa por autores brasileiros, foi o primeiro a se assumir como mangá puro, a primeira edição contou com desenhos de Márcia Harumi roteiros de José Roberto e capa de Paulo Henrique Marcondes (PH), as edições seguinte Daniel HDR, Marcos Pinto, Alexandra Teixeira Rosso, Érica Awano (em sua estréia profissional, embora não tenha sido remunerada).


Após 18 edições, José Roberto e a esposa saem da Animax, a sessão de como desenhar é assumida por Érica Awano. Na sexta edição de Megaman, Sérgio Peixoto escreve uma história, na edição seguinte, o roteiro é assumido por Orlando Tosetto Junior, que também assume o lugar de José Roberto na Animax.



Na revista foram revelados os talentos de Lydia Megumi Oide, Leonardo Ono, Sidney Lima, André Luis Felipe (Alf - Alfloptrecus Malucu), Fabio Paulino Nunes,  Roberto Amaral do Nascimento Júnior, Rogério Hanata, Eduardo FranciscoRafael Picardt e Eduardo Müller. A Editora Escala lança a revista Anime > Do, produzida pelo estúdio Opera Graphica de Carlos Mann e Franco de Rosa (que também havia assumido a Heróis do Futuro), editada inicialmente por Yuri Goya (ex-Heróis do Futuro), com colaboração de Michel Matsuda (Japan Fury, Heróis do Futuro) e Érica Awano. A Taquaral Editorial publica Storyboard de João Claudio "Jet" Fidelis, o JET Fidelis e Nilton Simas trazendo matérias e HQs (três edições), como Algjebbah de Claudia Almeida e Mr.X #4 de Ricardo Oliveira Silva, trazendo a paródia "Os Cavaleiros do Rodizio" ambos originalmente eram fanzines.









Claudio Seto produz quadrinhos para capas do jornal A Tribuna do Paraná, são exemplos do que hoje é conhecido como Jornalismo em Quadrinhos.


No mesmo jornal, tinha As trigêmeas, que lembram a Maria Erótica e a Katy Apache.


Ainda em 1997, a Editora Trama, editora que publicava a Dragão Brasil de Marcelo Cassaro, inicia a publicação de quadrinhos (embora já tivessem histórias na Dragão Brasil). Surge a revista Blue Fighter, de Alexandre Nagado (personagem publicado anteriormente em Master Comics da Escala), por Arthur Garcia (desenhos) e Silvio Spotti (arte-final). 


No ano seguinte, surgem as mini-séries  licenciadas: Street Fighter Zero 3 (roteiros de Marcelo Cassaro e arte de Érica Awano) e Mortal Kombat 4. Também consegue a licença do RPG Street Fighter: The Storytelling Game, que ganha ilustrações de Awano e Lydia Megumi, além de obter a autorização para que Megaman, Street Fighter, Mortal Kombat e Final Fight sejam cenários de campanha da terceira edição de Defensores de Tóquio  ou 3D&T, como ficou conhecido. Megaman teve ilustrações de Eduardo Francisco e Rodrigo Reis.


Sergio Peixoto lança pela editora 2M, a Hanime, primeira revista brasileira sobre hentais, logo em seguida lança uma revista de tamanho menor, a Hotaku ((10,5 x 13,5 cm), publicada pela Editora Cristal.






No mesmo ano,  Fabio Yabu lança a webcomics Combo Rangers, umas das primeiras wecomics brasileiras e com bastante referências a tokusatsus e aos super-heróis de maneira geral. 


No concurso Abrademi Contest de 1998, são premiados alguns nomes que se tornariam famosos no mercado: As gêmeas Silvana e Sônia de Alvarenga, Simone Beatriz Soares, Karina Erica Horita, Maurilio Duarte Nunes Augusto (Maurício DNA) e Barbara Linhares Cunha, além do fanzine Konjo Mangá.




A Editora M&C (Mídia e Comunicação Editora) lança a antologia Mangá Booken (4 edições), a revista misturava matérias sobre animes e mangás e histórias da Equipe Frente!, como Alcatéia por Eddie Van Feu (roteiro) e Victor Gabriel (desenhos),  Shimaru por Marco Aurélio Rocca e Contos de Leemyar por Eddie Van Feu, a revista também marca a estréia  do Studio Seasons formado por Montserrat (Irene Castillla Rios), Sylvia Feer e Simone Beatriz Soares.

Ulisses Pérez Érica Awano
A Editora Escala lança HQ - Revista do Quadrinho Brasileiro, uma revista destinada a um público adulto e inspirada na Heavy Metal, a publicação trazia histórias de veteranos como Julio Shimamoto (ver seção Informações adicionais) e Watson Portela, Mozart Couto e Paulo Garfunkel entre outros, mas também publicou algumas histórias no estilo mangá, dentre elas: Cidade dos prazeres esquecidos por Dario Chaves (roteiro), Ulisses Pérez (desenhos), Lilian Marayuma (cores), Babel por Maurício Sellmann (roteiro) e Érica Awano (desenhos) e Sereia por Maurício Sellmann (roteiro), Ulisses Pérez (desenhos) e Alexandre Jubran (cores).


Em 1999, a Rede Manchete é encerrada, contudo, não haveria um grande hiato de produções japonesas, a Rede Record estréia Pokémon e a série americana Beast Wars (um derivado de Transformers, série de mecha da Hasbro inspirada em franquias japonesas,  Diaclone e Microman da Takara), logo em seguida, o canal expande a exibição de séries japonesas com Speed Racer (a série original, não seu reboot de 1997), Sailor Moon R e Ultraman Tiga. No mesmo ano, o Cartoon Network exibe Dragon Ball Z e Pokémon, logo em seguida, Dragon Ball Z passa a ser exibido pela TV Bandeirantes/Band, no ano seguinte, o canal cria o bloco Band Kids! apresentado pela nipo-brasileira Renata Saiyuri com a exibição de Dragon Ball Z, Os Seis Biônicos (série americana produzida pelo estúdio japonês TMS), Bucky e Cadillacs e Dinossauros (embora seja conhecido pelo jogo da Capcom, é uma franquia americana baseada na HQ Xenozoic Tales de Mark Schultz), logo em seguida, o programa exibiu os animes Tenchi Muyo! e El Hazard, em 2001, Dragon Ball Z é adquirido pela Globo. 

Cassaro lança uma série autoral, Holy Avenger, ambientada no universo de Tormenta e novamente desenhada por Awano, a série no ano anterior surgiu como uma aventura para vários sistemas nas edições 44, 45 e 46 da revista Dragão Brasil.

o Estúdio PPA de Sergio Peixoto anuncia a publicação das mini-séries licenciadas Megaman X (por Rogerio Hanata), The King of Fighters (desenhada por Érica Awano), Samurai Spirits (desenhada por Rogerio Hanata), Pocket Fighters (sem equipe definida) e Darkstalkers pela Editora Shalon, mas a editora faliu e os projetos foram cancelados. Peixoto já havia trabalhado com  The King of Fighter, em 1995. a Nova Sampa publicou a revista Quem é Quem Games, dedicada a franquia, a revista trouxe textos informativos escritos por ele e José Roberto e desenhos de Marcia Harumi e Fabio Noboru, com colaboração de Franco de Rosa (acertando erros de anatomia) e cores de Celso Ryuji. Peixoto também foi responsáveis por revistas-posteres de Cavaleiros do Zodíaco, como não haviam imagens oficiais disponível, a solução foi copiar model sheets (também chamados de setteis pelos japoneses), a colorização também ficou a cargo de Celso Ryuji.


A Nova Sampa publicou outras revistas de colorir dos Cavaleiros do Zodíaco pelo estúdio Quadrimix de Franco de Rosa com artes de Osvaldo Talo, Watson Portela, Sebastião Seabra, Guilherme de Marinho, Nelson Gonçalves, Paulo Edson, Rosana Valin, Wanderley Felipe, Flavio Soares, Moacir Lima Rios, Daniel Rosa e Paulo Gomes.


Em Curso Prático de desenho #5 - Curso Prático de Desenho Mangá Primeira Parte com lições de Watson Portela e outros, 
Júlio Shimamoto publicou um texto comparando mangás e gekigás (para mais informação, leia a sessão Informações Adicionais), a capa do volume foi desenhada por Watson Portela, na mesma edição, Alexandre Nagado publica a primeira história de Dani: "Falando de Mangá!", escrita e ilustrada por ele, a história é lembra os livros teóricos do americana Scott McCloud (que utiliza as histórias em quadrinhos para explicar as próprias histórias em quadrinhos) ou mesmo Draw-Along With Frank Borth publicado em 1965 pela George A. Pflaum e no Brasil pela EBAL em Coleção HQ #4 O Desenho Passo a Passo - Lições simples de desenho (1970). Numa página, Dani aparece desenhando o Blue Fighter.

Dani aparece na capa de Curso Básico de Desenho #13 - Como Desenvolver Roteiro para mangá produzida por Nagado e publica pela Canaã (um selo da Escala).




























Em 2000, a Rede Globo estréia Digimon, franquia de bichinhos virtuais da Bandai, embora seja comparada com Pokémon, a Bandai afirma que a franquia é uma evolução dos Tamagotchis, bichinhos virtuais que foram febre na década de 1990, gerando clones como Rakuraku Dinokun.

A Escala lança a revista Desenhe e Publique Mangá, a revista misturava lições de  técnicas de desenho (incluindo fanarts de personagens), quadrinhos de veteranos e novatos (revelados através de concursos) e avaliações de desenhos e histórias. Dentre elas, histórias da Edrel por Claudio Seto, histórias de Julio Shimamoto para a revista Mestre do Kung Fu da Bloch Editores (sobre Júlio Shimamto ser ou não influenciado pelos mangás, ver sessão Informações adicionais) e histórias novas de Watson Portela e a dupla Arthur Garcia e Silvio Spotti (Cyborg Zeta 7, inspirado em Cyborg 009 de Shotaro Ishinomori), Mozart Couto, que roteirizou uma história ilustrada por seus alunos Daniel Campos (atualmente conhecido como Danusko Campos) e Teo Duarte, uma nova história 
Dani de Alexandre Nagado, histórias de Denise Akemi, entre os artistas revelados estavam Rafaella  Ryon com a história Spectrum, publicada  na quinta edição e Cézar Luíz dos Santos com a história com a história Sile na sétima edição com a história Sile. Cézar ficaria conhecido pela Revista Nick e por Samurai Tchê, publicada entre 2007 e 2011, que contava a história da revolta dos posseiros ou revolta dos colonos, que ocorreu no final da década de 1950 em Francisco Beltrão, sudoeste do Paraná, a revista teve quatro edições) e tinha roteiros do irmão de César, Luciano Luíz dos Santos e desenhos do próprio Cézar, que definiu seu estilo como Mangatum (misto de mangá de com cartum), o mangá teria uma quinta edição, mas acabou não sendo impressa. Na sexta edição foi publicada a história Angel Cats das irmãs Sônia e Silvana de Alvarenga.


A revista Desenhe e Publique Mangá durou 11 edições. 

Surge a revista Dragão Brasil Games, nela, são publicadas histórias do Capitão Ninja (similares as paródias da Gamers), com o Capitão encontrando personagens de games, como Ryu de Street Fighter e de Claire, Leon e Resident Evil, a revista durou 3 edições, os roteiros eram de Petra Leão, desenhos de Eduardo Francisco e cores de Ricardo Riamonde.

Douglas MCT publica a tira SuperBia - Grandes Aventuras no jornal O Municípo de Socorro.
A Kingdom Comics investe em mangás, com os títulos: Mangá Brasil (2 edições), Aniparo, Aniparo Ultra, Power Comics e Power Sexy. Assim como Animaro e Aniparo Ultra, Power Comics era uma revista de paródias que contou com trabalhos da dupla André Luiz Maria e Adriano Lucas, Paulo Henrique Marcontes (PH) e Marcio Zanini., já Power Sexy era versão erótica/pornográfica (ecchi/hentai) com histórias de Jucylande Jr., Vicente Cardoso e Daniel Lima, André Luiz Maria e Adriano Lucas, Eduardo Francisco e  Paulo Henrique Marcontes. O fanzine Tsunami (2 edições), de Denise Akemi, ganha uma versão para as bancas pela Brainstore, com séries como Tekishin de Denise Akemi, com letras de Jonatas Tobias e Hiroshi, com roteiro de Eloyr Pacheco com desenhos de Rogério Hanata e letras de Jonatas Tobias, a série foi criada por Eloy Pacheco com character design de Daniel HDR,  a estréia da mini-série em três edições Combo Rangers Revolution, pela JBC . A Trama publica a revista Defensores de Tóquio (3 edições), nela, são publicadas histórias ambientadas em Tormenta (das séries Victory e Holy Avenger) com roteiros de Petra Leão, Fran Elles Paz (atualmente conhecida como Fran Briggs), arte de Eduardo Francisco, André Luiz Maria e Adriano Lucas (roteiro e arte) e a estréia de Fighter Dolls, de Sérgio Peixoto (que na época, editava a Anime Ex pela mesma Trama), ilustrada por Rafael Picardt a série conta a história de garotos que usam action figures para lutar, Hunters de Lucyande Júnior e Diadorim de João Vicente Cardoso. A Abril publica a terceira revista de Speed Racer no país, uma mini-série em estilo mangá pelo coreano Tommy Yune publicada originalmente pela Wildstorm. 

No Abrademi Contest de 2000, mais nomes que se tornariam conhecidos no mercado e outros do concurso anterior: Rafaella Ryon, Karina Erica Horita, Gislene Mayumi Matsui, Simone Beatriz Soares, Barbara Linhares, Célia Fumi Uchiyama Haraguchi e Sônia de Alvarenga.



A editora HMP Editora publica três edições de Planet Sex Quadrinhos (Planet Sex era uma revista erótica da editora), nela havia uma sessão chamada Hentai, como o nome diz, eram HQs em estilo mangá, Hentai tinham roteiros de Helô Shimoda, com desenhos de Gabriel Shiguemoto, Alvaro Omine e Marcelo Takami, o editor foi Ricardo Giassetti.






             Anuncio publicado na revista Dragão Brasil #66 (Outubro de 2000)
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Tsunami #1 e #2, capas de Roger Cruz  e Luke Ross, respectivamente




Década de 2000

Em 2001, a Mythos Editora investe em duas HQs: Brasimon (inspirada em Digimon), escrita por Daniel HDR, desenhada pelo próprio HDR, André Pizoni e Fernando Merlo, layouts por Maurício Dias, letras de Marco Escada e arte-final de Carolina Mylius e Dragon War (inspirada em Dragon Ball Z), escrito por Ryuchi Kurimoto, ilustrado por Daniel HDR com colaboração de Carolina Mylius. Curiosamente, HDR havia desenhado Digimon para a americana Dark Horse. Essa versão permanece inédita no Brasil, no mesmo ano, a Abril Jovem publicou a revista Quadrinhos Digimon, publicando um manhua (nome dado aos quadrinhos da China e de Taiwan) por Yu Yuen Wong.  HDR chegou a publicar algumas ilustrações na revista oficial de Digimon pela Abril,  além disso, criou o concept art da Demolidora (uma versão feminina do Demolidor) para o Marvel Mangaverse, porém, a personagem não chegou a ser publicada.

A Escala publica outra antologia: Mangá X, que dura 3 edições - nela foram publicadas HQs de Claudio Seto oriundas da Edrel, de Alexandre Nagado (publicando o final do herói Blue Fighter), Mutação de Valdir Fernandez (Val Sifer) Gagárgulas de Wanderley Felipe (Vanderfel) e Os Guerreiros de  Ha-Kan de Mozart Couto. Originalmente, Hakan (sem o hífen) foi uma mini-serie publicada pela Editora Noblet e apresentavam influências de Conan e quadrinhos europeus e eram roteirizadas por Julio Emilio Braz. A Editora Escala publica Daniel, o Anjo da Guarda, Rodrigo dde Goés (roteiro) de Arthur Garcia (desenhos) e Silvio Spotti (arte-final), além de quadrinhos, eram publicados passatempos e até mesmo contos ilustrados inspirados nos folhetos de cordelA Escala também lança dois selos pornô/erótico, Xanadu e Gênero, onde é publicada as revistas Mangá Sex, com os trabalhos de Eddie Van Feu, Ricky Nobre, Ariel Sea, Henrique Pereira, Tercius Kitayashi, André Pisoni, Akira Corsário, Daniel HDR e Eduardo Muller, Panteras Lésbicas com trabalhos de Luiz Kleber Souza Lira e Hentai X com os trabalhos de  Arthur Garcia, Tommy Tido, Miguel X  (ou Mig X), MT, Sergio Toshihiro, Fabio Paulino, Edilson José dos Santos (Edge Yarashi), Wanderley Felipe, Caio Tiago (mais conhecido atualmente como Caio Oliveira por sua página no Facebook, Cantinho do Caio,) Xandinha, Franco de Rosa (assinando como Homero de Romero), Mozart Couto (assinando como Marcel Toshiga) e Fernando Bonini (assinado como Sil), Sérgio Peixoto fez matérias para essa revista, assinando como Yoshimura Ippei, a revista teria durado 150 edições. 







O traço da revista sofreu forte influência de Akira Toriyama. Em Curitiba, a editora Cartago publica a mini-série em cinco edições 'Sob o Ano do Tigre', de Helton Yuji Yamamoto. O traço de Helton apresenta influência de Ryoki Ikegami.  A revista Jovens Guerreiros, da Editora Escala, uma edição pirata do mangá Ozanari Dungeons de  Motoo Koyama, e editada por José Roberto Pereira, em seu quarto e último número (embora o título tivesse originalmente 17 volumes tankohons), trouxe uma história da série Silver Gun de Mozart Couto, que também teve uma história publicada em Mangá X #2. A JBC lança uma série mensal dos Combo Rangers (12 edições). A JBC publica a "Revista da Eliana" da então apresentador da Record, Eliana Michaelichen, a revista era mista e trouxe os quadrinhos da "guerreira Eliana" desenvolvidos pelo Yabu Media de Fabio Yabu, seu programa Eliana & Alegria foram exibidos os animes Pokémon, Speed Racer e Sailor Moon e o tokusatsu Ultraman Tiga, uma animação chegou a ser produzida pelo estúdio, mas nunca chegou a ir ao ar.











Em 2002, a Panini publica uma nova revista de Combo Rangers (10 edições) e a Trama lança Tsunami de Denise Akemi. A Editora Cristal lança a versão mangá ou mangalização do Pequeno Ninja, um personagem criado em 1990 por Tony Fernandes, Wanderley Felipe (responsável pelo character designer) e Fernando Mendes. Na série original, a revista competia com Turma da Mônica e Turma do Arrepio, e nesta foi fortemente influenciada por Dragon Ball de Akira Toriyama, tanto no traço, quanto nos roteiros. Na série original, estreou o Capitão Ninja de Marcelo Cassaro. Para promover a revista, a Editora Ninja chegou a anunciar no intervalo de Jiraya, o Incrível Ninja, e mesmo editando a Anime Ex na Trama, Sergio Peixoto publica pela Camargo e Moraes, uma revista própria de sua série Fighter Dolls, com roteiros dele e arte de Roberta Pares, André Luiz Maria e Adriano Lucas. A editora ainda publica Valiant Hook e Sad Haven, a Editora Escala investe em novas publicações: Talentos do Mangá e Banzai - O Melhor do Mangá Brasileiro. Em Talentos do Mangá foi publicada Heróis S. A por Eddie Van Feu (roteiro)  e as irmãs Adriana e Débora  Usagi (desenhos), Lynx de Rick Nobre (roteiro)  e Henrique Pereira (desenhos), Wicca de Eddie Van Feu (roteiro) e Axia Stowe e a série Hot Witchcraft de Tabby Kink, publicada antes no fanzine Beeswax, na segunda edição, foi publicada um anúncio de uma edição encadernada das 4 edições da Mangá Booken. Em Banzai, são publicadas Silver Gun de Mozart Couto, Hunter Moon, roteiro de Watson Portela, desenhos de Edvan Bezerra e arte-final de Wanderley Felipe, Luzes de Paulo Yokota, Renegados de Luiz Kleber de Souza Lita e O Jardim das Fadas de Lango. A revista Graphic Talents,  também da Escala, a cada edição experimentava uma nova HQ. As com melhor rendimento, ganhariam um título solo (semelhante a Diversões Juvenis da Editora Abril). Na edição 3  foi publicada Tristão de Estevão Ribeiro ilustrada por Amauri Ploteixa, na 6 foi publicada Gamemon (outro pastiche de Digimon, sobre um garoto que encontra uma carta que invoca criaturas), de Arthur Garcia, e Zuzna, de Alexandra Teixeira (revelada em Megaman da Magnum).  A Hant Editora publica Oiran e Sete Dias em Alesh, do Studio Seasons.




A editora Kingdom Comics anuncia a publicação de Time Warriors - Guerreiros do Tempo, Crônicas de Faherya, Daiken e Caladar - O Reino dos Deuses, porém, nenhuma desses títulos é publicado.


A Equipe Frente! cria uma editora, denominada Linhas Tortas - por ela publicam Alcatéia - O Chateu das Vertentes, escrita por Eddie Van Feu e desenhado por Axia Stowe




A Conrad publicada o mangá original de Speed Racer, o encadernado Herói.com.br apresenta Speed Racer, o mangá não foi publicado na integra, trata-se de uma compilação da Wildstorm americana.

Página do fanzine DB Milênio
Junior Mendes Fonseca lança o site Anime Pró, em 2001, Fonseca havia feito o fanzine Dragon Ball Milênio ou DB Milênio, roteirizado por Fonseca e Thiago Valezin, ilustrado por Alexandre Soares com character design criado por Lucas Kenji Sato e um site dedicado a Dragon Ball de mesmo nome (o extinto dbmilenio.com.br), o fanzine é uma fanfic/doujinshi de um possível futuro de Dragon Ball, tal qual o boato de Dragon Ball AF e Dragon Ball Multiverse dos franceses Gogeta Jr. e Salagir. Junior havia sido convidado para editar as revistas da Editora Escala, produzidas pela Opera Graphica e Estúdio  Mercado Editorial: Comix Book Magazine e Anime>Do. Júnior também editou uma fase em formatinho da Desenhe e Publique Mangá a partir da edição 8, a revista trouxe matéria sobre fanzines e mangás, como o texto Você bém pode ser um m mangaká de Fábio Sakuda  (republicado no site Anime Pró e atualizado no Genkidama), matérias não assinadas sobre os fanzines Konjo Mangá do coletivo Magyluzia, que trazia LunchTime de Nilton Simas e sobre o DB Milênio, dentre as histórias, continuava a seleção de material profissional e amador, destaque para  Agruras de Cavaleiro de Luiz A. Hasse e Sandro Zamboni, Zamboni era um artista profissional desde 1991, quando tinha 14 anos (assim como Daniel HDR), atualmente assinava como Zambi e é conhecido pela série cartunesca Sir Holland, o bravo, publicada na revista Dragon Slayer e numa edição encadernada pela Jambô, outra história é Um dragão em minha vida de Caio Thiago,  na edição 9, uma nova história de Caio, Pedaços de papel e Caçadores da o.r.c de Célia Fumi, na edição 10, foram publicadas histórias de Elza Keiko (que editava o fanzine Orbita e mais tarde se tornaria editora de mangás da Panini através da Mythos) e Estevão Ribeiro e .Amauri Ploteixa. No mesmo ano, Célia Fumi publicou a história Genivaldo da revista Animangá #0, publicada pela editora e livraria de mesmo nome que publicou Ranma ½ de Rumik Takahashi entre 1998 e 2004 de forma incompleta, a revista era em formato grande e espelhada, baseada na versão da editora americana Viz (controlada pelas japonesass Shogakukan e Shueisha) com tradução de Cristiane Akune, somente em 2009, a série seria publicada pela JBC, que completou em 2013, contabilizando 31 volumes.



Pelo site Anime Pró, também passaram Alexandre Soares (apesar do nome, não se trata do mesmo ilustrador do fanzine, para diferenciar, passou a assinar como Alexandre Lancaster) e Valeria Fernandes (do blog Shoujo Café).  




A Escala publica a revista Heróis Renascem  (nome que remete a uma série da Marvel produzida pelos fundadores da Image, Jim Lee e Rob Liefield), a revista era um spin-off da revista Ultra Jovem e publicou a série Beettleman, inspirada em Kamen Rider, a série originalmente uma webcomic de Stefani Renne, publicada no site Mangá X, a história da primeira edição foi roteirizada Danilo Monteiro e Stefani Renne e ilustrada por Danilo Monteiro.


A Opera Graphica publica Alluria, criada pelo casal Cesar T. Ikko (coordenador do evento Animecon) e Luciana Myuki, por Cesar T. Ikko (roteiro), Andre Vazzios (capa), Gislene Mayumi Matsui (contra-capa), Raffael
a Ryon, Juliana Rumi e Luciana Miyuki (desenhos), de acordo com o site oficial, outras edições foram publicadas de forma independente, com capas de Denise Akemi. 










Também pela Opera Graphica, Watson Porteal publica o álbum Paralelas II, composto não só de republicações, mas duas histórias com influência dos mangás: Silêncio Eterno e Sonho que se sonha só.


Em 2003, Marcelo Cassaro publica pela Mythos, outra HQ ambientada em Tormenta, Dungeon Crawler desenhada por Daniel HDR. A Via Lettera publica Mangá Tropical, uma coletânea organizada por Alexandre Nagado e com prefácio de Sônia Luyten - nelas foram publicadas histórias de Marcelo Cassaro e Érica Awano, Fabio Yabu e Daniel HDR, do próprio Alexandre Nagado (uma nova história protagonizada por Dani (Pequenos Gestos), Arthur Garcia e Silvio Spotti, Elza Keiko e Eduardo Müller, Rodrigo de Góes e Denise Akemi.  Nilson Luis Festa, ex-diretor da Escala, cria sua própria editora, a Minuano. Através do seu selo Mangaijin, em parceria com a Editoractiva (um selo da Opera Graphica), publica Fantagor, esse tipo de personagem é o que o TVTropes chama de Captain Ersatz (sendo ersatz uma palavra alemã que significa substituto). A HQ foi planejada por Franco de Rosa como uma versão mangá de O Fantasma de Lee Falk, sem aprovação da King Features Syndicate, surge Fantagor, . A capa ficou a cargo da dupla André Luiz Maria e Adriano Lucas, roteiro e arte por Pierre Vegas. Surge a revista Break the Hand, da Winner Graphics (1 edição). A revista contou a participação de Alexandre Lancaster, com sua série Expresso!, além de Dchan, Walmir Archanjo, Elisa Kwon, Diogo Saito, Fabrizio Yamai.

A revista Dragão Brasil publica outra HQ de Tormenta, Dado Selvagem, com roteiros de Lúcia  Nobrega, Marcelo Cassaro, Fran Briggs e Petra Leão com desenhos de Lydia Megumi Oide foi publicadas nas edições 90, 91, 93, 95, 98, 100, com alguns capítulos disponibilizados no site de Holy Avenger, assim como Holy Avenger, surgiu de uma aventura criado por Cassaro para a edição 68 da revista.
A Mitsukai Editor lança Ragnarok - O repúsculo dos Dragões, escrito por Claudio Muniz e Marcelo Barbosa com desenhos e Marcelo Barbosa, planejada como uma minisséiew em 4 edições, apenas 3 teriam sido publicadas.




Em 2004, A Talismã (ex-Trama) inicia a republicação de Holy Avenger, sob o título "Holy Avenger VR", e lança as revistas Mercenário$, criada pelas roteiristas Petra Leão e Fran Briggs e ilustrada por Denise Akemi e Ethora Especial, de Karina Erica Horita, Gislene Mayumi e Beth Kodama. Surgida em um fanzine, Ethora já havia aparecido em duas edições da revista Tsunami da mesma editora. Linhas Tortas publica Contos de Leemyar por Eddie Van Feu (roteiro e desenhos), Marco Aurélio Rocca (roteiro) e Axia Stowe  e Din (desenhos), Clube dos 5 por por Eddie Van Feu (roteiro) e Adriana Usagi e Akira Corsário (desenhos)e Heróis S.A. por Eddie Van Feu (roteiro) e desenhos das irmãs Débora e Adriana Usagi.


O KRK Studio lança Shadow Hunters (2 edições), pela editora Fobos de Marte. Robson José publica pela Espada Justiceira (2 edições) pela Zolar Editora Gráfica e o animador Rogério de Godoy lança Psi Force (1 edição) pela Editora Casa Dois. Psi Force é homônimo de um título do Novo Universo Marvel e foi criticado pelo sentido de leitura oriental.

Mercenário$ foi planejada para ser uma mini-série em três edições, porém apenas uma edição foi lançada, ambas as revistas tiveram destaques na revista Dragão Brasil, Ethora nas edições 101 (matéria) e 102 (história em quadrinhos) e Mercenário$ na edição 103 (matéria com adaptação para os sistemas D20 e 3D&T e uma HQ ilustrada por Érica Awano).

A ZN Editora lança Sugoi Mangá! ilustrada por Diogo Saito editada por  Fabrizio Yamai e Crônicas de Faherya, criado por Anderson Abraços, Clayton Ferreira e Fernando Mucioli, com desenhos de Elisa Kwon, título que havia sido anunciado dois anos antes pela Kingdom Comics.

O site Mushisan inicia a publicação de webcomics,  como Closer de  Rogério Hanata.  









Em 2005, Ethora, a Donzela de Ferro (5 edições), sai pela editora independente Kanetsu Press. A Opera Graphica publica a graphic novel Nosferatu, de Arthur Garcia e Silvio Spotti, inspirada em uma história de Jimmy Olsen produzida por Jack Kirby e na série de TV Arquivo X.


 



A republicação de Holy Avenger pela Talismã fracassa e é assumida pela Mythos, com o título Holy Avenger Reload. A revista Animation Invaders (antes chamada Anime Invaders), publica o encarte "Fanzine" - nelas são publicadas histórias do tipo one-shot, de leitores e veteranos, dentre esses estavam Michel Borges (colaborador de Combo Rangers e criador da webcomic EGL Saga, criada em 2002/2003 para um site sobre games de RPG japoneses ) com Anwar, criada em 2004 para ser publicada pela editora dinamarquesa Cool Comics, o Estúdio Sora, formado por Williams Walber (mais tarde conhecido como Will Walbr),  que também ilustrou uma edição independente de Tristão do roteirista Estevão Ribeiro) e Alyne Leonel, as histórias Aferaos e Renji foram publicadas na revista, mas também foram publicadas em fanzines e e-book para download.  Will também publicou a webcomics Madenka no site mangaXtreme.net, escrita e desenhada por ele com cores de Alyne Leonel. Fonte: Anime > Do 58 - Mural do Leitor, em Madenka, há o uso de elementos do folclore brasileiro, aparecendo uma visão diferente do Saci Pererê.

Marcelo Cassaro e o restante do Trio Tormenta saem da Trama (agora chamada de Talismã) - em seus lugares entra a equipe do site RedeRPG. A Mythos republica Holy Avenger, e lança a revista RPGMaster - a revista traz um preview de Dungeons Crawler 2, porém, a nova série não é publicada. Pela editora Manticora (e a partir da quarta edição, pela Escala), o trio inicia a publicação de Dragon Slayer - nela é seriada outra história em Tormenta, Dbride, escrita por Cassaro e desenhada por Awano. A história foi encadernada pela Jambô.  O site Anime Pró lança Ação Total, uma sessão do site dedicada a webcomics. Nelas, Alexandre Lancaster publica novamente Expresso!, porém, o projeto não dura muito tempo. A editora Bentivegna lança a inusitada revista Folck Mangá, com apenas pelo menos três edições, produzida por Celso Zonatto, de acordo com Luigi Rocco, Zonatto é autor de Mendigo, publicada no Eletropaulo Jornal. Um outro trabalho de Zonatto no estilo mangá foi na revista Toinzinho, revista kardecista de distribuição gratuita da Lake (Livraria Filantrópica Allan Kardec Editora), na revista, os créditos vão para Celso Zonatto e Studio Luce & Magia.





ZN Editora lança Endhers, escrita por Cesar Góis e ilustrada por Diogo Saito. O site e a revista Ohayo! publicam yonkomas de Liza e Tarugo, mascotes do evento Fanzine Expo (evento de fanzines do Anime Dreams), criadas por Fabrizio Yamai coordenador do Fanzine Expo e professor da escola AreaE, as tiras foram criadas em 2003.










Em 2006, surge pela Escala, a revista Neo Tokyo, produzida pelo estúdio Criativo Mercado Editorial (que também produz a Anime>Do) e editada por Junior Fonseca - a revista teve a participação de Alexandre Lancaster, Valeria Fernandes, Fábio Sakuda (não apenas como colunista, mas também com a HQ Truco na edição 13), e o Studio Seasons, com as HQs seriadas Zucker (cuja versão encadernada foi publicada em 2010, pela Newpop, editora de Fonseca), Mitsar (ambientada no mesmo universo de Sete Dias em Alesh), a light novel  (um tipo de romance japonês inspirado nos pulps) Contos de Sher Mor e dicas a aspirantes a quadrinistas. Minami Keizi chegou a assinar uma coluna sobre cultura japonesa, Arthur Garcia assinou o "Curso Relâmpago de Anime e Mangá", que depois seria encadernado pela Criativo Mercado Editorial em parceria com a Editora Geek.

A Panini lança o manhua O Tigre e o Dragão de Andy Seto, apesar do título, não é baseado no filme de Ang Lee, assim como o filme, a HQ foi inspirada na mesma série de livros, a editora também publica Batman: Hong Kong, escrita por Doug Moench (conhecido por roteirizar o Mestre do Kung Fu da Marvel) e o artista de Hong Kong, Tony Wong (que assim como Ma Wing-shing, apresenta forte influência de Ryoichi Ikegami, artista de Criyng Freeman, escrita por Kazuo Koike).


É lançado o site oficial de Mercenário$, nele foram publicadas webcomics escritas por Fran Briggs e ilustradas por Claudia Medeiros e Elisa Kwon.

A Kanetsu Press publica a mini-série em três edições "Ethora - O Reino do Esquecimento", ilustrada por Érica Awano, nesse mesmo, participa do álbum O Menino Maluquinho 25 anos.


No mesmo ano, a revista Dragon Slayer publica uma história de Mercenário$ (Dragon Slayer #8) e de Ethora (Dragon Slayer #10), Beth Kodama se torna editora de linha de mangás da Panini Comics.



Em 2007, Eddie Van Feu lança o álbum de quadrinhos Alcateia - Prateada, desenhado por Axya e Carolina Mylius. No ano seguinte, a história é romanceada e lançada como livro. Marcelo Cassaro e Érica Awano participam do primeiro International Manga Award  com Holy Avenger, e ficam entre os 19 finalistas. Em visita ao Brasil, o primeiro-ministro japonês Taro Aso entrega um certificado para a dupla. O KRK Studios publica, nos EUA, Eternal Gods, pela editora Twofold Comics. O site Ohayo! em parceria com a ZN Editora lançou "Almanaque OhaYO!", uma sessão para webcomics, trazendo os títulos: MP Code A por Fabrizio Yamai (roteiro e arte), Thanatos por Cesar Góis (roteiro) e Diogo Saito (arte) e Crônicas Bizarras dos Injusticeiros de Will Oliveira, Vegas de Suu Hudeto (Bárbara Linhares) .



Em 2008, a Panini lança Turma da Mônica Jovem, uma versão adolescente da turminha criada por Mauricio de Sousa. O estilo é um híbrido do estilo do estúdio e os mangás, a partir da sexta edição, Marcelo Cassaro torna-se roteirista da revista. Verter personagens tradicionais para o estilo mangá não era novidade: em 2005, a Archie lançou Josie e as Gatinhas e Sabrina, a Aprendiz de Feiticeira no estilo mangá, além de iniciativas da Marvel com as linhas Marvel Mangaverse (2002-2003) e Tsunami (2003) , o já citado Pequeno Ninja. e o anime Meninas Superpoderosas Geração Z (2006-2007).  A Editora cristã Naós publica o mangá True Warriors, pelo KRK Studios. Um volume foi dedicado a Elias e outro a Sansão.  
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) publica "Vento do Oriente - Uma viagem através da imigração japonesa no Brasil",  o livro segue o estilo dos livros do americano Scott McCloud, ou seja, todo produzido em histórias em quadrinhos, roteiro de André Uesato e Renata Corrêa; desenhos de Lícius Bossolan e Martha Werneck. disponível para download no site do IBGE.

É lançado o DVD de Dogmons!, animação criada por Levi Luz, também parecida com Digmon, no DVD havia uma revista em estilo mangá encartada.


Morre Claudio Seto aos 64 anos.










Em 2009, Alexandre Lancaster publica um conto de Expresso!, na coletânea Steampunk: Histórias de um Passado Extraordinário, da Tarja Editoral. Surge Luluzinha Teen, versão juvenil da Turma da Luluzinha desenvolvida pelo Labareda Designer e editado pela Pixel Media, um selo da Ediouro, sendo desenhada por autores como Rafael Lam, Allan Alex, Bilsquis Evely, Bobby Souzza, Danela Folador, Diogo Ferreira, Luiz Lira, Alexandre Coelho, Nestablo Ramos, Diogo Saito e Danusko Campos. Com o sucesso do título, a editora passou a publicar os quadrinhos tradicionais da franquia, além de Popeye, Gasparzinho, Recruta Zero, O Fantasma, Mandrake, entre outros. A Editora Seoman publica a graphic novel Eternamente Michael, uma biografia do cantor Michael Jackson, escrita por Ledo Vieira e desenhada por Fabio Shin e Rafael Kirschner (criador do mascote da revista Ultra Jovem criada por Claudio Balbino pra Escala), Shin possui uma rede escolas de desenho, a Japan Sunset e ficou conhecido por ir em programas de televisão e fazer caricaturas no estilo mangá, chamadas de nikayou mangá (termo usado por Shin) ou nigao-ê mangá (termo oriundo da arte do ukyo-ê usado pela escola Area-E) e em Abril de 2008, havia participado de uma exposição onde foram exibidas verrsões em mangá do Sítio do Picapau Amarelo do escritor Monteiro Lobato.  Ao que tudo indica, Jackson era fã de animes. No clipe da música Scream (1995), há cenas dos animes Zillion, Akira e Babel II. Na revista Dragon Slayer #23, é publicada uma história em comemoração dos 10 anos de Holy Avenger. A Newpop publica na integra o mangá de Speed Racer em duas edições. Morre Minami Keizi aos 64 anos. É lançado o portal de webcomics Desenhe e Publique, mais tarde renomeado como DPzine.

A Editora Gol lança Patre Primordium de Ana Recalde (roteiro) e Fred Hildebrand (desenhos), posteriormente teve mais 3 eidções publicadas pelo coletivo independente Quarto Mundo (que atuou entre 2007 e 2012).


Raffaela Ryon recebe menção honrosa no terceiro International Manga Award por Pequena Loja dos Horrores (argumento de Emília Akemi e Giselle Quarterone), roteiro de Harriot Junior), publicado no ano anterior na revista independente Tokyoaki publicada pelo Estúdio Vermis. Fontes: Entrevista – Rafaella Ryon  e Lançamento: TokyoAki #0



















Em 2010, A Editora Escala lança Didi & Lili - Geração Mangá (10 edições), com roteiros de Franco de Rosa (que desenvolveu o projeto e em 2002, havia desenvolvido a revista As Aventuras de Didizinho para a mesma editora), Debrah Demaris, Wanderley Felipe e Gian Danton e desenhos de Alexandra Mattos, Wanderley FelipeIvan Rodrigues, Sergio Morettini e Arthur Garcia. Essa foi a segunda versão em mangá do personagem de Renato Aragão, uma versão mangá aparece no filme O Guerreiro Didi e a Ninja Lili de 2008. Os desenhistas Rodrigo Soldado e Ronaldo Santana criaram a sequencia inicial do filme em quadrinhos no estilo mangá. José Roberto lança, pela Editora Ícone, o  livro Mil Nomes - O Guardião do Infinito. O livro teve 10 páginas de quadrinhos desenhados por sua esposa, Marcia Harumi. A HQM Editora publica os mangás do Futago Studio: Vitral, de Silvana Alvarenga (Shirubana) e o Príncipe do Best Seller, de Sonia Alvarenga (Soni).



O Guerreiro Didi e a Ninja Lili (2008), arte de Rodrigo Soldado e Ronaldo Santana





Década de 2010



Em 2011, Alexandre Lancaster lança pela sua própria editora, a Lancaster Editorial, a revista Almanaque Ação Magazine, uma antologia mensal nos moldes das revistas japonesas. Nela, Lancaster publica a sua série Expresso!, Madenka de Will Walbr, Tunado (de Maurilio DNA e Victor Strang), Jairo (roteiros de Michele Lys e Renato Csar e desenhos de Altair Messias), Rapsódia (de Fabio Sakuda e Carlos Sneak),  Assombrado (de Petra Leão e Roberta Pares) e Pré - O Drama da Escolinha de Max Andrade, vencedora de um concurso realizado pela revista, o concurso publicou apenas uma história, mas na edição, Lancaster comentou sobre outros que chegaram perto de vencer, com autores que mais tarde seriam reconhecidos: segundo lugar: Pete Cemetery de Carlos Antunes Siqueira Junior que assinava como como Kaji Orochi (atualmente conhecido com Kaji Pato), o título foi publicado em 2010 no Dpzine, terceiro lugar: Star Trash a invasão de Rafael Cardoso Santos e Wagner Elias, quarto lugar:ENEP de Leonardo Souza e Victor de Paula e em quinto lugar: Incógnito de Osvaldo Souza Reis Neto e Áthila Dias Lima.

 A revista durou 3 edições. Surge a webomics  Ledd, de JM Trevisan (roteiro) e Lobo Borges (desenhos). A HQ também é ambientada em Tormenta, e tem versões encadernadas publicadas pela Jambô. A LevelUp! Games do Brasil anuncia a publicação da revista "Level Up! em quadrinhos", pela Edicase. A revista traz quadrinhos de títulos licenciados pela Levelup! "Grand Chase, Combat Arms, MapleStory, Allods Online, Ragnarök, DOFUS e Lunia e produzidas pelo  Onigiri Studio de Fabrizio Yamai. O jogo coreano Ragnarök chegou a ter um anime exibido pelo Cartoon Network, em 2006, e um manhwa (nome dado aos quadrinhos da Coréia do Sul) publicado pela Conrad Editora entre 2004 e 2005. A editora Nemo, um selo do Grupo Autêntica, lança a Coleção Shakespeare em Quadrinhos, a primeira edição traz uma adaptação de Romeu e Julieta, roteirizada por Marcela Godoy e arte de Roberta Pares.


Nas páginas da revista Recreio, publicada pela Editora Abril, foi lnçada a série Insectron por Robson Moura (desenhos), Zuza Avelino (arte-final), Vanessa Reyes (cores) e Kris Zullo (direção de arte), sendo publicada por 23 semanas.

Em 2012, Cassaro lança uma nova HQ de Tormenta nas páginas da Dragon Slayer #36: "20 Deuses", desenhada por Rafael Françoi. No ano seguinte, com o cancelamento da revista na edição 40, a história fica incompleta. No mesmo ano, Cassaro e Petra Leão escrevem o roteiro do crossover da Turma da Mônica com os personagens de Osamu Tezuka, são eles: Kimba, a Princesa Safiri e Astro Boy. Junto com a desenhista Erica Horita, lança uma campanha no site Kickstater para o financiamento da HQ de fantasia medieval Hero Party, criada para o mercado americano. Fabio Sakuda lança a webcomics i Ganbaru! – Otaku Lifestyle. Morre José Roberto Pereira aos 48 anos. A editora católica Canção Nova publica Rei Davi, escrito e ilustrado por Filipe Santos.


O Sesc de Juazeiro do Norte publica Joaseiro, mangá sobre o Padre Cicero, roteirizado por Hirohyto Sobreira com desenhos de Israel de Oliveira, Allan Jefferson (Aj Silva) com arte-final de Jefferson Lima e arte de Allan Jefferson.








Fabio Yabu anuncia a volta de Combo Rangers pela JBC - para isso, lança uma campanha no site Catarse.me. Com o dinheiro arrecadado, consegue o suficiente para publicação de dois dos três álbuns anuais. Alexandre Lancaster publica Brigada Ligeira Estelar, cenário de campanha para 3D&T Alpha, publicado pela Jambô, inspirado em space opera, mechas e capa e espada. Os livros são ilustrados por Roberta Pares, Giovana Basílio, Israel de Oliveira, Marco Morte, Altair Messias, Simone Beatriz e Monique Novaes, seguindo concepts criados pelo próprio Alexandre.

 



Júnior Fonseca deixa de ser editor da Neo Tokyo na edição 76, sendo substituído por editores provisórios: Junior Sagster Sayuri Tanamate, Renato Hack Ivo e Lily Carrol, nesse período foram publicadas algumas HQs esporádicas, como LunchTime! de Nilton Simas, Vida de Otaku de Al Ferreira (desenhos) e Renato Hack (roteiro), a webcomic yaoi/Boy Love Entropia de Blanxe (roteiro) e Raquel Sumeragi (desenhos), a tira Kelly de Gisa Pizzatto, Jessi e Zack, tira da série literária A Caçadora de Viviane Fair, que também assina a tira.

Em 2013, a JBC publica o primeiro volume das graphic novels de Combo Rangers: "Combo Rangers - Somos Heróis", desenhada por Michel Borges. Além disso, anunciou o concurso Brazil Manga Awards, cujo objetivo era escolher histórias para uma coletânea da editora, e ainda se prontificou a ajudar os participantes a concorrer no International Manga Award, o concurso teve patrocínio da montadora de automóveis japonesa Toyota. A Panini lança um spin off de Turma da Mônica Jovem, Chico Bento Moço, ilustrado por Roberta Pares. Eddie Van Feu lança um novo romance, baseado em uma de suas séries em quadrinhos: Contos de Leemyar - O Necromante. A HQM lança um novo título do selo HQM Mangás, Vidas Imperfeitas de Mariana Cagnin, anteriormente publicado como fanzine. Heavy Sex, selo adulto da Minuano, que publicou as revistas como Buckmann's Sex Girls Mangá e Hentai SX, dando continuidade as revistas que eram publicadas pelo selo Xanadu da Escala (algumas delas com histórias de Fernando Bonini, fonte: QI 153), lança Sete Dias e Sete Noites de Prazer de Alexandra Mattos. A LevelUp! Games licencia mais histórias em quadrinhos - dessa vez, uma webcomics do jogo coreano Elsword.  Os roteiros ficaram a cargo de Fabio Yabu e arte por Claudia Medeiros, Michel Borges, Francis Viveiros e Walmir Archanjo. Marcos Inoue e Gabriel Morato lançamo livro A Biblioteca do Czar, primeiro volume da série transmídia Red Luna, o livro foi ilustrado por Carlos Sneak, entre os produtos da série, há histórias em quadrinhos e card games. A Jambô lança Dungeon Crawlers - Edição Definitiva, com nova capa produzida por Daniel HDR. 

A editora Canção Nova publica Rei Davi , novamente produzido por Filipe Santos.
 É lançada a revista infantil As Aventuras da Sabida, pela Rica Editora (Rede Internacional de Comunicação Apostólica), ilustrada por Lucas Patrick.

A editora Betânia lança J5, mangá cristão do pastor Igor Cicarini, que chegou a publicar na revista Tsunami e prestou serviços pra Marvel Comics. 

O Sebrae e o PRONATEC publicam Kata Negócio, uma cartilha em formato de quadrinhos, escrita escrita por Amanda Daher, arte de Fabio Shin, Francis Viveirors, Patricia Hikari Tanaka e Daniela Follador com arte-final de Daniela Follador, Álvaro Costa e Vinicius Oliveira.












 A HQM publica novos títulos: Vidas Imperfeitas, de Mariana Cagnin (inicialmente publicada em fanzines) e Salvation . A JBC anuncia os vencedores do BMA: Starmind – de Daniel Guimarães Assunção Bretas Ferreira e Ricardo Yoshio Okama Tokumoto; Entre monstros e deuses – de Pedro Leonelli e Dharílya Sales Rodrigues; Fábula – de Ivys Danillo Jayme Portela e Breno Fonseca; Quack de Kaji Pato; Crishno: O Escolhido – de Francis Angelo Sbalqueiro Ortolan e Lielson Zeni, o especial foi lançado com o nome de Henshin Mangá (nome de uma extinta revista informativa da editora e que atualmente existe como um site de notícias, tal qual a Herói, Sci-Fi News e Wizmania), a editora também anuncia um selo Ink Comics, criado para abrigar publicações especiais, incluindo títulos nacionais. HQM lança Salvation de Andre Araujyo. 
A editora Canção Nova publica a terceira e última edição de Rei Davi de 
Filipe Santos.


Douglas MCT, ex-roteirista da Maurício de Sousa Produções torna-se editora da Neo Tokyo a partir da edição 97, nessa fase é publicada tira "Bab & Gag", de Wal Souza.











A revista Anime > Do passa a publica a tira dos mascotes da revista:  Shiono e Shyuri,  uma dupla de yokais que passam a viver no mundo dos humanos, os desenhos ficam a cargo de Raquel Sumeragi, que já ilustrou os personagens na sessão de cartas da revista. Ana Carolina Pereira lança o livro "Além dos Olhos Grandes", apoiado pelo Banco do Brasil, Lei de Incentivo à Cultura, Fundação Cultural de Curitiba e Prefeitura de Curitiba, através do Edital Mecenato Subsidiado. o livro é todo em formato de histórias em quadrinhos, roteirizado por Ana Carolina, o livro se divide em três partes: Parte I: História do Mangá, ilustrada por Maxwell Alves, Parte II: Características do Mangá, ilustrada por Juliano Henrique e Parte III: Mangá no Brasil, ilustrada por Cristiano Procopio, o livro se baseia no no Trabalho de Conclusão de Curso apresentado em 2009 para o curso de Tecnologia em Artes Gráficas da Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR (antigo CEFET). O site da Jambô Editora passa a publicar Ledd (anteriormente no Portal Genkidama), 20 Deuses (que ficou incompleto com o fim da revista Dragon Slayer) e Khalifor de JM Trevisan e arte de Ricardo Mango. Douglas MCT lança a webcomics Dez Desejos, desenhada por Rafael Françoi e hospedada no site Outros Quadrinhos, a história é ambientada no mesmo cenário de Necrópolis, série de livros escrita pelo próprio Douglas, pela Newpop, o Studio Seasons lança no Anime Friends, Helena, baseada no romance homônimo de Machado de Assis, a obra foi indicada ao HQMix de 2015. Mozart Couto lança de forma independente, um especial de 100 páginas de "Os Guerreiros de Ha-Kan", publica também Samurai, desenhada com a técnica do sumi-ê.





Em Novembro, durante a Brasil Comicon, a Jambô lança Projeto Ayla (anteriormente chamado de Ayla Project), uma HQ Marcelo Cassaro ambientada no universo de Espada da Galáxia e UFO TEAM, a HQ foi por Eduardo Francisco. a versão brasileira do jogo Elsword lança um pacote visual inspirado em Combo Rangers.

A editora Nemo publica uma quadrinização do romance juvenil Fazendo 


Meu Filme da Paula Pimenta, ilustrada por Valdo Alves.




 



Em 2015, A revista Anime>Do é cancelada na edição 130 e Luluzinha Teen é cancelada na edição 65. A Editora Draco lança Quack - Patadas Voadoras de Carlos Antunes Siqueira Júnior. Lily Carrol, ex-editora da Anime>Do, torna-se editora da Neo Tokyo (onde chegou a editar em ocasiões esporádicas) a partir da edição 106, são publicadas Vartãni de Raquel Sumeragi (desenhos) e Blanxe (roteiro), a webcomic XDragoon de Felipe Marcantonio, a série foi lançada na internet em 2008 e já tinha tido uma história publicada em 2010 na edição 53 da revista, além de matérias sobre assinadas pelo autor, Shiono e Shyuri, mascotes da  Anime>Do são transferidos pra sessão de cartas da Neo Tokyo. 



Em julho do mesmo ano, a Editora Draco lança o portal de webcomics Dracomics Starmind – de Daniel Guimarães Assunção Bretas Ferreira e Ricardo Yoshio Okama Tokumoto e Quack – de Carlos Antunes Siqueira Júnior (também conhecido como Kaji Pato), Douglas MCT também lança um portal similar, Lamen, trazendo as histórias: SUPER, de Douglas MCT e Fabiano Ferreira, Dragon's Tale, de Igor Guanandy e Fabiano Santos, Engrenagem Cristal, de Henrique DLD,  Digude, de Vinicius de Souza, SPY Project, de Kari Esteves (publicado anteriormente no site Mushisan), LOKI, de Heitor Amatsu - Nuvens de Verão, de Charles Lindberg e Israel de Oliveira e Aventura de Gally, de Fabio Lino, a revista digital Conexão Nanquim também passa a integrar o portal, em 2013, a revista havia financiado uma edição impressa através de financiamento coletivo do site Catarse.me.
pôster de divulgação do portal, arte de Fabio Lino
 A JBC publica o segundo volume de Combo Rangers, Somos Humanos. Surge a plataforma de assinatura digital Social Comics, que logo passa a integra o grupo Omelete, nela são republicadas histórias de Combo Rangers publicadas pela JBC, Henshin! Mangá, títulos da Jambô e do portal Lamen. Durante a Comic Con Experience, Douglas lançou uma versão impressa de SUPER. O Studio Seasons lança um encadernado de Mitsar.

A Nemo lança Fazendo Meu Filme em Quadrinhos, novamente ilustrado por Valdo Alves. O Studio Seasons publica Os 50 Avistamentos do Grande Fofinho, originalmente uma webcomics.

A editora 100% Cristão lança Eclesiástico, roteirizado por Richard Guerra, com desenhos de Igor Cicarini.







Em 2016, Alexandre Lancaster e a Jambô Editora lançam quadrinhos de Brigada Ligeira Estelar na plataforma Social Comics. 


A  Newpop lança Hansel & Gretel de Douglas MCT (roteiro) e Rafi de Souza (desenhos), a HQ é uma versão steampunk de João e Maria (cujo nome original é Hansel e Gretel) e foi anunciada originalmente em 2009 com desenhos de Ulisses Perez.


A Draco publica as antologias Imaginários em Quadrinhos vol. 4 e Dracomics Shonen, além Quack 2. Em Imaginários em Quadrinhos vol. 4 há duas histórias em estilo mangá: Alma de Dragão de Luís Carlos Sousa (roteiro) e Kaléo Mendes (desenhos) e Erro de Cálculo de Marcel Inaldo (roteiro) e Max Andrade (desenhos).






A Discovery Publicações (de Nilson Luis Festa, Fausto Kataoka e seu filho Fabio, logo depois sairiam e fundariam a Editora Geek) lança Ameto de Rael Mochizuki, publicado em 2012 de forma independente. Durante a Comic Con Experience, a Jambô lança P•Soldier, outra HQ no universo de Espada da Galáxia por Marcelo Cassaro e Eduardo Francisco, além do encadernado Khalifor vol. 1, Mercenário$ Especial e Anima, também produzido por Fran Briggs e Anna Giovannini. A Draco republica Tools Challenge de Max Andrade, inicialmente uma webcomic que teve edições impressas viabilizadas através do Catarse em 2012 e 2014, ainda em 2016, Andrade financiou a HQ The Hype, produzida em parceria com Marcel Ibaldo.

A Editora IHQ (editora do curso Instituto HQ) lançou Solstice Ville de PH Marcondes,um dos artistas revelados em As Aventuras de Megaman, que também participou de Combo Rangers e Power Sexy da Kingdom Comics, Solstice Ville havia sido publicado de forma independente no ano anterior. A JBC publica o segundo volume de Henshin Mangá através do sorteio Brazil Mangá Awards, são publicados os mangás Maria de Fabiano Ferreira, As Loucas Aventuras de Joy Comet de João Eddie, Träumen de Oro8oro (João Mas Mausson), Chuva de Meteoros de Rafael Brindo e Escarra Brasa  de Rafa Santos (roteiro) e Wagner Elias (desenhos). 










Em julho de 2017, a Draco lança mais dois mangás JaPow!, com roteiro de Jun Sugiyama e desenhos de Eduardo Capelo e Divisão 5, com roteiro Rafael Santos e desenhos de Wagner Elias.








O Studio Seasons lança uma campanha de financiamento coletivo no Apoia.se, aos apoiadores, o grupo passou a disponibilizar páginas dos mangás Sete Dias em Alesh e Parisian Spring.

A JBC publica o terceiro volume de Combo Rangers, Somos Iguais, financiado através de outra campanha no Catarse.
Lily Carroll deixa o cargo de editora da Neo Tokyo na edição 118 (junho/julho de 2017), que continua sendo produzida pela Criativo Mercado Editorial.

Na edição 120 da Neo Tokyo, a revista publica uma Talento FC, história do Estúdio Armon de Lucas e Fábio Gesse, fundadores do estúdio, fundado em 2012, o estúdio mantém um site de webcomics e a revista virtual Action Hiken, lançada em 2015, logo em seguida, a Editora Criativo lança pelo selo Graphic Book, "Aventuras Cotidianas", um álbum contento 7 histórias produzidas por Fábio Gesse, Lucas Gesse, Eddy Fernandes, Cristiane Armezina, Waldenis Lopes, Jazi Almeida, Gabriel Silva e Andressa Gohan. Além disso, pelo selo Strip Book, lança Como sobreviver a filmes de terror?, um complicado da webtira do Imperial HQs produzidas por Bruno D. Vieira e Matheus de Deus. A Jambô lança mais dois volumes de Mercenário$, Fran Briggs, Anna Giovannini e Patricia Aroeira/Clover Teapot também colocam um financiamento coletivo recorrente no Apoia.se.

Claudio Balbino, criador da revista Ultra Jovem publica uma nova versão da revista, a edição é impressa, mas vendida apenas pela internet, a publicação também tem um site oficial que também publica notícias.
Sérgio Peixoto lança uma edição comemorativa da Animax intitulada Animax n. 51 em parceria com a revista e editora Warpzone.


No Catarse, são lançado os projetos Don Brothers, suor, stress e cafeína de Max Andrade, Kaji Pato e Rafa Santos e Wagner Elias (como uma nova história de Escarra Brasa) e SPY Project volume 1 - impresso de Kari Esteves.



Em 2018, a Imperial HQs passa a se chamar Craft Comic Books e publica a versão impressa da revista Action Hiken. Kaji Pato participa do programa Vai Fernandinha apresentado por Fernanda Souza no Multishow e produz um mangá sobre Pabllo Vittar, a publicação está disponível no site da Editora Draco. Sergio Peixoto lança um projeto de financiamento coletivo recorrente no Catarse para duas revistas derivadas da Animax, Animax Matérias e Animax Quadrinhos, link da campanha.

As duas revistas contam com a participação de antigos colaboradores: 


Animax Matérias: Denison Guizelini (que na Animax e Anime Ex assinava como Dan’UP), Pablo Gouveia, Rodrigo "Pato" (colaborado da Neo Tokyo entre 2014 e 2017 com matérias sobre tokusatsu), João Claudio "Jet" Fidelis (colaborador da revista Storyboard, do fanzine MangáK do coletivo Magyluzia e da Anime Ex, Nilton Simas (Storyboard, Magyluzia, Neo Tokyo, Lamen), Yuji Katayama.

Animax Quadrinhos: O casal Eudetenis (Giovana “Gigi” Leandro Serafim e Paulo Morais Serafim) responsáveis pelas as séries Maid Team e Crow x Cat, Heitor Amatsu responsável por Jorge, Raquel Maia responsável por Z-Hex, ApocalipseJack responsável por Aldo Karatê, Eric-Abillama, responsável por Rock'n Balls.


Surge a plataforma de mangás digitais Shonen Comics com campanhas nos site Apoia.se e Catarse.  Os autores Ulisses Perez, responsável por Magic Star Taking Chances, Valdo Alves, responsável por Dark Roses, Gustavo Reis, responsável por Two Hiros e Miyako-chan no Karê, Vinícius de Souza, responsável por Digude, Luis Roberto, responsável por A sombra de Ymir, Clayon Barros, responsável por Battle Fighter, Edson Masakiro, responsável por Montesago, Rafa Santos, responsável por Vovô Pancada, Rai Souza, responsável por Jack do Limbo e Wagner Elias, responsável por Metal Elements.

A escola de desenhos Modelo Design cria o projeto MD Comics, um projeto que visa publicar quadrinhos através de webcomics e publicação imprensa, os primeiros títulos são Corações de Nanquim por Emílio Roger (roteiro e desenhos) por Thyago Bastos (roteiro) e Fraciele Nonato (arte-final) e V.H.S. (Vórtex Hero Shinjiru), HQ protagonizada por Eduardo Miranda, Divisão de Cinema da Manchete, responsável por trazer os animes Os Cavaleiros do Zodíaco, Shurato, Sailor Moon e Yu Yu Hakushô com colaboração do próprio Miranda como co-roteirista, Emílio Catrufo (roteiro e layout),  Thyago Bastos (desenho, roteiro e arte-final), Ulisses Eduardo Bastos (roteiro, desenho e arte-final), Davi Sacramento (arte-final digital) e Franciele Nonato (arte-final).


Levi Luiz retorna com Dogmons! em webcomic no site oficialcom roteiro de Levi Luz e Ed Pérrin, arte de Shewdon Barcelos, cenário de Felipe Cereda e Estênio Garcia, lineart de Felipe Marcantonio e Felipe Cereda, cores de Felipe Cereda, conceitos de Felipe Cereda, Shewdon Barcelos, Fábio Meireles, Reynaldo Lima, Helena Da Nobrega e Davi Leal.
A JBC anuncia uma parceria com a Sato Company para publicar uma HQ do Jaspion por Fábio Yabu e Michel Borges e os vencedores do terceiro Brazil Mangá Awards: Saci de Pablo Dias, Sociedade Barata de Glhardo, Jovem Guerreiro Pedro Henrique de Thisupers, SINA de Ednaldo da Silva Alves e Googuy de Dieh Araújo.


Levi Tonin lança no Catarse, um projeto de financiamento coletivo no Catarse para versão encadernada da webcomics Born Cartolla, iniciada em 2014, o livro é publicado pela Avec Editora (fundada por Artur Vecchi, filho de Lotário Vecchi da extinta Editora Vecchi).



O Estúdio Armon lança uma campanha de financiamento coletivo recorrente no Apoia.se.




A Jambô lança a edição encaderna de A Batalha dos Três Mundos, ambientada no universo de Brigada Ligeira Estelar, que havia sido publicada em capítulos na plataforma Social Comics, roteirizada por Alexandre Lancaster com desenhos de Israel de Oliveira com cores de Rodrigo Salles, o volume 5 de Ledd (com desenhos de Heitor Amatsu) e o volume 3 de Mercenário$.









A editora Draco lança o sexto volume de Tools Challenge de Max Andrade e o quarto volume de Quack de Kaji Pato.





Em dezembro de 2018, Franco de Rosa lança pela Opera Graphica, uma segunda história de Ultraboy ilustrada por Maurílio DNA.  Vendas na Amazon.


Em 22 de dezembro de 2018, é publicada a última edição do jornal São Paulo-Shimbun.



Em janeiro de de 2019, a JBC e a AQC (Associação de Quadrinistas e Caricaturistas do Estado de São Paulo) anunciam um evento sobre os quadrinhos do Jaspion com as presenças de Michel Borges e Arthur Garcia (que desenhou o personagem na Editora Abril) com uma exposição organizada por Henrique Heo, com autorização da Sato Company, com as artes de Adriano Batista, Adriano Panda, Alex Rodrigues, Alvaro Yoshitaka Omine (que desenhou Sharivan para a EBAL via Studio Velpa), Andre Freitas, Arthur, Bira Dantas, Bruno Wall, Caio Cacau, Charles De Vita, David Lee, Denis DYM, Diego Maryo, Edde Wagner, Eduardo Ferrara, Fabrizio Yamai, Fernando dos Santos, Flávio Luiz, Flávio Soares, Franco de Rosa (que arte-finalizou uma história do Jaspion, escrita por Rodrigo de Góes e desenhada por Marcello Arantes para a Editora Abril), Gustavo Machado (que desenhou uma paródia dos Cybercop no gibi dos Trapalhões, escrita pelo Marcelo Cassaro), Helton, Irmãos Piologo, Joel Jr, Júlio Magah, Júnior Cortizo, Kakau, Leandro Henrique Altafim, Leandro Ramos, Lucas Libanio, Luiz Carlos SC, Luuh Drawings, Márcio Abreu, Márcio Hum, Marco Cortez, Marcos Venceslau, Marcos Silva, Maria Júlia, Mathias Strebs, Mauro de Abreu, Michel Borges, Moacir Torres (que arte-finalizou uma história dos Changeman, escrita e desenhada por Marcelo Cassaro para a Abril), Omar Viñole, Paulo César Santos, Paulo José Silva, Rafael Nascimento, Renato Arlen, Ricardo Sousa, Ridalt Jr., Rodolfo Oliveira, Thiago Spiked, Tiago Sousa, Victor, Vinícius Galhardo, Wagner de Souza e Will Silva.


Pela editora Kimera, Nilton Simas lança uma edição especial de LunchTime com 344 páginas




Surge o serviço de assinatura Nanking, feito em parceria com o Instinto Mangaká e Estúdio Armon, alguns dos os primeiros títulos do serviço já haviam aparecido na revista digital Action Hiken como Demon Hunters de Diogo Cidades, Oxente de Rhenato Guimarães e Hooligan  de Jayson Santos.



Em 2019, a Panini lança Turma da Mônica Geração 12, uma versão pré-adolescente  com roteiros de Petra Leão e desenhos de Roberta Pares.








A versão digital da Animax é cancelada, dando lugar a uma nova Anime EX.

Max Andrade lança uma campanha para publicar duas coletâneas: Mute Print e Puff no Piripaf, a primeira com oito histórias mudas contempladas no concurso Silent Manga Audition e a outra com webcomics publicadas originalmente no blog de mesmo nome.



O site Omelete lança um portal de webcomics chamado Bruttal, destaque para a HQ Ba-da Bacon de Raoni Marqs.

A Editora Draco comemora 10 anos com um quinto volume de Quack e um segundo de Japow, com roteiro de Jun Sugiyama e arte de Eduardo Capelo.

A JBC anuncia o lançamento de um selo de quadrinhos digitais em 2020, JBC Start com os títulos iniciais Teerra &  Windy de Cah Poszar e The Flower of Pot e Amanda Rickard.

Max Andrade e a Editora Draco lançam o financiamento de Tools Challenge - Sayonara Bye Bye com histórias escritas e desenhadas pelo próprio Max Andrade com participação de Jun Sugiyama, Eduardo Capelo, Kaji Pato, Ichirou, Rafa Santos, Eudetenis, Wagner Elias, Perobense, Felipe Dias, Heitor Amatsu, Fabiano Ferreira, João Mausson e João Eddie.

Max Andrade, Kaji Pato, Jun Sugiyama e Eduardo Capelo criam o site Noise Manga, trazendo versão online de Quack!, Tools Challenge e Japow.

Em 2014, Cassaro anunciou a sequencia de Holy Avenger: Holy Avenger – PaladinaA série é sobre a personagem surgida nas páginas da Dragão Brasil. Segundo ele, histórias estarão seriadas no meio digital e depois teriam uma versão impressa. A HQ, também desenhada por Érica Awano, é lançada em dezembro de 2019 pela Jambô durante a Comic Con Experience, dessa vez sem versão digital.  No mesmo evento, é apresentado um teaser de uma animação de Holy Avenger pelo estúdio Eleven Dragons Entertainment.

O Estúdio Armon lança no Catarse a campanha de HarmoniHQ, com as HQs BRAkuman de Raphael Munhoz e Fábio Gesse,  CNC de Waldenis Lopes, Dreams de Pammella Marins,  Epístola de Gabriel Silva e Gabriel Nunes, Inclinação para o Mal de Erix Oliver, Lucky Guy de Giovanni Kawano, Maximillian Sheldon de Lucas Gesse e Fábio Gesse, Penúria de Andressa Gohan e Sociedade Zumbi de Jayson Santos.

Em janeiro de 2020, a JBC lança Henshin no formato digital com Henshin Mangá Blue e Henshin Mangá Red, trazendo escolhidos no concurso Brazil Mangá Awards

Henshin Manga Blue traz as histórias Agência 93, de Kaikidan e Alex Sevla, URUBUMAN de Gilton Ferreira, Estupefato Maldini de Lucas Gesse, Caramuru de Lenine Moreno, e Cup Cake Cup de Gabriel Junji Ito!. Henshin Mangá Red com as histórias Planaltin Powers de Owlopes, Marcas de Perobense e Mei Linwau, O Cotidiano de Sensei de Lucas Ferreira Santos e Olá, Sou Soro Positivo, de Cristiano Gonçalves Gomes.

Em julho de 2020, a Panini lança a sexta  edição de Geração 12, a possivelmente  a última edição.

A JBC publica O Regresso de Jaspion, com roteiro de  Fabio Yabu, desenhos de Michel Borges. Max Andrade lança o financiamento coletivo de Juquinha - O Solitário Acidente da Matéria.

Cassius Meadaur volta par JBC, a editora investe numa linha de quadrinhos digitais nas plataformas Amazon Kindle, Google Play, iBooks e Kobo Rakuten, com alguns títulos inspirados nos mangás: Echoes, de Eliana Oda e Makai Mail de Jayson Santos.  

A AVEC Editora publica Ritos de passagem: quando eramos irmãos de Lucas Marques, premiado no 13º Japan International Manga Awards - 2020.


Em abril de 2021, a Panini lança a terceira edição de Turma da Mônica Jovem. Em maio, a Criativo lança uma edição especial de Skropion de Ataide Braz e Neide Harue
Informações adicionais



Val Sifer também ilustrou uma revista hentai chamada Mangatas, não consegui achar a data da publicação.





Em Hora de Brincar Kids n.4, uma revista de atividades da Editora Minuano foi publicada a HQ Os Jovens Cavaleiros, uma história de fantasia medieval fortemente influenciada por Cavaleiros do Zodíaco e as lendas do Rei Arthur por João Zola (roteiro), Augusto Garcia (desenhos) e Vitor Cavalino e Miguel Marques (colaboração).







Além de influenciar o trabalho de Keizi e de Seto, Astro Boy teve quadrinhos nos Estados Unidos pela Gold Key em 1965 e na Argentina em 1977 e 1980, nenhum desses trabalhos teve licença de Osamu Tezka, a Argentina também houveram quadrinhos de Speed Racer e um título solo de seu irmão, Gorducho, histórias da primeira revistas foram publicadas pela Editora Abril e foram publicadas pela Abril argentina, editor do irmão de Victor Civita.

Em entrevistas disponíveis na internet, Claudio Seto dizia ter um irmão gêmeo e que esse era o verdadeiro Claudio Seto e que também fazia quadrinho. De acordo com o jornalista Gonçalo Jr. , autor do livro "Maria Erótica e O Clamor do sexo" (Peixe Grande, 2010), isso não passou de uma piada do quadrinista, Seto também dizia que visitou o estúdio do mangaká Sampei Shiraro, como quem se corresponderia   através de cartas, e que teria recusado uma oferta para ser seu assistente Além disso, enviava quadrinhos de autores brasileiros descendentes de japoneses (como Júlio Shjimamoto e Shiozo Tokutake) para que Shirato visse. Como nunca houve entrevistas de Sampei Shirato por jornalistas brasileiros, fica o mistério se foi ou não outra piada de Claudio Seto.

Claudio Seto declarou que a ideia era que Koji - de Ninja, o Samurai Mágico, desembarcaria no Brasil-colônia, e se disfarçaria como um índio tupi chamado Itaipu, e que publicou tiras desse personagem no suplemento Folhinha de São Paulo.

Seto e Keizi não foram os únicos a apresentar influências dos quadrinhos orientais no Ocidente, o coreano Sanho Kim começou a colaborar em editoras americanas em meados dos anos 60 e desenhou muitas histórias envolvendo artes marciais, Kim já atuava como quadrinista na Coréia do Sul, onde era um expoente do manhwa, na década de 1990, Km voltou para a Coréia, voltando a publicar no país e sendo homenageado pelo pioneirismo.

Assim como Keizi, Seto precisou mudar o seu traço, por um tempo, desenhou seguindo os artistas da revista americana Mad, como Jack Davis.


De acordo com Gonçalo Jr., Minami Keizi chegou a esboçar um projeto de historia em quadrinhos do cantor Roberto Carlos. Mauricio de Sousa também teve um projeto de quadrinhos de Roberto e Erasmo. Curiosamente, Roberto Carlos inspirou um herói nacional, o  Golden Guitar.  Keizi planejava licenciar um mangá de Tetsuya Chiba, com que chegou a se corresponder essas histórias seriam redesenhadas (sem precisar espelhar) e publicadas pela Edrel, o projeto com cancelado quando ele se desligou da editora, de acordo com Luigi Rocco, esse mangá era Yuka o Yobu Umi, traduzido como O Mar que chama Yuka, um anúncio foi publicado nas revistas da Edrel.



Anúncio publicado nas revistas da Edrel, cortesia de Luigi Rocco





De acordo com Franco de Rosa, Claudio Seto afirma ter publicado duas tiras inspiradas em shoujo mangá: Lagrimas do Céu (anteriormente publicada pela Edrel) e Cinderela do Paraná, ambas publicadas no jornal O Estado do Paraná. De acordo com Franco, a Chapeuzinho Vermelho do Espaço também teria sido publicada no mesmo periódico.


De acordo com Sergio Peixoto, seu primeiro contato com o estilo mangá teria sido em uma revista de horóscopo de Omar Cardoso, a revista em questão chamava-se Zodíaco e foi publicada em meados da década de 1960 pela Industrias Gráficas Bentivegna, possivelmente a revista teve participação do Minami Keizi, além da editora ser da família Bentivegna, Keizi também atuou como astrólogo (tanto em astrologia ocidental de origem grega, quanto o horóscopo chinês), inclusive em publicações com o seu nome pela mesma editora, até mesmo Claudio Seto coescreveu um livro chamado Horóscopo Japonês assinando como Onmyoji Seto Shamon, nome religioso que Seto recebeu como sacerdote da seita Zenchi Omnyodô. Fontes: Horoscopo Japonês Fabiano Dias chegou a ter desenhos publicados numa revista de Omar Cardoso, o que reforça a teoria.
Entrevista de Claudio Seto a Gian Danton


Minami Keizi foi sócio de Gedeone Malagola (criador do herói Raio Negro) foram sócios numa revendedora de livros por reembolso postal com Miller, que trabalhava na televisão, eles teriam tentando vender a série original do Astro Boy, sem sucesso, a ideia era também lançar o mangá, em outras entrevista, Gedeone Malagola citava Roberto Miller, um cineasta e animador, possivelmente são a mesma pessoa. Miller fez animações no  Centro Experimental de Ribeirão Preto no Estado de São Paulo, fundado por Rubens Lucchetti e Bassano Vaccarini. Lucchetti trabalhou como roteirista tanto na EDREl, quanto na Minami e Cunha.

Uma estratégia similar foi feita com s heróis Marvel, em 1967, coma chegada da série animada The Marvel Super-Heroes, que traziam as aventuras de Thor, Capitão América, Hulk e Namor, uma campanhas foi criada com participação da editora EBAL (Editora Brasil América Limitada), os postos de combustíveis Shell e a fabricante de brinquedos ATMA, a série foi primeiramente exibida pela TV bandeirantes de São Paulo. 


Malagola trabalhou também na Minami & Cunha, onde publicou "O Lobisomem" (ilustrado por Nico Rosso com arte-final de Kazuhiko Yoshikawa) e "A Múmia" (ilustrado por Ignácio Justo).




 


Julio Shimamoto é geralmente associado como um dos precursores do mangá brasileiro.  Ele afirma que tomou contato com mangás aos 11 anos de idade, mas não foi influenciado por eles.



Segundo ele, seu traço deriva do trabalho americano Syd Shores  e dos quadrinhos de faroeste. Shimamoto foi o primeiro desenhista do herói Capitão 7 em 1959, o herói é um misto de Superman e Flash Gordon de Alex Raymond, segundo ele, Jayme Cortez, diretor da Editora Continental o pediu que copiasse o traço do Raymond, Shimamoto fez o que Cortez pediu, mas dizia que na época não gostava de Raymond, mas sim de Hal Foster (Tarzan, Príncipe Valente) e José Luis Salinas. Segundo ele, Lobo Solitário, de Kazuo Koike e Goseki Kojima e uma obra-prima, o quadrinista aceita se associado com o gekigá e é favorável a influencia do melhor que estilo japonês possa oferecer, tal qual ocorreu com os estilos norte-americanos e europeus. Por ter trabalhado na Grafipar, Shimamoto é normalmente confundido como um dos artistas da Edrel. Ele cita os também os filmes de Akira Kurosawa Fonte: Fanzine QI 146 (julho/agosto de 2017)

Curiosamente, Kurosawa também era uma das influências de Goseki Kojima (1928-2000), ele inclusive quadrinizou os filmes Trono Manchado de Sangue (Kumonosu-jō) e Sanjuro, ambas as adaptações foram publicadas em 1998.


Embora Claudio Seto tenha sido o primeiro a publicar uma revista com o nome "Samurai", essa não foi a primeira HQ ocidental sobre o tema, porém, Shimamoto já havia contado histórias de samurais, a primeira delas: "Os Fantasmas do Rincão Maldito!", publicada em 1961 pela Editora Outubro. Porém, antes dele, foram publicada pela Ebal , na revita Epopéia:"Os Quarenta e Sete Samurais" - uma adaptação de Os 47 Ronin, publicada na edição 54 (Janeiro de 1957) e O Bravo Samurai, publicada na edição 66 (Janeiro de 1958). Capas do espanhol Ramon Llampayas, que trabalhava na EBAL. De acordo com Shimamoto, essas histórias são de origem italiana. Embora as adaptações deixem a desejar, o(s) autor (es) claramente não conheciam o tema e os desenhos não retratam com fidelidade o Japão feudal. em seu livro ""Mangá Como o Japão Reinventou os Quadrinhos (Conrad,2006), o jornalista inglês, Paul Gravett cita o pioneirismo de Julio Shimamoto. Nos EUA, um outro descendente de japoneses também se inspirou em samurais para criar suas histórias em quadrinhos: Stan Sakai, criador da série Usagi Yojimbo, o protagonista é o coelho Miyamoto Usagi (Usagi em japonês), o nome do personagem faz referências a Miyamoto Musashi e ao filme Yojimbo de Akira Kurosawa (1961), Sakai apresenta influências do estilo caricato do quadrinhista da revista Mad, Sergio Aragonés, de quem foi assistente, curiosamente, Aragonés exerceu influência no estilo do mangaká Kazuhiko Katō, mais conhecido Monkey Punch. De acordo o Shimamoto, antes havia pouco interesse dos ocidentais por histórias de samurai, o interesse aumento com filmes de artes marciais do sucesso de Bruce Lee.





Outro ocidental que produziu histórias de Samurai foi o francês Robert Gigi, que em 1965, lançou Hito le samouraï publicado na revista Francs-Jeux e 1971, Ugaki nas páginas da revista Pep, em 1970, ele esteve no Brasil no I Congresso Internacional de Histórias em Quadrinhos. Gigi foi influenciado pelos filmes de Akira Kurosawa


Trechos de entrevistas de Júlio Shimamoto e Claudio Seto


Já fazia terror e começavam os elogios, então o Cortez me assustou com o convite para desenhar a história inaugural de Capitão 7. Assinaram contrato com Ayres Campos, lutador de “catch”, que fazia o papel do super-herói na televisão. Um sujeito simpático, falso-gordo, topete de Elvis, simples e daí o carisma no meio infantil. Então o Cortez me chamou para longe, para que Ayres não ouvisse, e disse: “Shima, não desenhe a cara e nem o corpo dele”. Entregou-me o grande álbum de Flash Gordon no Planeta Mongo e impôs: “Copie a cara e o corpo deste herói de [Alex] Raymond. Lembre-se, a proporção da anatomia é de dez cabeças a doze, porque o Capitão 7 não chega nem a oito”. Fiquei inseguro. Eu não era fã do Alex. Eu gostava do argentino José L. Salinas e de [Harold] Foster (Príncipe Valente). Outros colegas que completaram a revista, Gitahí e Getúlio Delfin, respiravam, comiam e dormiam com o grande desenhista de Flash Gordon na cabeça. Cortez nem se fala. Só falava de Jim das Selvas ou Flash Gordon. Bons tempos os meus de estagiário dos quadrinhos.




Na infância,quais os personagens de HQ que você mais gostava? Quais os artistas que mais te influenciaram? Super-heróis e cowboys (este último, por eu ser caipira do interiorzão de São Paulo ,próximo ao Mato Grosso.E eu adorava cavalgar.Eu era fissurado nos dinâmicos traços de Syd Shores. Ele desenhou Capitão América nos anos 40 e os cowboys Bill Dinamite e Cavaleiro Negro, nos anos 50.A dinâmica dos meus traços têm DNA do estilo de Syd.

Ultimamente o gênero mangá vêm fazendo um sucesso absurdo, tanto nas bancas como nas séries de TV.Qual a sua teoria sobre este sucesso? Acho que o mangá vêm fazendo sucesso aqui e no exterior por ser um tanto diferente dos congêneres produzidos pelos estúdios americanos de animação como Hanna & Barbera. Os mangás usam temáticas com doses de violência,próprios para a faixa etária juvenil.E também têm um apelo irresistível,oferecem na maioria das vezes os filmes de graça para as emissoras,em troca de exploração exclusiva do merchandising (bonecos articulados, naves, carros, etc). 

A nova geração de quadrinhistas brasileiros é visivelmente influenciada por mangás e super-heróis, e desconhece o trabalho de artistas como Jaime Cortez. O que acha disso? Não vejo problema nenhum nisso. A evolução da arte é dinâmica como o mundo. Eu próprio me angustio em procurar novos meios de fazer meus HQs. Se hoje todo mundo desenha e pinta com Photoshop e ficam parecendo clones um do outro,eu uso tinta de parede látex e revisito décadas precedentes quando dominavam os pocket-books, para resgatar técnicas. Quem sabe, um desses "mudernos" quando quiser parecer diferente dos colegas, também volte ao passado e estude os trabalhos de Jayme Cortez. O homem sempre está em busca do diferente. Você pode gostar do Frank Miller ou John Buscema, mas vai detestar desenhar igualzinho a eles,concorda? Ninguém quer ser mera cópia de alguém, por ser orgulhoso,como todo ser humano que se preze.

Você sempre foi um artista de vanguarda,buscando novos caminhos tanto na narrativa como nos desenhos,por isso eu acho que seu trabalho têm paralelo com o de Frank Miller. O que acha do trabalho dele, principalmente em "Ronin"? Vou confessar que não gosto de Frank Miller, a não ser no início de seu trabalho com o Demolidor, que deu uma oxigenada na maneira de narrativa gráfica e de texto no universo de super-heróis Detestei "Ronin", mas aplaudo seu grande mérito em ter descoberto"Lobo Solitário", um gekigá (não mangá) japonês, uma obra-prima inconteste.

Qual sua opinião sobre o trabalho "O Lobo Solitário"? Verdadeira obra-prima. Inimitável, quanto ao desenho e ao roteiro. Sem dúvida,o personagem é inspirado no Miyamoto Musashi, com colagens de um ou outro samurai que realmente existiu. O Itto Ogami é um personagem denso,que segue seu destino com seu filho Daigoro, pronto para cruzar a qualquer momento a fronteira do inferno.



Como vê o avanço do mangá no Brasil? Com naturalidade, sem reservas. Mangá é fenômeno mundial, que veio para ficar e expandir, como a culinária japonesa, gostem ou não. Nada adiantará opor resistência. Acho sensato buscar (não digo aderir) incorporar em nossos trabalhos os fatores positivos do mangá, assim como fizemos com o quadrinho americano e europeu. O quadrinho não é invenção nossa, tem origem etnológica e cosmopolita. Surgiram nas cavernas primitivas, prosseguiram nos murais assíricos, babilônicos, egípcios, greco-romanos, índicos, asiáticos, pré-colombianos, painéis renascentistas, em forma de baixos-relevos ou pinturas. Os quadrinhos se fundem com a história do homem. O “moderno” graffiti é o que nossos ancestrais faziam nas paredes das grutas.

Existe alguma vantagem em ser nissei para desenhar quadrinhos? Só quando for desenhar temas históricos e contemporâneos ligados ao Japão. A cultura herdada dos pais nos dá uma boa vantagem. Cansei de ver artistas não nikkeis brasileiros, americanos ou europeus cometerem erros colossais misturando costumes, vestimentas e arquiteturas chinesas, coreanas e mongóis como se fossem japonesas. Perdão, mas não consigo tocar no assunto sem rir por puro constrangimento. Fora isso não temos vantagem alguma.

Entrevista a Noriyuki Sato


O primeiro contato com quadrinhos foi através da tira Mutt & Jeff, na época, publicada no jornal O Estado de S. Paulo. Certo dia, junto com os jornais que seu pai pegava na comarca mais próxima, todos os fins de semana, vieram três revistas em quadrinhos "com cheirinho agradável de impressão", admite o criador. As três eram da Marvel, uma com o Capitão América e seu parceiro Buck lutando contra soldados nazistas; outra com o Tocha Humana e seu companheiro Centelha jogando bolas de fogo sobre alguns gangsteres; e a última com o Príncipe Namor brigando contra os japoneses. Obviamente, Shimamoto não gostou desta, e resolver criar sua própria revista. Usava papel de embrulho e partes brancas de jornais para criar histórias de soldados japoneses derrubando os americanos. Por três anos, essa foi sua principal forma de diversão. Quando não tinha papel, desenhava em chão de terra, com pedaços de gravetos. Em 1947, ganhou dois almanaques de 300 páginas (O Tico-Tico e Globo Juvenil), enviados por uma prima de Borborema. Isso ajudou a aumentar ainda mais sua paixão pelos quadrinhos. Na escola, acabou conhecendo dois amigos (também nisseis), que eram colecionadores de revistas. Acabou pegando mais de 100 emprestadas e, pela primeira vez, pôde se deliciar com várias histórias. No ano de 1949, voltou para Borborema e foi morar na casa de sua prima. Lá, tinha mais contato com revistas, o que acabou afetando seu desempenho na escola. Sabendo disso, seu pai juntou todas as publicações e as queimou no quintal. Mas isso não diminuiria seu amor pela arte.

Entrevista ao site Universo HQ 



Entre 1964 e os anos 80/90 trabalhei intensivamente com publicidade, com algumas incursões no mundo dos quadrinhos para ler gibis autorais como Metal Hurlant, Heavy Metal, Animal, El Vibora, Skorpio. Praticamente não participei do boom dos mangás. Li “Lobo Solitário”, “Kamui” e “Vagabond”, mas esses eram gekigá (estilo dramático).

Entrevista a Ademir Luiz

Teve influência de algum artista conhecido? Qual? Claro, de centenas de artistas americanos: Austin Briggs, Andrew Loomis, Frank Frazzeta, Bob Peak, John Whitcomb, etc
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Quem mais influenciou você e te mostrou o caminho das HQs? Vários americanos, Syd Shores, Harold Foster, Alex Toth, Joe Kubert, e os argentinos José Luís Salinas, Alberto Breccia e .José Muñoz.

Entrevista a André Carim no Fanzine Ilustrado n. 2 - Múltiplo

Li muito super-herói e faroeste na infância, até os 11 anos de idade. Depois dessa idade, devido notas escolares baixas, papai rasgava e os queimava no quintal. Dessa idade em diante, até os 13 e 14, fui obrigado a ler jornal, livros juvenis da Editora Melhoramentos, Monteiro Lobato, Karl May, revistas Seleções, Coletânea e Eu Sei Tudo – eram as “Super Interessante” e “Galileu” daqueles anos 50. Detalhe: de quadrinhos, só “Epopéia” da Ed. Ebal estava liberado. Aos 15, já trabalhando, comecei comprar e ler compulsivamente pulp fictions ou pocket books, gêneros phantasy e noir de Ellery Queen, Mickey Spillane, Raymond Chandler, Howard Hunt, revistas policiais Emoção e Contos de Mistério da Ed. La Selva. Aos 17, estreando como desenhista de HQs de terror, li contos góticos de Allan Poe, Hoffmann, Walpole, Hawthor­ne, para aprender a estrutura narrativa desse gênero. Entre 1964 e os anos 80/90 trabalhei intensivamente com publicidade, com algumas incursões no mundo dos quadrinhos para ler gibis autorais como Métal hurlant, Heavy Metal, Animal, El Vibora, Skorpio. Praticamente não participei do boom dos mangás. Li “Lobo Solitário”, “Kamui” e “Vagabond”, mas esses eram gekigá (estilo dramático).






Entrevista à Ademir Luiz. Jornal Opção

O Mestre Shimamoto é o melhor quadrinhista brasileiro de origem japonesa. Também está entre os três melhores do Brasil no panorama geral de todos os tempos. Agora dizer que o estilo dele é mangá, não concordo. Não existe nada parecido com os desenhos do Mestre Shima no Japão. Vejo nele um clássico dentro da tradição ocidental no desenho de quadrinhos. Outra correção a ser feita é que Mestre Shima que eu me lembre nunca colaborou com a Edrel, mas vira e mexe parece que ele é citado como tivesse desenhado para aquela editora. – Aliás no site (www.alanmooresenhordocaos.hpg.ig.com.br) existe uma entrevista que Shimamoto deu ao Ademir de Paula, onde o próprio Shima diz que não trabalhou na Edrel. Veja o texto: (Ademir pergunta) !”Fale sobre Cláudio Seto,o que acha do trabalho dele ser conhecido só por poucos?” (Mestre Shima responde) “Como quadrinhista pouco acompanhei sua carreira. já que na época da Edrel eu me dedicava totalmente à publicidade. Só na época da editora Grafipar, conheci seu talento de quadrinhista e editor. Reconheci nele também qualidade de roteirista versátil de bom nível. Ele tinha um temperamento retraído, pouco dado a publicidade, esse deve ser o motivo de sua pouca notoriedade”. Seto – Continuando, creio que se o Mestre Shima tem algo a ver com o mangá é na narrativa seqüencial, mas acho que é involuntário e mais recente. Pois começou quando ele desenhou, quase 10 anos depois, a revista Kiai, para a Grafipar. Como os golpes marciais exigiam desenhos em seqüências didática para ser melhor entendido, Mestre Shima passou a desenhar assim.



E a série Vagabond, atualmente publicado pela Conrad, (re)contando graficamente a história de Musashi?


É a mesma coisa, agradou americano, agrada brasileiros. Os desenhos dos quadrinhos de Musashi são muito bonitos. Só não me agrada o nome, por que “Vagabond”? Não tem nada a ver. Devia chamar-se Musashi. Sabe que desde o tempo em que eu produzia a revista O Samurai, nos anos 70, tinha vontade de desenhar a história de Musashi. Cheguei a começar várias vezes, mas nunca dei continuidade porque a história dele é muito comprida e não cabia num só gibi. Se eu soubesse que ia fazer tanto sucesso 30 anos depois, teria feito mesmo com muito sacrifício. Cheguei a fazer um estudo minucioso sobre o ponto de vista do horóscopo oriental, já durante toda sua vida ele, Musashi, mostrou-se tentando dominar os cinco elementos da natureza. Tanto que sua obra final é Gorin no Sho (O Livro dos Cinco Elos). Sobre esse ângulo é interessante o duelo com Sasaki Kojirô, que como ele, era do signo de Macaco. Musashi era do elemento Madeira e Kojiro do elemento Água. Como Kojirô era melhor espadachim que ele, sua estratégia foi a de privar seu adversário do uso da força dos elementos. Por isso chegou de barco ao duelo, e não permitiu que Kojiro corresse para a água (seu elemento). Kojirô era mestre do Fussui (Feng Shui, em chinês), ou seja Vento e Água, ele treinava seu estilo deixando a ponta da espada dentro da água do rio e cortando andorinhas em pleno vôo (elemento vento). Uma vez que Musashi desembarcou do mar isolando-o da água, e com cabelos amarrados de modo estranho, que dava impressão errada da direção do vento, de certa maneira desnorteou Kojirô, o melhor espadachim da época no Japão. Eliminado esses dois elementos, Musashi desembarcou a tarde, deixando o sol (elemento fogo) a suas costas. E venceu a luta porque usou o remo como espada. O remo é do elemento Madeira que é do seu signo de nascimento. Enfim, dos cinco elementos só restou o metal (espada) para Kojiro. Também todos seus duelos tiveram horário e data que favoreciam seu signo (Macaco) em detrimento de seus adversários. Esse tipo de raciocínio, passa quase sempre desapercebido quando no Ocidente traduzem as histórias japonesas.



Entrevista de Claudio Seto à José Carlos Neves

Recentemente, fiz uma nova entrevista com Shimamoto.

Recentemente, a Dark Horse publicou uma mini-série em cinco edições baseada em 47 Ronin, roteirizada por Mike Richardson e ilustrada por Sakai com consultoria de Kazuo Koike, além de um filme estrelado por Keanu Reeves.





Em 2013, a Shambhala Publications publicou uma adaptação roteirizada pelo escocês Sean Michael Wilson e arte da japonesa Akiko Shimojima, o mangá foi publicado no Japão pela Kodansha.


Segundo Marcelo Del Greco, aeditora JBC iria publicar uma revista dedicada ao Ultraman editada por ele, nela viria uma HQ do Ultraman Tiga escrita por Alexandre Nagado, com desenhos de Alvaro Omine e cores de Salvatore Aiala, curiosamernte, um tutotial de cores de Aiala usando a HQ foi publicada  Desenhe Públique Mangá número 3, Editora Escala, 2000.



Em 2001, a Escala e seu selo Canaã publicaram a coleção de contos da literatura mundial chamada Coleção Mundo Encantado, livros ilustrados produzido pelo estúdio  Mercado Editorial (atual Criativo), um deles no estilo mangá, nitidamente influenciado por Dragon Ball de Akira Toriyama: Aladim e a Lâmpada Maravilhosa adaptado por  Rubens Francisco Lucchetti (texto), Moisés Damasceno (desenhos) e Alexandre Jubran (cores), coincidentemente, a história original de Aladim em As Mil e Uma Noites se passa na China e Dragon Ball é parcialmente baseado romance chinês Jornada ao Oeste de Wu Chengen (1592) e teve adaptações em animes e mangás por Osamu Tezuka e Gisaburô Sugii (conhecido no Brasil pela direção de Street Fighter II: The Animated Movie), o conto de Aladim não pertencia aos manuscritos originas das Mil e Uma Noites, sendo incluído no século XVIII. A Conrad publicou dois volumes de três de Jornada do Oeste, neles vinha uma adaptação em lianhuanhua (um antecessor dos manhuas chineses), publicada em 1962. Preview do primeiro volume. Também houve uma publicação em único volune pela Horus Editora com o título O Macaco Peregrino Ou a Saga ao Ocidente e a editora Odyssesus publicou uma versão recontada por David Kherdian com o título Macaco: uma jornada para o oeste. Osamu Tezuka se inspirou em Jornada a Oeste no mangá Boku no Son Goku (1952-1959), em 1960, a Toei usou a fama de Tezuka para lançar o filme Saiyu-ki (conhecido como Alakazam no Ocidente), declarando que ele era o diretor, mas ele disse que apenas posou para fotos, em 1969, foi lançado um anime baseado no mangá de Tezuka, Goku no Daibōken, dirigido por Gisaburô Sugii.



Luchetti afirma ter escrito 20 livros da coleção, outras capas, outras adaptações incluem  Mulan, A Sereiazinha, Os Três Porquinhos (inspirados no Oolong de Dragon Ball), Cinderela, Bela Adormecida, Rapunzel (inspirada em Serena/Usagi de Sailor Moon), Branca de Neve, O Gato de Botas. Também foram publicados, O soldadinho de chumbo,  Pinóquio, Peter Pan,  Chapeuzinho Vermelho, Ali Babá, O Mágico de Oz, Alice no país das maravilhas, O Pequeno Polegar, Cinderela (aparentemente, outra versão) e João e Maria, esse dois últimos foram escritos por Ataide Braz.





















Nem todas adaptações eram em estilo mangá, é o caso de O Filho das Selvas, uma adaptação de Tarzan.




Tanto Claudio Seto, quando Julio Shimamoto descendem de samurais, Shimamoto afirma que sua mãe descende de uma linhagem paralela de Ōishi Kuranosuke, um dos 47 ronins.
Claudio Seto foi acusado de plagiar Lobo Solitário, convém lembrar que O Samurai foi publicado dois anos antes de Lobo Solitário, porém, Seto declarou que conheceu o trabalho de Goseki Kojima antes de Lobo Solitário, uma vez que Kojima havia sido assistente de Sanpei Shirato em Ninpū Kamui Gaiden.
Claudio Seto recebeu algumas homenagens póstumas, em 2010, surge, o evento Seto Matsuri, uma referência aos Matsuris, eventos tradicionais que Seto chegou a organizar, no ano seguinte, o Jornal Memai publicou a tira do Chibi Seto, escrita por Sandra Hiromoto e desenhada por Guilherme Match. 


Em 2015, o estúdio Manjericão coloca um projeto de graphic novel no site Catarse, intitulada "A Samurai", conta a história de uma gueixa que se torna samurai durante o período Edo, o título é uma alusão a revista O Samurai de Claudio Seto, que inclusive inspirou um personagem, o Mestre Seto, o coletivo é formado participaram do projeto: Mylle Silva, Yoshi Itice, Vencys Lao, Guilherme Match, Mika Takahashi, Bianca Pinheiro, Herbert Berbert, Leonardo Maciel e  Gustavo Borges.
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Entre 1990 e 1991, o piloto brasileiro Ayrton Senna estrelou histórias publicadas na revista japonesa Weekly Shōnen Jump da editora Shueisha, patrocinadora da escuderia do piloto na época, uma delas produzida por Akira Toriyama. De acordo com o livro Ayrton, o herói revelado de Ernesto Rodrigues, o piloto era fã do anime Speed Racer quanto criança.


Minami Keizi roteirizou histórias eróticas desenhadas por Shimamoto na revista da Maria Erótica, e assinava como Rose West, sem que Julio soubesse. Ambos trabalhariam novamente em  2009,  Keizi escreveu os livros Lendas de Musashi e Lendas de Zatoichi, ambos ilustrados por Shimamoto e publicado pela Em Editora (um selo da Mythos) - Zatoichi é um samurai cego surgido nos cinemas e que chegou a ter um mangá por Hiroshi Hirata, outro precursor do movimento gekigá. Shimamoto já havia desenhado o samurai Myamoto Musashi em duas graphic novels, publicadas pela Opera Graphica. No mesmo ano, a editora publica a coletânea Samurai contendo história publicadas em várias épocas, nela também há histórias de Musashi e Zatoichi, essa foi a segunda coletânea de histórias do autor, em 2007, a Marca de Fantasia publicou Shima: HQs clássicas de um samurai dos quadrinhos que contém a republicação de Os Fantasmas do Rincão Maldito!, em 2012, a revista portuguesa BDJornal anunciou que a Pedranocharco Publicações, em parceria com a WMS Editora, do Rio de Janeiro, publicaria o álbum Musashi – KEN-no-MICHI (Trilha da Espada), a revista BDJornal foi cancelada, no final de 2019, a editora Graphite (novo nome da WMS), anunciou que Ken-no-MiCHI será publicado via financiamento coletivo.

Embora admirasse, Musashi, Claudio Seto achou que não deveria adaptar sua história, a editora Conrad publicou um mangá sobre o samurai: Vagabond de Takehiko Inoue, Shotaro Ishimori também fez uma adaptação. Em 2012,  novamente pela Shambhala, Sean Michael Wilson adaptou O Livro dos Cinco Anéis, livro de autoria de Myamoto Musashi, ilustrado por Chie Kutsuwada, mangaká japonesa que vive em Bristol, no Reino Unido. Em 2014, a Shambhala publicou Musashi (A Graphic Novel), roteirizada por Wilson e ilustrada pelo japonês Michiru Morikawa. No Brasil, a editora Estação Liberdade publicou o romance Musashi de Eiji Yoshikawa, o livro O Samurai - A vida de Miyamoto Musashi de William Scott Wilson, uma versão de O Livro dos Cinco Anéis foi publicada pela Conrad.


Tanto Shimamoto, ilustrou o Guia de Defesa Pessoal (3 edições), publicado pela Editora Editora Escala, feito em parceria com o mestre Kioshi Okiyama, o Guia trazia ilustrações de Shimamoto sobre diversas artes marciais, assim como histórias em quadrinhos. Ao longo dos anos, Minami Keizi também produziu anuais





Um terceiro volume de Musashi chegou a ser planejado, mas não chegou a ser finalizado, as páginas do volume não lançado acabou sendo publicado em 2008 como um encarte do fanzine QI de Edgard Guimarães. Fonte:Bigorna.net






Musashi, encarte do fanzine QI (2008)


Página do Guia de Defesa Pessoal #2
Em 2017, a Criativo Editora republicou "Os Fantasmas do Rincão Maldito!" de Júlio Shimamoto no álbum O Primeiro Samurai pelo selo Graphic Book. 




Em 2021, a Graphite Editora lançou o financimamento de Ken no Michi, uma coletânea de histórias de samurais por  Shimamoto.

Em 2003, o brasileiro D-chan (Davison Carvalho) participou de um especial da revista Asuka da Kadokwa Shoten, ao lado de Jo-chen, o coreano Hyung Tae Kim e os japoneses Hiroata Takao e Sho-u Tajim.

Em 2005, Franco de Rosa organizou o livro Hentai - A Sedução do Mangá, trazendo artigos de Fernando Moretti, Rodrigo Guerrino, Nobuyoshi Chinen, Minami Keizi e Sergio Peixoto e publicado pela Opera Graphica.

Também em 2005, o brasileiro Yū Kamiya (pseudônimo de Thiago Furukawa Lucas), inicia a publicação do mangá Earise na revista Dengeki Comic Gao!, o mangá gerou volumes encadernados, em 2012, inicia a light novel No Game No Life, no mesmo ano, visita a redação da JBC, no ano seguinte, a história é adaptada para os mangás, roteirizado por Yū  e desenhada por Mashiro Hiiragi e publicado na revista Monthly Comic Alive, em 2014, a série ganha um anime. Nascido em Uberaba, Thiago vive no Japão desde os anos 90, os pais haviam virado dekasseguis, Thiago foi descoberto na Comiket, o evento japonês dedicado aos dōjinshis. 


As revistas da Editora Escala não foram as primeiras investidas de Mozart Couto no estilo mangá, em 1996, fez capas para a versão de Lobo Solitário publicada pela Nova Sampa, Couto cita influências de Claudio Seto (que fora seu editor na Grafipar) e Hiroaki Samura (autor de Blade of the Immortal) e Katsuhiro Otomo (autor de Akira).





Eugênio Colonnese chegou a criar uma HQ no estilo mangá em uma publicação erótica, nela assinou como "Banzai", esse não foi o único trabalho do quadrinhista com a cultura oriental, para a Editora Bloch, chegou a desenhar o Judoka e vário personagens publicados pela Ebal em Chamada Geral (Edição Especial de Epopéia) de 1970, para a Bloch Editores, em 1990, desenhou Mestre Kim, inspirado no coreano Yong Min Kim, um mestre de taekwondo radicado no país, alguns de seus quadrinhos eróticos no seu estilo tradicional chegaram a ser publicados em antologias hentai.


A rede de cursos de idomas Fisk tem usado quadrinhos no estilo mangá nos seus livros da coleção Have Fun, algo que já existe há décadas, a IBEP usou quadrinhos produzidos por Eugênio Colonnese e Rodolfo Zalla (sócio do estúdio e editora D-Arte), a Fisk contou com quadrinhos de Sonia Uemura e Márcia Harumi Saito.

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Em 2002, é publicado o livro Ayumi (caminhos percorridos): memorial da imigração japonesa Curitiba e Litoral do Paraná, de Claudio Seto e  Maria Helena Uyeda, publicado pela Imprensa Oficial de Curitiba, o livro foi republicado em 2012

Em 2008, a Devir em parceria com a Jacaranda lançou o livro "Lendas Trazidas pelos imigrantes do Japão", ilustrado por Claudio Seto e publicado originalmente no jornal Nippo Brasil. No mesmo ano, Shimamoto ilustra a graphic novel "BANZAI! História da imigração japonesa em mangá". O roteiro foi escrito por Francisco Noriyuki Sato e Paulo Fukue, e letras de Adauto Silva. Sato já havia feito outras HQs com os veteranos - em 1990, publicou A Filosofia do Samurai Na Administração Japonesa, escrita por ele e desenhada por Roberto Fukue e Claudio Seto, e em 1995 lançou História do Japão em Mangá co-escrito com Francisco Handa e desenhado por Roberto O. Fukue, Antonio Paulo Goulart e arte-final de Roberto Kussumoto, a publicação foi feita para comemorar o Centenário do Tratado de Amizade, Comércio e Navegação entre o Japão e o Brasil e se baseou em um livro da editora japonesa Gakken. Em 2009, a   Devir e a Jacaranda publicam Flores Manchadas de Sangue, uma compilação de histórias de Samurai  publicadas por Seto na Edrel, essa não foi a primeira vez que o trabalho de Seto foi compilado, a Nova Sampa publicou em  Curô Ninja, O Samurai Guerreiro (1991, 2 edições) e a Canaã/Escala em Curô Ninja Samurai.  a Nova Sampa também publicou em 1991 Superalmanaque Keizi Komix : Estórias Adultas, trazendo histórias de Seto, Fernando Ikoma e Paulo Fukue. Para divulgar o álbum, o site da Folha de São Paulo publicou na integra a história A Flor Maldita, disponível para leitura neste link.

Francisco Handa é doutor em história Social na UNESP, além de História da imigração japonesa em mangá, roteirizou A estória de Ayoagi, desenhada por Yoshi Kawasaki, publicada na Animeclub #2 e A História de O'Tei, ilustrada por Shimamoto e publicada HQ - Revista do Quadrinho Brasileiro #3 e no fanzine Mangá K do Estúdio Magyluzia


História do Japão em Mangá – 3ª edição ampliada (2008)








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Luluzinha Teen não foi a primeira retratação da personagem criada por Marjorie em estilo mangá - entre 1976 e 1977, os quadrinhos foram adaptados em um anime: ""Luluzinha e Seus Pequenos Amigos" (リトル・ルルとちっちゃいRitoru Ruru to Chitchai Nakama no original, algo como a "A pequena Luluzinha") - esse anime foi exibido no Brasil pelo SBT no anos 80. Também não foi a primeira produção de quadrinhos da personagem no Brasil, artistas da Editora Abril, que produziam quadrinhos Disney, como Primaggio Mantovi, produziram HQs  da personagem criada por Marjorie Henderson Buell.




Em 2009, Franco de Rosa e Arthur Garcia foram contratados para criar uma versão "mangá jovem" da Moranguinho (Strawberry Shortcake no original),  Sergio Peixoto e o quadrinista Fabio Lucindo também foram sondados, contudo, o projeto foi cancelado, no ano seguinte, surge a série animada em CGI, Moranguinho: Aventuras em Tutti Frutti (Strawberry Shortcake's Berry Bitty Adventures), que no Brasil é exibida pelo Disney Junior).

Em 2011, Edson Kohatsu e a esposa Luri Maeda (agora assinando como Luri Koh) apresentam um projeto de mangá para a revista japonesa Young Jump da Editora Shueisha.




Também em 2009, AMME Evangelizar em parceria com a organização internacional OneHope lança livretos de evangelização, dois deles com estilo mangá ilustrados pelo ilustrador e animador Leonardo Conceição. 



Além dessa iniciativa e das adaptações de Sansão e Davi citadas no texto, foram publicadas em 2008 A Bíblia em Mangá (The Manga Bible: From Genesis to Revelation) produzida pelos irmãos britânicos Akin Akinsiku e Ajinbayo "Siku" Akinsiku e a Série Mangá - As aventuras da Bíblia pela editora Nova Vida, produzida por autores japoneses Hidenori Kumai (roteiro)  e Kozumi Shinozawa e Ryo Azumi (desenhos), sem falar nos animes Superbook (produzido pela Tatsunoko para a Christian Broadcasting Network) e No Princípio (anime coproduzido no Japão e na Itália realizado por Osamu Tezuka e Osamu Denzaki). Outra editora que apostou nas mangalizações foi a editora Pão Diário.

Em 2017, Igor Cicarini lança o livro ilustrado D. Quest - As aventuras de Davi







Nestablog Ramos fez uma versão adolescente do Sesinho (mascote do Serviço Social da Indústria lançado originalmente em 1947), contudo, ele não sabe se a revista chegou a ser distribuída, posteriormente, ele se tornou desenhista de Luluzinha Teen.











A On Line Editora anunciou uma revista em estilo mangá da extinta banda Restart, a editora publicou álbum de figurinha e pôsteres da banda, curiosamente, a revista Luluzinha Teen teve participações da cantora Pitty e das também extintas Cine, P9 e CW7.



Restart em mangá, arte de Fabiano Freitas



Ainda em 2011, uma delegação coreana esteve no país, recepcionados por Bira Dantas, tinham o objetivo era firmar contratos de publicações dos manhwas, os coreanos estiveram nas editoras JBC, Conrad, Devir e Escala, a delegação também participou do FIQ (Festival Internacional de Quadrinhos), realizada em Belo Horizonte, onde avaliou os trabalhos de artistas brasileiros, no ano seguinte, fizeram o mesmo no Fest Comix em São Paulo.
Em 2012, a Giz Editorial publica Kaori e o Samurai Sem Braço de Giulia Moon, descendente de japoneses, Giulia se inspirou nos mangás e e define o livro como uma light novel.

Em 2013, a editora Minuano lançou nas bancas Velozes e Vorazes da Coleção Graphic Light produzida pelo estúdio Free (Franco De Rosa Estudio Editorial), Velozes e Vorazes é romance de Ataíde Braz, com capa de Arthur Garcia e desenhos de Mozart Couto. O romance foi uma tentativa de publicar uma linha de light novels. Sergio Peixoto chegou a anunciar um projeto de uma revista de light novels, que não foi adiante.

Capa definitiva, arte de Arthur Garcia
Capa preliminar, arte de Mozart Couto





Em 2016, a Criativo publica 30 volumes da coleção Sketchbook Custom com muitos artistas influenciados pelos mangás: Adriana Yumi (autora do fanzine educativo Sigma Pi), Arthur Garcia, Cah Poszar (autora das webcomics Teerra Windy e A Torre), Fran Santiago, Lily Carroll, Mozart Couto, Nilton Simas (autor de LunchTime, publicado em fanzines e webcomics nos coletivos Magyluzia Zine Expo, Lamen, na plataflorma Social Comics e  e numa edição da Neo Tokyo), Raquel Sumeragi (autora da webcomics Entropia e ilustradora de Shiono e Shyuri), Suu Hideto, Thiago Spyked  (Crás Estúdio e Editora e canal Crás Conversa no Youtube) e Ulisses Perez. Trazendo também trabalhos de Mozart Couto, Júlio Shimamoto entre outros.



Em 2017, 40 novos títulos são relançados, além do já citado selo Graphic Book e Strip Book, com nomes como Tako X (cujo capa mostra uma versão mangá do Gralha), Max Andrade, Chairim Arrais, Neide Harue, os irmãos Roberto e Wilson Kohama (Crás Estúdio e Editora) e Modelo Design.




De acordo com Fabio Shin, o primeiro brasileiro a publicar no Japão foi Mauricio Ossamu Nishikawa, que em 1999, se tornou assistente de Tetsuo Hara e atualmente trabalha com Shin em sua escola de mangá. Fonte:Você sabia que existe um Brasileiro, que trabalhou como assistente de um famoso Mangaká no Japão durante 16 anos ?




Além de Furukawa, outro brasileiro trabalha atualmente no mercado japonês, Angelo Vasconcelos Levy, que assina como Angelo Mokutan,  fã de mangás desde os 14 anos, o mineiro não é descendente de japoneses, porém estudou japonês e mudou-se para o Japão, Levy se formou em animação no país e trabalhou na área de tecnologia de informação e participava de feiras de quadrinhos independentes, atualmente publica na revista PresidenteNext, publicação voltada para negócios e economia. Ele comercializa no site Amazon, uma versão em português o título Chapeuzinho Vermelho - Era uma vez em Tokyo para a plataforma Kindle.









Em 2012, Ricardo Manguinha (ou Mango), fica em segundo lugar no concurso Morning International Comic Competition, da revista Morning da Kodansha, com a história  "Over the rainbow". Por ser segundo lugar, o trabalho não é impresso, mas fica disponível no site da revista. 






Em 2015, O brasileiro Ichirou (Wellington Reis) vence a segunda edição do concurso Silent Manga Audition, também foram contemplados, o casal Eudetenis (Giovana “Gigi” Leandro e Paulo Morais) e Roberto F.





Em 2016, mais brasileiros são premiados no Silent Manga: Max Andrade, João Eddie, Ichirou, Roberto F. (Roberto Fernandes)

Talentos brasileiros no Silent Manga Audition


Em junho de 2017, no Silente Mnaga 7 vencem o casal Eudetenis, também foram contemplados Erick P.A, Rael Mochizuki, Futago Estúdio, Don, João Eddie, Fabiano Ferreira e Cazz.

Ainda foram premiados: Edson Kohatsu em Menção Honrosa e Fabiano Ferreira e Simone Beatriz (do Studio Seasons) em SMAC Editorial Award



Em dezembro de 2017, no Silente Manga 8, são contemplados o canal Eudetenis, Heitor Amatsu, Daniel Bretas, Kaji Pato, Walther Romualdo, Renata Rinaldi, Edson Kohatsu, Fabiano Ferreira, Gustavo Reis e Juloyola, Rasos.


Em julho de 2018, no Silente Manga 9 são contemplados João Eddie, Kaji Pato, Daniel Bretas, Heitor Amatsu,Roberto Silva, Ricardo Mango, Camile Bittencourt, Fabiano Ferreira, Rafael Machado Motta, Jefferson Lima, Juloyola, Marcel Ibaldo, Renata Rinaldi, Henru Saints, WMachado, Vinicius de Souza, Dieh Araújo, Cayyan, Ryuujin Brazil, Jose Raue, Murilo Engler, David, Pablo Dias, Wagner Elias dos Santos Araújo e Wil.

Em setembro do mesmo ano, no Silent Manga Audition Extra 3 Kumamoto são contemplados: Ichirou, Daniel Bretas, Ricardo Tokumoto (também conhecido como Ryot), Roberto F., Kaji Pato, Ricardo Mango, Heitor Amatsu, Gustavo Reis, Fabiano Ferreira, Levi Tonin de Souza e Renata Rinaldi.



Em dezembro do mesmo ano, no Silent Manga 10 são contemplados Heitor Amatus, João Eddie, Leonardo Himura e Dani Bolinho, Kaji Pato, Dersa Marques, Edson Kohatsu e Luri Maeda, Gustavo Reis, G-pen, Ricardo Mango, Wagner Elias & Cayyan Costa, Renata Rinaldi, Rafa Santos, Roberto Silver, Thisuper, Claudio Viera, arth, Rá Dantas, Marcelo Zem, WamuRu (Mauricio DNA e WMachado), Davi Sagach, Marcus Rosado e L. Robot.


Em julho de 2019, saiu o resultado do Silent Manga 11, foram contemplados: João Eddie, Lucas Marques, Priscilla Miranda, Heitor Amatsu, WMachado, Daniel Cipriano, Aryn, Juliana Loyola, José Raue e uma surpresa, o veterano Rogério Hanata.




Entre os juízes estão os veteranos Tetsuo Hara (da franquia Hokuto no Ken) e Tsukasa Hojo (City Hunter).


Em 2019, a editora Criativo publica mais Sketchbooks e publica um álbum de O Samurai de Claudio Seto e Drácula, um vampiro no Ragtime de Ataide Braz e Neide Harue.
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Em 2020, a Midori Editora de Portugal publica Tropicária de Edson Masakiro (mangá independente publicado na revista Action Hiken) e Spectrus - Paralisia do sono de Thiago Spyked

Agradecimentos a Toni RodriguesAtaide BrazFabiano Alves de JesusLuigi Rocco, Edson Kohatsu, Watson Portela,  Cleber Marques, Renato Rodrigues e Gustavo Machadon.



Fontes e referências:
Arnadol Massato Oka - Super-Robôs - Henshin Especial Robôs (2001) Leonel Lins,  "Mangá Made in Brasil" - Clube do Anime #9, Editora Minuano

Gonçalo Jr., Minami Keizi - O pai do mangá no Brasil”, Herói Mangá #3, Conrad Editora, 2002

Sergio Peixoto, "O Mangá no Brasil" (2013) Clube do Anime Especial 

Franco de Rosa. "Minami Keizi e as sinuosas trilhas do mangá brasileiro". Neo Tokyo #119, Agosto/setembro de 2017, Editora Escala

Ariadne Pimenta. "Mangá X, quando o mangá brasileiro teve mais espaço para publicar. Neo Tokyo #119, Agosto/setembro de 2017, Editora Escala




















































Comentários

Unknown disse…
Pena que você não citou os mangás aqui do sul tipo pedro o diferente e shampoo (esse foi publicado também na revista da eddie van feu). Eram obras divertidas e até venderam um pouco por aqui.
Quiof disse…
Pedro, o diferente é um fanzine (ou doujinshi, como o autor define), não foi pras bancas, sobre Shampoo, eu não me aprofundei nas revistas, se não ficaria grande demais, o critério é ter sido publicado para as bancas e livrarias.
Mestre Magico disse…
Fantástico artigo. Este é um daquels que merecem ser preservados na história, como fonte de referencia e informação para as futuras gerações e não estou exagerando.

Eu tenho o Robô Gigante do Portela, não curti muito a história, mas queria ler o restante da saga. Só ficou nesse numero? E eu tive Skorpion e gostei muito da história, tanto que até hoje uso parte de sua historia e personagem como base para aventuras de rpg cyberpunk.
The Fool disse…
Quiof, Ethora pela Kanetsu Press teve outra mini-série chamada O Reino do Esquecimento.
Tenho a primeira edição aqui, estavam previstos 3 números, mas não sei que fim levou essa mini.
Quiof disse…
achei no site da quanta, eram 5 edições:http://quanta-conversa.blogspot.com.br/2006/10/ethora-o-reino-do-esquecimento-na.html
The Fool disse…
Ué, mas... Quiof, essas capas são da primeira mini-série, "A donzela de ferro".
Eu fiz scan da capa da mini "O Reino do Esquecimento" perai, vou pegar no Photobucket.
The Fool disse…
Aqui:
http://i251.photobucket.com/albums/gg313/fabiano_alves76/Capas/EthoraRdE01_zpse3febaf2.jpg
Quiof disse…
verdade, o texto cita, mas não coloca nenhuma capa, postei essa que você upou.
The Fool disse…
Quiof, faltou citar o mangá Salvation, que saiu junto com as edições 6 de O Principe do Best-seller, Vitral e as edições finais de Vidas Imperfeitas pelas HQM.
Vou pegar a capa dele e posto aqui.
The Fool disse…
Aqui: http://i251.photobucket.com/albums/gg313/fabiano_alves76/Capas/Salvation01_zps022449eb.jpg
Quiof disse…
eu citei, mas não coloquei capa, "A HQM publica novos títulos: Vidas Imperfeitas, de Mariana Cagnin (inicialmente publicada em fanzines) e Salvation."
The Fool disse…
Arre, minha leitura tá uma caca, foi mal aí! @_@
shirubana disse…
Legal esse post. Eu e minha irmã participamos da Desenhe e Publique mangá número seis com nossos nomes verdadeiros, esta que está ilustrando a matéria e ganhamos o segundo lugar no primeiro concurso com a história Angel Cats. Foi muito bacana participar e naquela época recebemos mais de 200 cartas elogiando o trabalho. Também recebemos prêmio em dinheiro e em revistas na Comix.^^Depois dela levamos 8 anos pra publicar O Príncipe do Best Seller e Vitral.^^
Quiof disse…
não sabia, já vi o nome dos fanzines de vocês na sessão de cartas da Anime > Do, vou atualizando conforme sai os lançamentos ou encontre algum título antigo que eu não conheça. :)
Dourado disse…
Quim, esse é um fanzine (mas vendeu em bancas de revistas aqui de Parnaíba), conhece?

http://bernardohq.blogspot.com.br/2013/01/corsario-azul.html

http://eniosilvap.blogspot.com.br/2009/12/banzai-arrebenta-mais-uma-vez-em.html

http://www.acesso343.com.br/2009/02/enio-silva-fala-sobre-seu-trabalho-na.html

http://www.portalcostanorte.com/o-desenhista-parnaibano-que-teima-em-querer-alcancar-as-estrelas/

flw
Helena disse…
Estou escrevendo um livro sobre mangá e gostaria de saber onde conseguiu essa imagem de Honey Honey, porque é quase impossível encontrar esse mangá na internet.
Quiof disse…
Acho que foi no tumblr, sugiro você procurar em japonês: ハニーハニーのすてきな冒険 eu comecei a procurar em outros idiomas, além do inglês, depois de ler esse artigo na Neo Tokyo blog.studioseasons.com.br/?p=70
Quando seu livro estiver pronto, divulgue aqui mesmo, tenho uma lista de livros aqui no blog
QUE TAL ATUALIZAR ESSE ARTIGO? SAIU HOJE UM NOVO SITE DE WEBCOMICS ESTILO MANGÁ: A SHONEN COMICS: http://www.shonencomics.com/
Quiof disse…
Teria que atualizar mesmo, antes não conhecia a proposta, mas vou ter que pesquisar pra colocar, o post é atualizado com regularidade desde maio de 2014